Forbidden love - Amor proibido

16

Millie

Natalia ainda estava nos encarando como se estivesse em dúvida sobre a interrupção. Pigarreei me concentrando em desviar qualquer atenção dela. Finn ajeitou a postura tentando parecer tranquilo com a presença dela. Sem me encarar ela continua seguindo em direção a ele, logo após fechar a porta.

— Não sabia qual momento deveria visita-lo detetive Wolfhard. — disse mais próxima da cama dele.
Finn deu um leve sorriso em retorno

— Agradeço a preocupação Srta. Dyer. Sem a ajuda do FBI eu não teria sobrevivido. Sou grato por ter treinado bem sua equipe. — Ele me observa com ternura, disfarçando.

— Bem... é muita gentileza sua. Depois do que fez pra salvar Mil... a detetive Brown. Foi heroico no mínimo. — Natália respondeu contida. Uma parte dela parecia amedrontada. Uma Natália diferente do que eu estava acostumada a ver. — Espero que possa sair logo daqui. Mas antes de voltar às ruas... andei conversando com Robert e ele nos deu uma ideia.

— Mesmo? — Finn questiona fingindo surpresa. Engoli seco tentando parecer surpresa também.

— A detetive Brown saberá junto com você agora. Sei que é um pouco precipitado dizer assim num hospital — ela suspira — mas não é como se tivéssemos muitas opções de escolha. Joseph continua solto por aí, além dos comparsas dele pelas ruas temos um assassino sádico andando por aí em algum lugar procurando suas próximas vítimas.

O clima pesa ao me lembrar desse fato, Joseph gravou o rosto de Sadie e Noah. Além disso o bandido que atirou em Finn estava solto e trabalhando pra alguém.

— A boa notícia é que conseguimos capturar um deles. A má é que ele não quer dizer nada dos outros. Precisaremos de mais tempo na rua. A detetive Brown e o detetive Mcglaughlin entrarão em cena. E no lugar dele você os ajudará de dentro do escritório. Assim como Noah e Sadie. Pelo menos até se recuperar por completo. Não temos muito tempo.

Finn percebe o que Natália queria dizer e nos direciona seu olhar mais atencioso. Apesar de preocupado, ele percebe o quando minha superior estava nervosa. Senti o medo dela de perto e não conseguia entender se era pelo bandido solto ou por nós. Se ela tinha algum carinho por Sadie e por mim, depois de tanto tempo escondendo seria estranho. Nossa irmandade foi embora com as esperanças que eu tinha sobre família há muito tempo. Tentei me distanciar desses sentimentos guardados e voltar minha atenção pra Finn.

— Entendo, e concordo. Encontraremos eles. E os colocaremos atrás das grades! — seu olhar era uma promessa. Natália da um passo pra trás e me encara.

— Detetive brown cuidará pra que você seja encaminhado para as sessões de fisioterapia todos os dias. Pra sua sorte não serão muitas. Pelo visto está se recuperando bem. — Ela sorri desajeitada. — Preciso ir. Nos vemos no escritório mais tarde, detetive. — Sussurrou perto de mim. Apenas assenti concordando.

— Ela é realmente assustadora — Finn disse rindo.
Sorri de volta tentando disfarçar o incomodo ao ver Natália naquele estado.

—Hei... Vem cá — pediu.

Me aproximei dele na cama e então ele me puxou pra um abraço. Não consegui evitar, acho que eu precisava disso.

— Está tudo bem, uma hora conversaremos sobre ela. Quando estiver pronta. — de repente, era como se Finn soubesse exatamente o que eu precisava ouvir.