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Harry estabeleceu cada vez mais informações sobre sua vida naquela época. Havia momentos em que ele parava e olhava suas fotos ou o mapa. O mapa que ele tentou limitar. Mas Salazar sempre parecia encontrá-lo nesses momentos. Ou Edwiges. Eles sempre estiveram lá para ele. Ele não tinha ideia de como Salazar sempre parecia saber quando precisava dele. À medida que o relacionamento deles se aprofundava, Harry se abria mais com ele. Ele lhe contou muito sobre Voldemort, mas não que ele era descendente de Salazar. Ele até levou o homem para suas memórias que Monstro trouxe de volta. Harry queria que ele visse parte do que havia deixado para trás. Foi a coisa mais próxima que Harry poderia fazer de levar Salazar para casa com ele.

Pouco antes do Natal, Harry estava indo para o terreno. Ele foi convidado para passar um tempo com os centauros. Parecia que o rebanho celebrava o solstício e não os feriados como faziam. Eles iriam passar o Natal na mansão da Grifinória, partindo na manhã seguinte.

Harry se sentiu um pouco tonto. "O que?"

Ele não sabia que não estava sozinho até ouvir. "Você está bem?"

Harry se virou para ver Helga. "Eu não sabia que você estava fora."

Ela veio para o lado dele. "Eu estava nas estufas."

Harry não tinha pensado nisso. "Eu estava indo para a floresta."

"Você parece pálido."

"Só um pouco legal."

Helga parecia não acreditar nele. "Tem certeza?"

Ele não queria que eles se preocupassem. "Estou bem, não preciso que você se preocupe, Sal."

Helga colocou a mão nele. "Todos nós nos importamos."

Harry suspirou. "Eu sei que você faz."

"Você nos diria se algo estivesse errado."

Harry assegurou a ela. "Eu estava tonto por causa do frio."

Helga apertou seu braço. "Estou aqui se você precisar."

Harry gemeu. “Tenho lembranças suficientes da enfermaria.”

Ela riu. "Não vou tentar levar isso para o lado pessoal."

"Espero que não, Poppy também não deveria ter gostado. Gostei dela, mas não das poções."

Helga virou-se para o castelo. "Você vai me dizer se..."

Harry garantiu a ela que contaria se algo estivesse seriamente errado. Ele disse a si mesmo que não era nada além do frio que o incomodava. Ele devia estar com uma doença. Ele pensou que era sorte dele ficar doente na época do Natal. Ele não tinha ideia do que esperar do feriado naquela época. Ao contrário do seu aniversário, o Natal foi um feriado do qual ele tem boas lembranças, desde a escola. O último Natal foi celebrado em Grimmauld no ano passado. Tinha sido manchado pelos ferimentos de Arthur, mas ele passou o tempo com seus dois padrinhos. Harry podia admitir que não conseguia olhar as fotos deles com frequência, pois sentia falta delas. Ele poderia olhar para seus pais e ficar feliz por eles estarem vivos e o Harry de sua época ter eles e seus irmãos. Mas eles não eram reais para ele. Ele cresceu sem os pais, sem nunca os conhecer. Ele pode ter tido os saqueadores apenas por alguns anos, mas eles eram uma família. Eles eram os pais que ele pensava que poderia ter.

Harry foi em direção à floresta e tentou se concentrar no dia. Ele foi recebido pelos caçadores e levado de volta à aldeia. Harry pensou em Hagrid com um pequeno sorriso. Ele sabia que Hagrid teria gostado de participar de tal evento.

O centauro líder fez um gesto para ele. "Junte-se a mim."

Harry foi para o seu lado e fez uma reverência. "Obrigado pelo convite."

Perdido no TempoWhere stories live. Discover now