15 - Lidar Com Sentimentos É Muito Complicado!

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    No hotel, Carlim entra em contato com Marcus para passar um relatório completo do que aconteceu até aquele exato momento. Ele teve um pequeno surto e deu pra sentir a preocupação quando escutou sobre a briga contra Deimos e Fobos, mas ficou mais calmo ao saber que há alguém entre eles que pode lidar mano a mano contra o poder dos deuses... Gabriel, é claro. Muitos acham que ele é só um moleque lerdão, mas por ser mais brincalhão ele acaba sendo muito subestimado. Após falar sobre tudo, até mesmo o Templo Oculto da Lua, Marcus queria falar um pouco com Thay pra saber como ele estava depois do que houve contra os deuses. Os dois sempre foram muito próximos e passaram muito tempo separados depois que Marcus se mudou para a Terra. Agora ele quer sempre estar a par de onde Thay está e está sempre preocupado... e com razão. Ele só não quer ficar longe do filho outra vez. Mas não foi dessa vez que ele conseguiu falar com o filho. Carlim disse que Thay foi à igreja e deixou Marcus sem entender. Mas ao dizer que o padre é um Erote, Marcus entendeu e ainda riu. Mas vai ser bom um deus saciá-lo, afinal é um deus do desejo. Se ele não saciar Thay por pelo menos o resto da semana, terão um problema.

     Se passaram umas duas horas até Thay chegar todo saltitante, se jogou na cama suspirando e rindo à toa. Todos já notaram que ele estava satisfeito. Após um banho para limpar a alma, decidiram ir ao hospital. Eram três da tarde e chegaram em Kato Sounio. Foram tão velozes que os humanos no caminho nem perceberam. Já entrando no hospital, foram reconhecidos. Algumas enfermeiras já se aproximaram pra ver se Thay estava bem e, ainda com o braço engessado, ele confirmou que nem sentia mais dor... bom, só um pouquinho. Seu braço deve estar bem cicatrizado, mas ele não pode falar sobre isso com elas. Carlim pediu para ver o menino Joshua, mas não permitiram. Então ela pediu para ver a Dra. Anacca e também se negaram a chamá-la. Thay então precisou entrar em ação. Tentou conversar e fez a recepcionista sorrir que nem boba. Até que notou o Dr. Iesous passando por um corredor. Ele abandonou de repente a pose interesseira e deixou a recepcionista pra lá, levantou a voz e chamou pelo doutor que corou inteiro ao vê-lo. Ver o sorriso de Thay fez ele se lembrar daquele sorriso ao lado de seu... ah, essa cena não vem ao caso, mas se lembrar do que fizeram naquela sala o fez corar bastante. Iesous se aproximou e Thay mordeu o lábio inferior, tocando calmamente o peito direito do médico. Iesous segurou com firmeza o pulso do moço.

Iesous: — O-o que... você voltou. — Thay riu.

Thay: — É, eu voltei. Vai me dar aquele beijinho de antes? — gemeu baixinho com uma voz bem calma e dengosa. O médico suspirou e olhou ao redor, segurando os instintos predatórios que Thay desperta nele.

Iesous: — Como vai esse braço?

Thay: — Preparado para ser bem usado na próxima vez. — o médico deixou escapar uma risadinha espontanea. Carlim revirou os olhos e começou a limpar as unhas. Sabia que ia demorar um pouco pro Thay conseguir uma informação. Ele gosta de brincar bastante antes de conseguir o que quer. — O que foi, Doutor? Não gostou do que fizemos? Foi tão... memorável. — Iesous corou ainda mais e, apesar dos tons pardos de sua pele, ainda dava para ver seu rosto ficando cada vez mais vermelho. Aquela voz era tão...

Iesous: — Ah... é-é claro q-que eu me lembro... difícil n-não lembrar... — riu de nervoso. Thay desceu os dedos calmamente por seu peito por cima do jaleco branco e acariciou seu abdômen. Em seguida subiu e passou a ponta do dedo indicador direito por cima do mamilo do Doutor, o que o desestabilizou e o fez revirar os olhos e quase perder o equilibrio. — Ah...

Thay: — Que bom, espero que se lembre de como essa boca te deixou. E sabe o que é melhor? — deu um passo adiante, ficando bem próximo de Iesous, a ponto dele poder sentir a respiração de Thay. Isso tudo no meio do hospital, onde transitavam enfermeiros, médicos, pacientes e familiares de pacientes. — Essa língua está animada para sentir teu gosto outra vez. — mas o Dr. Iesous não aguentou aquela provocação. Com rapidez, segurou o rosto de Thay e lhe deu um baita beijão no meio da ala de recepção. De repente todos os colegas de trabalho de Iesous pararam para ver a cena. Muitos riram e todos ficaram extremamente surpresos ao vê-lo num beijo excitante de língua com um “paciente”. Aquilo surpreendeu a todos, menos à Carlim, que ainda limpava as unhas. Ele é casado e a esposa dele está bem ali, numa das salas, acompanhando pacientes... isso passava pela cabeça de todos seus amigos. Mas isso não parecia relevante para ele naquele momento. Aliás, sua língua estava bem ocupada.

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