Cap 3: O Lobo diz "é amor"

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Cai a noite e vem a manhã. Mais uma segunda feira no campo esverdeado, todas as meninas estavam se ajuntando na sala do professor B. Husky, como sempre a serpente estava atrasada.

- VOCÊ ESTÁ ATRASADA. (Gritam a lebre e o professor Husky com a serpente)

- bom bom (responde a serpente um pouco assusta)

- onde você estava? (Pergunta Husky um tanto irritadiço por causa do atraso da serpente) -sente se logo e vamos a aula.

A aula começa. Husky era um ótimo professor de português e literatura. Sempre tentando ensinar as meninas sobre poesia e arte.sempre com frases como "o amor é a mais doce melodia na orquestra da vida" e outras coisas complicadas demais pra cabeça das pequenas menininhas do campo esverdeado. Mas algo estava diferente. A pequena ovelha nunca se interessou por poesias mas ela estaria escrevendo uma no meio da aula. Ao notar que aquilo que a ovelhinha escrevia não tinha conexão com a aula, Husky ficou um tanto chateado. Mas como era uma poesia, ele não poderia deixar de ver como uma de suas adoráveis e meigas alunas estaria se saindo.

- deixe-me ver oque estas escrevendo pequenina! ( Diz o Husky olhando carinhosamente para a pequena ovelhinha que ficaria nervosa com o pedido) - vamos pequena. Deixe me ver.

- c..ce...certo (a pequena ovelhinha entrega o papel em que escrevia. Estaria muito nervosa pois achava que ia levar uma bronca)

- mas oque e isso? ( diz o professor franzindo a testa e depois abre um sorriso animado) - É INCRÍVEL. Nunca imaginei que você seria uma poeta tão boa. (Olha pra ovelha com um sorriso doce)

-obrigada (agradece envergonhada pelo elogio)

- bem, não sei O que te fez escrever. Mas você é uma excelente poetisa. Gostaria de ser minha aprendiz? Como um poeta eu poderia te dar meus ensinamentos específicos sobre poema é te mostrar todas as possibilidades. (O professor Husky estaria muito animado, certamente teria achado uma pupila pra quem passaria todo seu conhecimento, ou era isso que ele tinha pensado. )

-não (responde a ovelha de uma forma áspera) -eu gosto de escrever elas. Mas não quero ser sua aprendiz, desculpa não estar prestando atenção na sua aula. Eu estava com a cabeça longe.

- realmente. Entendo. Não se preocupe com isso. Estão dispensadas. (Dizia Husky desanimado)

Todas as meninas se levantam e vão embora. A ovelhinha corre com sua poesia nova pra dentro da floresta. Ela realmente queria encontrar novamente os olhos que a observará da última vez.

- ele não está aqui. Talvez se eu for mais pra dentro na floresta. (Diz a ovelha adentrando na floresta.)

Depois de um tempo ela nota novamente a presença daqueles olhos que a encaravam.

- Olá, por favor não vá embora (diz a pequena ovelhinha com seu olhar sereno ) - eu quero falar com você.

- Oque uma criaturinha tão meiga ia querer comigo? ( Pergunta o dono daqueles magníficos olhos)

- eu quero conversar, e te entregar isso (a pequena ovelhinha mostra o papel com a poesia que fez)

- quer que eu vá pegar? ( Pergunta curioso) - está bem. Eu vou pegar

Saindo do meio às árvores o dono daquela voz e daqueles olhos que mexeram com o coração da ovelhinha.

- Eu sou Benjamim, o lobo. (Dizia o homem moço e mui formoso)

-Ma....Ma...Ma... (gaguejava a pequena ovelinha, o coração delas estaria batendo rápido e forte com a presença dele) - Maria. Maria Lucy, A ovelha.

- Maria Lucy. Que nome lindo (diz o lobo acariciando o rosto da ovelha)

A ovelhinha fica corada e tímida, no mesmo instante em que o lobo a toca. Ao ver a reação da pequenina o lobo tira a mão de perto da garota.

- desculpa, não sei oque deu em mim. Fiz algo ruim? Você ficou toda vermelha...

- não foi nada, eu me sinto estranha dês do nosso primeiro encontro (diz a tímida garotinha olhando apaixonadamente para o lobo)

- talvez seja hora de ler o que você escreveu pra mim (diz o lobo olhando pro papel, depois de ler ele logo via. Certo como a luz do dia que que a ovelha estaria apaixonada por ele.) - acho que eu sei o que é esse sentimento.

-Sabe! Por favor diga pra mim. (Diz a inocente e curiosa ovelhinha)

-é amor. (Diz o lobo emocionado) - eu quero que você seja a minha pequena ovelhinha, e então eu serei seu lobo.

- é tudo que eu quero. Ser a ovelhinha do meu lobo, mas agora eu estou indo, as pessoas do campo esverdeado estão me esperando. (Diz a ovelha voltando pro campo esverdeado)

- campo esverdeado ? Espera. Você vive naquele órfanato ? ( Pergunta o lobo)

- sim sim.. te vejo depois. Meu lobo (corre a ovelinha com um sorriso vibrante)

O dia se vai devagar e vem a noite. Com a noite vem o brilho das estrelas, mas nem mesmo as estrelas brilhavam tanto quanto os olhos apaixonados da ovelhinha.

O Lobo e A Ovelha (historia Protótipo)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt