Capítulo 03

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Pegamos as sacolas e seguimos para a casa, a todo tempo ele olha pelo retrovisor.

— Você ligou pra quem?
Ele grita e eu acabo levando um susto.

— Pra ninguém.
Respondo gritando também e me arrependo na hora, por que sinto sua mão em cheio acertar minha boca que sangra na hora.

— Fala direito comigo sua putinha mimada... Pra quem você ligou, porra!
Ele grita mais uma vez.

— Pro meu irmão, mas disquei o número errado no nervosismo.
Digo chorando e tentando parar o sangramento.

Assim que entramos em casa, Marcell já vai me jogando em cima do colchão.

— Eu avisei, você não me ouviu...

Marcell arranca o cinto que está prendendo suas calças e meus olhos se arregalam, sem demora já sinto a primeira cintada em minhas pernas.

— Não grita!
Ele diz enquanto me acerta outra e mais outra e mais outra...

Estou encolhida no colchão, meu corpo está todo marcado, pernas, braços, minha boca está inchada e meu rosto tem marcas de sua mão.

Marcell saiu de casa logo após me bater e não sei quanto tempo depois ele voltou com umas sacolas nas mãos.

— Viu o que você me obrigou a fazer? Sua voz é de raiva. — Trouxe alguns remédios...

Eu estava de olhos fechados, não dizia nada, nem sequer me movimentava.

— Sabe Ju... Eu tentei ser bom com você, mas você não me deu valor... Então, não vou esperar mais... Hoje eu vou brincar um pouco com você...

Eu sabia que cedo ou tarde isso iria acontecer, eu tentava não pensar nisso, mas no fundo eu sabia que tal momento ia chegar.

— Eu sou menor, Marcell ... Por favor.

Eu dizia com o pouco de força que ainda me restava.

— Levanta e vai se lavar...
Ele dizia agora com a maior calma, ignorando o que eu acabei de dizer.

Marcell era macabro, ele tinha uma mudança de humor anormal e isso o deixava parecendo com um psicopata.

— Por favor, Marcell...
Eu implorava.

— VAI AGORA, PORRA!
Ele grita.

Eu olhava para a janela e já estava escuro, tinha certeza que já era tarde da noite.

Eu ia apanhar, poderia até morrer, mas eu não ia me render, se ele fosse me estuprar teria que lutar muito.

Forço meu corpo ficar no colchão, ele irritado me agarra pelo cabelo e sai me arrastando.

— Eu mandei você ir para o banheiro!

— Me solta! Socorro! Socorro! Alguém me ajude!

Eu gritava, me debatia e tentava arranhar a mão dele que estava nos meus cabelos.

— Você não quer tomar banho? Então foda-se!

Ele começa a arriar as calçar, seu membro já está ereto, meu desespero aumenta quando ele se aproxima de mim com a arma apontada na minha cabeça e diz:

— Vai me chupar bonitinho e se me morder eu atiro na sua cabeça!

— Não, por favor!
Mais uma vez imploro.

— Bora!
Ele grita e já me dá outro tapa no rosto.

Eu viro meu rosto, eu não ia ceder.

— Me mata logo, porra! Socorro!
Eu soluçava enquanto gritava pedindo ajuda mais uma vez.

Tudo aconteceu muito rápido, senti Marcell acertando a arma na minha cabeça, a dor foi tão grande que fui apagando aos pouco, mas eu consegui vê o exato momento que homens entram na casa, todos armados, gritos e palavrões eram ditos, vejo Marcell largando a arma e levantando as mãos, vejo um homem se abaixar e ficar cara a cara comigo, ela fala alguma coisa, mas eu não consigo entender, eu não desmaiei, mas acho que entrei em estado de choque.

Vejo Marcell saindo da casa arrastado por homens e o que estava falando comigo me pega no colo e me tira daquela casa.

Eu não sabia quem ele era, não sabia o que faria comigo e nem pra onde estava me levando, eu só sei que me senti confortável em seu colo, então envolvi meus braços em seu pescoço e fechei os olhos...

Sheik - O rei de Vigário Geral (Morro)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt