45. Viver Ou Morrer? Se Foder Me Parece A Única Opção.

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Um por um, eles vão despertando, apertando os olhos e fazendo caretas de dor. Assim que conscientes, o mesmo pavor que estou sentido também sucumbe à eles. Estamos todos engasgados com nossas vozes, indefesos e capaz sofrermos qualquer coisa que possa nos atingir, fisicamente e psicológico. Nessas horas, não há nada pior do que estar preso com uma ameaça rodeando-me.

A sala fede à água sebenta de esgoto. Acho que nunca estive em um lugar tão sujo e repugnante. E se estamos aqui é porque ninguém conseguirá encontrar a gente.

Mexer-se é inútil. Falar mais ainda. Só nos resta respirar desenfreados e começar à soar. Além de fedido, o espaço é abafado e quente.

De repente uma luz se projeta na parede ao nosso lado. O choque é imediato. Se não fosse pela fita adesiva, eu estaria boquiaberto. Nada, absolutamente nada preparou nós cinco para ver um banner com as imagens sem cores dos nossos rostos inexpressivos, com a seguinte legenda vermelha:

SE FODERAM.

Não teorizo. A resposta é na certa. Quem fez isso, sequestrou a gente e nos trouxe para cá para um acerto de contas, só pode ser...

- O que acharam da minha obra prima? - um homem vem se aproximando, calçando sapatos fechados que ecoam a cada passo. - Foda, né? Apesar de ela só fazer sentido agora, nada desmancha o prazer de estar vivendo esse momento. Os cinco na minha mão. Finalmente.

Passando por entre Edgar e León, o sujeito se revela trajando um elegante terno preto. Os olhos monólidos vão de face em face. O rosto claro jovial escancara um sorriso altivo. É um asiático, com o símbolo de uma foice tatuado no pescoço.

- Uma coisa é bem clara desde o início. "Mexer com os Foice é um mergulho sem volta pra superfície". Ou seja, você perde o ar e se afoga até morrer. O que fizeram vocês irem tão fundo? - com charme, ele passa a mão no cabelo preto em corte pompadour comb over e logo a enfia junto com a outra nos bolsos da calça social.

Troco olhares com León, Edgar, Gavin e Nathan, e fica bem claro para nós que o nosso destino está nas mãos daquele criminoso.

- Loucura, né? Vocês deviam estar muito loucos da cabeça, certo? Vamos começar pelo meu favorito. Anthony.

Ao apontar para mim, ele chega perto e desgruda cuidadosamente a fita da minha boca. Porém, ainda não me sinto confortável.

- Sabe - ele continua. - Eu tava ansioso pra te conhecer. Desde que venho te acompanhando, eu me identifiquei com você. Na sua idade, foi quando eu também me tornei um assassino.

- Como você sabe que eles e eu... - ouso perguntar, mas sou interrompido.

- Calminha, rapaz. Vamos chegar lá. Primeiro, responda-me, quem eram os três homens que invadiram sua casa em plena madrugada? - descaradamente, ele acaricia com aquela mão macia a minha cabeça, gerando-me mais incômodo.

- Ziff... Greg. E Sam.

- O que eles queriam?

- Roubar algumas coisas.

- Você tava sozinho?

- Meu padrasto tava comigo.

- E o que vocês fizeram?

- Nós os matamos.

- E o que fizeram com os corpos?

Fecho a boca e engulo em seco. Meu temor é sobre qual será a reação dele quando ouvir minha resposta. Recorro ao olhar de León, que apenas assenti a cabeça para que eu prossiga respondendo o interrogatório.

- Trituramos... E jogamos tudo no esgoto.

- Aaaah. Então, foi assim. Isso é o que eu chamo de trabalho bem feito. Apesar de eu já saber como foi.

Meu Padrasto Irresistível (Romance Gay) - Último Dia P/ Ler Completo 20/07Onde histórias criam vida. Descubra agora