The Donor

capítulo 13

— Mãe.

— Mãe.

— Mãe, acorde.

Acordo quando o sussurro é direcionado direto ao meu ouvido, abro os olhos e vejo minha filha parada ao lado da cama.

— Oi bebê. O que você está fazendo acordada? — Consigo dizer no meio de um bocejo enquanto minha filha espera pacientemente que eu acorde completamente.

— Mãe, por que a mamãe está na cama com você? — Emily sussurra novamente.

Olho para baixo e vejo o braço de Freen em volta de mim e sinto como seu corpo está apertado contra o meu. Porra.

—  Ela ficou aqui, lembra?

— Mas você diz que ela dorme no sofá. Mamãe teve um pesadelo? — Ela pergunta com empatia.

— Sim! — Concordo rapidamente, usando a sugestão dela como uma desculpa razoável para o porquê de Freen estar na cama comigo. Emily ainda não sabe o quão próximas nos tornamos — Quero dizer, sim, isso foi. — Tento tirar o braço de Freen de cima de mim e me sento para tirar Emily do quarto, mas a mulher aperta ainda mais e me puxa mais perto dela. — Quer deitar na cama com a gente, Emily?

Emily balança a cabeça e pula na cama, seu joelho me atinge no estômago e eu gemo de dor.

— Desculpe, mãe.

Consigo deitar de costas e embora permaneça nos braços de Freen, ela reconhece o movimento e tenta me puxar para mais perto de seu corpo. Emily senta na minha barriga, felizmente no cobertor porque ainda estou só de calcinha e a ereção da mãe dela seria difícil de explicar.

— Como você dormiu, querida? —Pergunto à minha filha que parece estar bem acordada e com um dos sorrisos mais doces que já vi nela.

— Muito bem.

— Por que você está sorrindo tanto? — Perguntei brincando, cutucando sua barriga para fazer cócegas nela. Emily nega que esteja fazendo isso e esconde o rosto no meu pescoço para que eu não veja seu sorriso que logo se transforma em uma risada alta e adorável ao sentir minhas cócegas. Minha filha se debate em cima de mim, tentando lutar contra minhas mãos. Suas perninhas chutam e ela consegue acordar Freen.

—Bom dia — Cumprimenta sua voz rouca, seus olhos se abrem lentamente, revelando o par idêntico ao de Emily — E bom dia para você, princesa — Ela estende um braço e acaricia seu rosto, fazendo-a sorrir ainda mais.

— Mamãe disse que você teve um pesadelo — As sobrancelhas de Freen franzem em confusão e ela me olha interrogativamente — E é por isso que você está na cama com ela — Os olhos dela se arregalam comicamente ao perceber que nossa filha nos pegou na cama juntas. — Tudo bem?

— Muito bem, obrigado.

Freen abraça nossa filha pela cintura e a puxa para perto, colocando-a no novo espaço criado entre ela e eu. Deitamo-nos de lado para podermos encarar a menina que continua a sorrir.

— Você vai me contar o que te deixou tão feliz esta manhã? —  Eu insisto. Ela cora e se esconde novamente.

— Porque a mamãe está aqui conosco e eu gosto de ter as duas comigo. — Ela finalmente responde.

— Também gosto que sua mamãe esteja conosco — Sussurro para ela e ela ri novamente.

O momento de ternura entre as duas é interrompido pelo toque de um celular. Meu desta vez. Freen se levanta e me entrega, junto com uma camisa. Me visto e saio para atender no corredor.

—  Olá?

— Becky, oi, vamos precisar que você venha trabalhar. Temos poucos funcionários e lembro que você disse que precisava de mais horas.