Golden Blood

Capítulo 07 - Vermelho

Diana.

Meu vestido vermelho ficava tão marcado no meu corpo que eu quase não conseguia respirar, mas era para uma boa causa, eu ficava linda nele e queria que o Luan me visse assim.
Escuto as buzinas do lado de fora e sorrio pegando a minha bolsa, desço devagar porque como eu disse, o vestido estava colado em mim e quando saio da porta para fora tento parecer "normal' e caminho o mais natural possível, então entro no carro e me sento com medo do vestido estourar mas ele resiste, graças a Deus.
– Você está muito bonita..– Sussurra enquanto dirige.
– Obrigada.– Afirmo.
– Mas está bem? Parece com dificuldade pra respirar, Diana.– Constata.
– É tão nítido assim? – Confesso.
– É sim, você andou um pouco estranho e está respirando estranho, eu presto atenção e cada detalhe seu, não vou negar.–Diz.
– Eu só queria ficar bonita.– Afirmo.
– Você já é bonita, não precisa fazer mais nada para isso, já é maravilhosa! – Diz e do jeito que ele falaz acabo me sentindo linda mesmo.– Vamos fazer o seguinte, ao chegar lá em casa eu te empresto uma camisa e um shorts meu e depois jantamos, realmente acho que vai ficar muito bem com as minhas roupas Golden.– Conclui.
E é isso que ele faz, quando chegamos na casa dele, ele me guia por sua casa e era tão enorme que sozinha eu jamais acharia nada ali, era toda de azulejos brancos e móveis da mesma cor com flores para todos os lado, entramos em seu quarto e é o único lugar da casa que eu vi que é escuro, lençois escuros, cama com forro escuro e travesseiros igualmente.
– Aqui.– Diz, me esticando uma camiseta longa e branca e um shorts igual, a camisa vai até os meus joelhos cobrindo quase o shorts todo.
– E então? Bem melhor? – Indaga e faço que sim concordando.
Depois ele me pega pela mão e me guia até a sala de jantar, gosto daquilo, dele segurando a minha mão.
– Sente - se aqui.– Ele puxa a cadeira para mim, a mesa está coberta de comida, tem até um frango assado no meio da mesa.
– Senhor, trago o pudim? – Indaga, uma moça vestida com um uniforme.
– Pode trazer e deixar na mesa.– Ele afirma.
Logo depois um pudim maravilhoso é colocado na mesa.
Olho a mulher e distânciar.
– O que foi? Está tão calada? – Diz para mim.
– Estou curiosa.– Afirmo.
– Sobre o quê? – Indaga.
– Suas empregadas, elas sabem que você..– Deixo as palavras no ar.
– Claro que não Golden, ninguém sabe e quem sabe tenta me matar ou foge.– Afirma, com um certo tipo de dor na voz.
– Bem, eu ainda estou aqui.– Digo e depois disso Luan parece se abrir totalmente para mim me falando sobre a faculdade e seu amor pela medicina, como surgiu depois que ele sentiu vontade e quase atacou uma moça indefesa na rua, ela disse a ele que ninguém era tão ruim que não pudesse mudar e depois disso Luan mudou.
– E as namoradas? Teve alguma? – Indago, ao terminar meu pudim que estava maravilhoso demais.
– Está muito cheia? Ia te chamar para dançar um pouco.– Afirma, bebendo um gole de vinho depois de jantar, aliás, de me "ver" jantar, porque ele não come comida humana.
– Vamos lá.– Afirmo me levantando, lembro do meu sonho dias antes.
Ele me aperta contra ele pela cintura enquanto toca algo no violino e piano no celular dele, estava sendo tão mágico aquele momento.
– Não tive namoradas humanas, só vampiras e faz muito tempo.– Afirma, me rodopiando.
– Tenho outra curiosidade..– Digo e ele sorri.
– Você anda bem curiosa.– Sussurra.
– Se você comer comida humana, o que acontece? – Questiono, mudando o assunto sem querer.
– É como beber água pra vocês, não tem gosto pra mim e também não me alimenta em nada então não sinto falta.– Afirma, voltando a me apertar novamente e dessa vez seu rosto está tão próximo que sinto que ele vai me beijar.
– É difícil me controlar com você tão perto Diana, meu lado...vampiro quer te morder e o meu lado mais sentimental quer..– Ele para de falar colocando fios de cabelos atrás da minha orelha.
– Quer o quê? – Questiono.
– Quer te beijar.– Diz se aproximando e encostando nossos lábios, primeiro um selinho e depois ele se empolga e sinto sua língua, retribuo o beijo com paixão e ele vai descendo os lábios pela minha bochecha e depois meu pescoço, fecho os olhos ao sentir seus lábios dando beijinhos ali até que sinto seus dentes roçarem a pele do meu pescoço.
– LUAN! – Grito e tento empurrar ele mas ele me segura forte, vampiros são fortes, ele me disse antes.
Eu acho que ele vai me morder..
– Eu confio em você.– Afirmo e seus braços afrouxam e ele me solta.
– Desculpa Golden, eu... é difícil pra mim.– Afirma, sua expressão era de arrependimento.
Não tenho tempo de responder nada porque a campainha da casa toca e nós nos entre olhamos.
Segundos depois a empregada se aproxima.
– Senhor, seu irmão James está nos portões.– A empregada afirma e minha cara é impagável.
Ele marcou com outro vampiro um jantar no mesmo horário que o nosso?
– Não é o que você está pensando, eu não sabia que ele estaria aqui.– Luan diz.
– Marcou um jantar mas não pra nós dois e sim pra vocês não é? Onde o prato principal sou eu.– Dói dizer aquilo, sinto meus olhos encherem de lágrimas.
– Isso não é verdade, eu vou te explicar tudo mas agora eu quero que fique na cozinha e Maria.– Ele olha para a empregada.– Coloque o maior número de panelas com oleos no fogo e que queime se for necessário mas não tire de lá.– A mulher concorda.– Temos que esconder seu cheiro, Diana, vá com Maria e fiquei o mais perto possível do óleo mas cuidado para não se queimar.– Me diz, eu já não sabia no que acreditar, apenas sigo Maria para a cozinha e fico lá perto do fogão, porque eu estava fazendo o que ele disse se ele mesmo trouxe seu irmão aqui.
Outro vampiro na mesma casa e ele disse que meu sangue é como uma vela no escuro, atraindo eles, será que o óleo vai mesmo ajudar a esconder o meu cheiro? Ou melhor, o meu medo.
– Vou ficar aqui com a senhora.– Maria afirma, será que ela sabia do perigo que correria morando ali? – Você vai trabalhar aqui também não é? – Questiona.
– Eu já não sei mais.– Sussurro.
– Ele é uma boa pessoa, apesar do que é.– Diz me surpreendendo, ela sabe.
– Você sabe.– Afirmo convicta.
– É difícil não ver ele se alimentando quando não está no hospital, eu limpo o quarto e há bolsas de sangue vazias lá.– Diz.