De Joelhos - 11

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Dois meses depois

Durante esses dois meses pude constatar a loucura que minha vida se tornou, claro que uma loucura boa, estamos dois dias da gravação do primeiro EP, e estou ansiosa, pois assim que lançado, iremos gravar um DVD, que de acordo com Henrique vai ser algo grande.

Esses últimos dias tem sido corridos, minha cabeça dói, meu corpo parece que vai desabar a qualquer momento, sinto que estou esgotada ao extremo, mas me sinto tanto orgulho, tanta alegria. Zé Neto e Cristiano são fodas demais, são incríveis, serão grande músicos, artistas maravilhosos.

Hoje foi minha folga, estava quase dormindo quando minha mãe entra no quarto, abro os olhos enquanto bocejo, estava cansada e ela sabia disso.

— Vida, o menino Henrique está aí — bocejei.

— Ah, mãe tô tão cansada, tudo bem para a senhora se ele entrar aqui? — me sento na cama e ela sorrir.

— Vou chamar.

Fecho os olhos brevemente, pois minha cabeça estava latejando e meus olhos então… minha vista parece que está piorando a cada momento, preciso mesmo trocar as lentes. Puxei o edredom, coloquei os óculos, tentei colocar um sorriso no rosto e olhei para a pessoa que estava parada na porta do quarto.

— Está doente? — ele se aproxima rapidamente.

— Não, só cansada mesmo.

— Aproveita e vê se ela come, Marília hoje parece uma criança mimada — minha mãe fala e a encaro. — Isso é culpa sua, senhor Henrique.

O cantor me olha com um sorriso encantador, minha mãe sai, deixando a porta aberta, normalmente ela não faria isso, contudo queria mostrar para ele que estava de olho. Ri baixo, vendo o mesmo sentar na beirada da cama, Henrique tocou meu rosto carinhosamente, e se aproximou um pouco.

— Então você parece uma criança mimada? — pergunta rindo.

— Ela está exagerando — forcei um sorriso. — Mas e essa surpresa? Não estava te esperando aqui.

Um sorriso maroto surgiu e ele abaixou os olhos, sorri por vê-lo ficar sem jeito em minha frente e o fiz me olhar, Henrique era mesmo muito fofo. Ele conseguia ser quente, muito envolvente, e ao mesmo tempo tímido, isso me deixa extremamente apaixonada por um cara que é só meu amigo, meu melhor amigo.

— Hoje é sua folga, não lhe vi o dia inteiro — seu sorriso era tímido.

— Sentiu minha falta?

— É, eu senti — senti aquele conhecido frio na barriga, me aproximei mais. — Senti muita falta do seu sorriso, dos seus olhos, de você.

— Assim não vale, Ricelly, eu vou ficar ainda mais apaixonada e não é justo.

— Por que não é justo? — beija meu rosto e encosta a testa na minha. — Se em pouco tempo estou rendido a você, não vê? Estou de joelhos aos seus pés.

Sorri fechando os olhos e tomei coragem para o beijar, grudei nossos lábios.

Desde o nosso primeiro beijo, só voltamos a nos beijar quando ficamos bêbados em uma festa, e só sabemos disso pois Juliano nos contou, então pra lembrar esse é o nosso segundo beijo. E por Deus, eu não sabia que sentia tanta falta desse beijo, dos seus lábios.

Estou fodida.

Me apaixonei pelo meu chefe e amigo, antes estava mais tranquila pois sabia que era só atração, mas agora? Agora estou completamente envolvida, apaixonada.

— Fica comigo — ouço sua voz ao encerrar o beijo. — Você me pediu um tempo para nos conhecermos melhor, pediu para que fosse sincero e estou respeitando todas as suas limitações, estou sendo sincero desde que falei que quero ocê, se não quer assumir publicamente, tá tudo bem, eu entendo, mas por favor, Marília, por favor seja minha.

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⏰ Última atualização: Jan 17 ⏰

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