Capítulo 18

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P.O.V  S/N

11 de agosto - sexta feira

Essa semana foi extremamente corrida. Conversei com meus pais sobre abrir minha própria marca de roupa e eles super apoiaram. Fizemos um levantamento para ver quanto gastaríamos mais ou menos e fomos atrás de uma costureira que fizesse meus modelos. Passei a semana desenhando roupas que vinham em minha cabeça e melhorando alguns desenhos antigos. Meu pai conseguiu comprar uma loja no centro de Londres e começou a redesenha-la para que ficasse mais a minha cara.

Lógico que talvez a reforma da loja demore um ou talvez dois meses, as roupas também não vão ficar prontas da noite para o dia. Ontem eu e minha mãe fomos em uma loja de tecidos comprar tudo o que fosse necessário para o que eu tinha em mente e mandar para a costureira junto com os modelos que eu havia desenhado. Como não quero correr com as coisas disse para que a costureira fizesse as roupas sem pressa, para que ficassem perfeitas.

Enquanto isso eu vou pensando mais sobre a organização do desfile e procuro algumas modelos que estejam interessadas para o trabalho. A semana também foi corrida para Tom, praticamente não nos vimos tirando o dia em que almoçamos juntos aqui em casa. Ele está desde segunda resolvendo suas coisas na empresa com seu pai. Pelo o que eu entendi ele está indo com Dom todos os dias até a empresa para entender como as coisas funcionam lá e com o que vai ter que lidar. Disse também que assinou um contrato, resolveu umas coisas sobre quanto vai receber e várias outras coisas.

"oi linda, tá atoa?" - Tom 20h34

"estou saindo da empresa, quer jantar fora?" - Tom 20h34

"acabei de sair do banho, quanto tempo até chegar?" - s/n 20h37

"uns 15 minutos" - Tom 20h38

"topa um hambúrguer e batata frita? Estou com desejo" - Tom 20h38

"topo qualquer coisa, me avisa quando estiver aqui na frente" - s/n 20h40

Tom realmente demorou 15 minutos, eu ainda admiro a capacidade que ele tem de ser tão pontual.

- parece que não te vejo a um mês - Tom disse assim que entrei no carro - já estava ficando com saudades.

- eu também estava - lhe dei um selinho demorado - como foi seu dia hoje?

- estressante - suspirou - pelo menos vou ter meu próprio escritório lá, resolvi tudo o que tinha que ser resolvido e agora estou tranquilo. Segunda começo de verdade, mas não é nada pesado.

- como ficou sua carga horária?

- não tenho uma, eu posso trabalhar em casa pelo computador também. Mas acho que trabalhar no escritório de lá vai ser melhor, vou conseguir me concentrar mais no que tenho que fazer. E o seu dia, como foi?

- melhorei alguns desenhos que eu já tinha e mandei para a costureira, só isso mesmo - eu ri - resolvi algumas coisas da loja com meu pai mas não foi nada demais. As vezes é assustador pensar que estamos virando adultos de verdade, você já está até trabalhando.

- nós temos 18 anos, somos novos - Tom segurou minha mão - o tempo realmente passa rápido, agora que me liguei que mês que vem é seu aniversário. Dia 19 - assenti - o que quer fazer?

- ainda falta mais de um mês Tom, podemos ver isso duas semanas antes - rimos

- as vezes me esqueço que você é mais velha por nove meses, posso me gabar por ser um jovem na flor da idade?

- ei! Eu também estou na flor da idade - rimos

- ah sim, com certeza está - me olhou de rabo de olho - com um corpo desses.

- eu fico com vergonha quando você fala assim - senti minhas bochechas corarem

- eu gosto de te deixar com vergonha porque amo quando suas bochechas ficam rosas - rimos

- dorme lá em casa hoje? - perguntei

- onde você quiser darling.

[...]

Depois que comemos muito Tom ainda parou para tomarmos sorvete, eu estava cheia? Sim. Mas comi mesmo assim. Quando pegamos nosso pedido resolvemos comer dentro do carro enquanto conversávamos.

- comprei uma coisa para você - Tom disse de repente - espero que goste, achei a sua cara - se esticou e pegou algo no banco de trás

- o que é? - eu disse curiosa quando ele me entregou uma bolsa preta

- abra para ver - incentivou e sorriu para mim

- Tom - eu disse quando tirei de dentro da bolsa uma caixa típica de um colar e quando abri fiquei boquiaberta - mas...

- gostou? - me cortou - achei que fosse gostar.

- eu amei, meu deus é lindo - tirei o colar da caixa para ver melhor, o pingente era um coração cravejado - coloca para mim - pedi e virei de costas

- que bom que gostou - senti ele sorrir quando beijou meu ombro

- obrigada - eu virei e o beijei - não precisava.

- sei que não, mas gosto de mimar você - sorriu - o que foi? - perguntou quando viu meu olhos marejados

- nada, é só que... - solucei - você é tão incrível comigo que eu nem consigo acreditar que é real. Você faz literalmente de tudo para me ver feliz, sorrindo e bem, eu não faço ideia de como retribuir isso.

- você não tem que retribuir nada amor - limpou uma lágrima que escorria pela minha bochecha - não verdade, você já retribui sem nem perceber.

- como? - perguntei com a voz falhando

- só sendo você. Com a sua essência, com a sua luz, com o seu carinho - me beijou - você retribui sendo você mesma, o que basta para mim. Me apaixonar por você foi o maior acerto que eu tive na vida s/n, e eu não mudaria nada.

- obrigada por nunca ter saído do meu lado - abracei seu pescoço - sei que as vezes sou difícil de se lidar, faço minhas birras e as vezes sou um pouco chorona - rimos

- me deixa ser o cara que vai te fazer sorrir dia após dia, que vai te fazer feliz - disse olhando em meus olhos - acho que está mais do que na cara que quero ser além do que só seu melhor amigo.

- você já é mais do que meu melhor amigo Tom - o beijei - não tem como negar isso.

- não tem mesmo - beijou meu pescoço - vamos.

Depois que chegamos na minha casa eu subi para tomar banho enquanto Tom conversava com minha mãe, quando ele apareceu em meu quarto eu já estava deitada na cama. Ele pegou o que eu separei para ele e entrou no banheiro. Quando voltou estava só com a toalha amarrada na cintura.

- isso é um jogo? - semicerrei os olhos

- por que seria? - riu sínico

- você sabe o porque - suspirei quando ele se virou e veio em minha direção, se debruçando sobre mim - isso não vai funcionar em mim.

- tem certeza? - sussurrou em meu ouvindo - acho que você está arrepiada.

- impressão sua - debochei

- é? - beijou meu pescoço e eu deixei escapar um gemido - eu acho que não.

- eu odeio você - brinquei quando ele se afastou para colocar sua roupa - isso não se faz.

- provocar? Por que não? - perguntou enquanto ia até o banheiro

- preciso mesmo responder?

- vamos dormir - ele disse quando voltou vestindo as roupas que eu havia separado

- você só pode estar de sacanagem - eu ri - é sério?

- sim, estou com sono - se jogou ao meu lado e entrou para baixo do cobertor - boa noite linda.

- isso vai ter volta - rebati mas me aninhei a ele, também estava morrendo de sono

- você também está cheia de sono - ele riu baixo

- eu sei - ri também - boa noite Tom.

[...]

Ninguém, exceto vocêWhere stories live. Discover now