Capítulo 49.

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📌 Barra da Tijuca|RJ

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📌 Barra da Tijuca|RJ

27 de setembro/2022

🎥✨📷 |Brunna Gonçalves|

— Mami, quelo suco de lalanja! — Elisa falou e eu segurei a risada com o jeitinho de ela falar errado.

— Mamãe faz daqui a pouco, tá? — Ela fez bico.

— Quelo agora! — Bateu o pé e eu tirei a atenção do notebook.

— Filha, deixa eu só terminar aqui.

— Agora, agora! — Se jogou no chão e eu respirei fundo.

— O que tá pegando aqui? — Júlia e Juliana entraram pela porta da frente.

Elas tinham ido fazer fotos no Studio.

— Elisa fazendo birra!

— Então bora, Júlia!  A mãe é você, resolva! — Elas foram pra cozinha.

Peguei a Elisa do chão e ela ficou se esperneando, coloquei-a no canto da parede.

— Olha pra mamãe, você vai ficar aqui pensando no que fez, só sai quando eu mandar, escutou? — A menina nem olhou na minha cara!

— Por que ela ficou assim? Elisa nunca foi disso. — Minha irmã perguntou.

— Ela pediu suco e eu mandei esperar um pouco, só pra terminar o trabalho e ela deu esse show. — Eu estava assustada, Elisa nunca agiu assim, e eu não sabia o que fazer.

— Não é a tal fase dos 2 anos?

— Ela acabou de fazer um ano, cara!

— Faz sentido.

**

Elisa tinha feito birra o dia todo.
Pra tomar banho foi chorando, pra comer foi chorando e pra dormir foi chorando também.

Eu estava me segurando pra não desabar.

Meu celular tocou e apareceu o nome na tela.

"Princesa ❤️"

Eu tinha trocado o contato e colocado o apelido dela.

Ludmilla tinha viajado pra Fortaleza, pro jogo de amanhã.

— Oi, amor! — Apareceu na câmera com o cabelo todo molhado e apenas de top.

— Oi, princesa!

— Cê tá bem? Cadê minha Titi? — Se jogou na cama.

— Acabou de dormir, estamos bem! — Ela franziu o cenho.

— Ce não tá bem, que cara triste é essa?

— Não tem cara triste, Lud!

— Tem sim, quando ce tá mal, seus olhos ficam baixos e cê fica mordendo o canto do lábio! — Como ela me conhece tanto assim?

— Sério isso?

— Seríssimo! Conta o que houve!

— Elisa passou o dia todo fazendo birra, chorou pra exatamente TUDO que fizemos hoje.

— Porra, ela não tá ficando doente?

— Não sei, mas eu medi temperatura, olhei garganta e nada! — Ela passou a mão no cabelo.

— Não seria melhor levar na pediatra? Vá que ela esteja sentindo algo que não sabe falar. — Como ela sabe dessas coisas tudo?

— É, você tem razão, vou marcar um horário com a pediatra dela. — Mas, e você, está bem?

— Tô sim, daqui a pouco vou descer pra jantar com o pessoal do time, vai assistir o jogo amanhã?

— Óbvio que vou! — Ela gargalhou.

— Tô com saudades. — Fez biquinho.

— A gente se viu ontem, Ludmilla!

— E o que tem? Tô com saudades do mesmo jeito! — Eu sorri.

— Amanhã você já estar aqui, não é?

— Sim e espero que seja o mais rápido possível!

— Também espero!

Dia seguinte.

⚽🏃🏽 |Ludmilla Oliveira|

Tínhamos perdido mais um jogo.

Nós estamos na final da libertadores, isso já era um bom começo.

Mas mesmo assim alguns torcedores ainda colocavam pressão em cima do time e o Dorival colocava mais pressão ainda.

Eu cheguei em casa, tomei apenas um banho e parti pra casa da Brunna, pode ir até a pé agora.

— Oi Lu! — Ela falou assim que entrei.

— Oi, princesa! — Abracei ela que deitou a cabeça no meu peito. — Cadê a Lilisa?

— Está no quarto de brinquedos, hoje ela não quis falar direito com ninguém. Tô com medo, Lud! — Eu segurei os dois lados do rosto dela.

— Fica calma, amor! — Apenas encostei nossos lábios.

Por incrível que pareça eu não via tanta necessidade em beijar ela.

Sinto que nós temos mais intimidade do que se já tivéssemos feito sexo.

Estamos criando um ciclo, só entre a gente, não é apenas uma fase.

Eu fui até o quartinho da Elisa e bati na porta.

— Não quelo falar, mami! — Eu sorri.

— É a Titi, princesa! — Abri a porta e ela estava sentada no chão com a Ludzinha.

— Oi, Titi! — Sorriu. Elisa já estava com os dentes quase tudo.

— Por que cê não quer falar com ninguém?

— Porque não! — Sentei no chão.

— Isso não é resposta, princesa!

— Mami fica recamando! — Segurei a risada.

— Mas você estava só aprontando, que eu sei! — Ela fez um bico fofinho.

— Porque ela não me dá as coisas! — A menina fala melhor que eu.

— Porque tem momentos que ela não pode te dar tudo, cê é um bebê ainda, pô! — agora ela fez careta.

— Não sou mais bebê! — Cruzou os braços.

— É sim! O meu bebê! — Peguei ela no colo e fiz cócegas.

— Não pode fazer birra, amor!

— Não é pirra, titi!

— Se fala BIRRA. — Soltei uma risada.

— Então, eu não tenho isso!

— Tem certeza?

— Sim!

— Pois então bora falar com sua mãe! — Levantei com ela no colo.

— Disculpa mami! — Falou com a cabeça deitada no meu ombro.

Brunna se aproximou e beijou as costas dela.

— Tudo bem, amor! — Brunna sorriu pra mim e eu retrubuí.

Plano de fundo --- Brumilla Where stories live. Discover now