Em busca de um admirador

Passo 10: Viagem romântica

A sexta feira enfim tinha chegado, Belo estava empolgado e ao mesmo tempo nervoso, sua irmã não parava de dizer que estava orgulhosa do seu "menininho" ter crescido, Matin continuava sem gostar nada, nada da ideia, mas dessa vez preferiu fazer o jogo do silêncio e não dizer nada e Minas encheu o garoto com camisinhas pela manhã repetindo a conversa de se proteger, dessa vez por insistência do Matin que não dormiu a noite toda depois da conversa com o garoto.

Quando chegou na empresa, levou a mala grande pra sala e deixou no canto, sorria sem parar e sentia um frio na barriga, escutou o som da porta e Junior entrou com um lindo sorriso animado.

—Bom dia.

—Bom dia...

—Tudo pronto?

—Sim, resolvido.

—Beleza, eu vi as tarefas do dia e parece que você não tem nada urgente, apenas o que está faltando entregar de ontem, acha que consegue terminar antes do almoço?

—Acho que sim, se não tiver mais nada.

—Ótimo, eu falei com DF e pedi pra ele liberar a gente mais cedo, então quando for horário do almoço já podemos ir assim evitamos trânsito.

—Ok, vou começar agora.

—Me avise quando terminar, vou no escritório do meu pai preciso pegar a chave da casa.

—Te vejo daqui a pouco. –Deixou um breve selar nos lábios dele e saiu.

Junior fechou a porta e caminhou até o elevador, apertou o botão do quarto andar e subiu até o bloco das capitais nordestina, bateu na porta de Salvador e entrou antes que ele permitisse.

—Cheguei, trouxe o negócio?

—Uhum, tá bem aqui. –Tirou a caixa da gaveta e antes de entregar, hesitou olhando seu amigo. —Junior, tem certeza disso?

—Eu não sou de fazer as coisas no impulso.

—Sim, é exatamente o que tu é. Impulsivo, quer mesmo fazer isso agora? É muito cedo.

—Salvador eu sei o que estou fazendo, eu não sou como você ou Boa Vista que evita esse tipo de coisa.

—Você que sabe, se é o que você quer.

Entregou para ele a caixa de veludo e o garoto abriu verificando as duas alianças de prata e suspirou feliz.

—Acabou-se a vida se solteiro do pobre Paulista.

—Mas isso é bem melhor, depois daquela noite na minha casa pareceu tão... vazio quando ele foi embora.

—Quem diria que o gótico era o emocionado.

—Você é um idiota, e sabe o que mais, vou falar pra Jane te dar um pé na bunda e procurar alguém que assume compromissos.

—Eu sou sério, só não precisamos de uma aliança pra isso.

—Mas o Belo não é assim, então quero fazer o certo. Tenho que ir, preciso ver meu pai ainda, até segunda.

Guardou a caixinha da aliança e correu antes que atrasasse os compromissos, passou na empresa dos estados para encontrar seu pai e pegar a chave da casa.

—Obrigado pai, devolvo tudo domingo quando chegar.

—É bom cuidar do meu carro e da casa, não quero saber de nenhum problema ou você que vai pagar.

—Sim senhor, pode deixar.

—Junior, toma cuidado.

—A essa altura você quer se preocupar comigo?