capítulo 13.

357 58 32
                                    










Talvez tivesse passado a tarde inteira andando pela praça até achar um banco vago na qual pudesse sentar-se com Grey em seu colo e Vegas ao lado de pé como se fosse uma espécie de guarda-costas irritadinho, apelido esse por conta da careta zangada que exibia pra qualquer um que ousasse se aproximar demais.

“Até quando vai se manter de pé? Está assustando a maioria das pessoas que passam por aqui.” Balbuciou frustrado ao ver uma dupla de garotas praticamente correndo do outro banco. “Porra, qual é Vegas, será que dá pra pelo menos tirar essa cara feia e colocar uma amigável?”

“Eu disse pra deixar Grey no apartamento, ele não é cachorro pra estar usando coleira ou andando pela rua.”

Claro, deixaria o pobre felino virar idoso enquanto o mantinham confinado no apartamento de um dos dois. Rolou os olhos ao levantar o rosto, movimento ocular esse que não foi despercebido pelo homem irritado.

“Ainda bem que salvei ele a tempo antes dele morrer como um velho caquético que nunca viu o mundo, não é?” O Kornwit deu de ombro como se dissesse que não ligava e claramente soltou uma reclamação quando foi chutado. “Você é a pior mãe do mundo, cara.”

“Por que eu devo ser a parte materna e não você!?”

Queria responder quê era devido ao mesmo gostar de paus tendo um entre as pernas e ser um verdadeiro marica, mas se privou e engoliu em seco antes que qualquer palavrinha saísse de sua boca. Tudo o que não precisava no momento era de Vegas o lembrando que ele também havia colocado um entre seus lábios e engolido até mesmo seu esperma como se fosse o melhor líquido doce do mundo. O que não era verdade, pelo menos a parte de considerar a melhor coisa doce que engoliu. 

Apreciava quem gostava de engolir aquela coisa esbranquiçada azedinha.

“Por motivos que não vou falar mas definitivamente você é a mãe e eu sou o pai.”

Disse simplista e teve que dar espaço ao ter Vegas sentando-se rapidamente mas de maneira elegante no banco, sentiu uma mão abraçando seu braço e o fazendo desviar para os arredores da praça procurando alguma pessoa focando em ambos e suspirando aliviado ao ver todos ocupados e andando com os próprios parceiros, alheios demais com a vida para olhar pra eles. Ou talvez só com medo de olharem e o Theerapanyakul fuzilá-los tanto mentalmente quanto fisicamente.

Grey também parecia entretido demais dormindo no gramado.

Voltou a atenção no rosto iluminado do homem que o acompanhava e balançou o braço segurado, num pedido mudo para que parasse de usá-lo como apoio antes que alguém resolvesse observá-los e pensasse que eles fossem um casal de maricas sentados numa praça enquanto passeavam com um gato rajado como filho.

“A mamãe não pode mais abraçar o papai e demonstrar afeto?”

Algo parecia ter entrado na sua garganta já que começou a tossir compulsivamente indo para frente, acordando o bichano que miou enquanto olhava para os dois e quando conseguiu desafogar, alguns rostos estavam virados para ambos. Examinando-os e provavelmente julgando-os até na alma. Sua bunda se arrastou no banco, criando um espaço considerável entre um Vegas sarrista por ter quase o matado.

“Cale a boca, seu idiota!” Reclamou dando um soquinho moderadamente forte na coxa do outro e ouvindo um 'ai Pete!’, sua vontade era de socar o rostinho bonito de forma que o deixasse irreconhecível. “Não sou um gayzinho pra deixar homens me abraçar ou me dar afeto.”

Vegas ficou estranhamente silencioso mirando seus olhos quando deu a sentença final. Claramente não desviou as íris castanhas, se aquilo fosse uma competição disfarçada para ver quem cede primeiro não queria perder de jeito nenhum.

moranguinho × vegaspeteحيث تعيش القصص. اكتشف الآن