𝑬𝒎𝒑𝒓𝒆𝒈𝒂𝒅𝒂 𝑫𝒐𝒎𝒆́𝒔𝒕𝒊𝒄𝒂 /𝑨𝑻𝑬𝑬𝒁/

Necessidade Não Correspondida

*00:00 PM*

Depois do episódio na sala com os meninos, eu fiquei no quarto por um tempo até acabar pegando no sono.

Nesse momento, eu estou acordada, até lembrar que mais uma vez eu não tinha jantado... Meu estômago fazia barulhos muito incômodos, me deixando meia agoniada.

Minha fome era grande, mas o medo de sair do quarto, era maior...

Os meninos estavam com fome, mas essa fome não era de nenhum tipo de comida... E sim de uma pessoa... No caso, eu.

Me reviro na cama em busca de encontrar alguma posição confortável para ver se aquela dor incômoda amenizava, e como eu esperava... Isso não resolveu de nada, pois á cada movimento meu, a dor era mais irritante.

Me sentei na cama, e pensei nas possíveis possibilidades de alguém estar acordado e me perseguir até a cozinha enquanto eu estiver procurando alguma coisa para comer.

Provavelmente isso iria acontecer de uma forma  ou de outra... E esse era o meu medo maior, além de saber que eles estavam sedentos.

Me levantei da cama e vou até a porta com passos lentos e um pouco leves.

Abro a mesma bem lentamente sem fazer nenhum tipo de barulho e passo para o corredor sem fechar a porta novamente.

Ando bem cautelosamente até as escadas e desço as mesmas com o coração na mão!

Como eu já estava acostumada com aquela mansão, não me importei com a escuridão dos cômodos e conseguia enxergar muito bem os lugares por onde eu passava.

Olhei ao redor, e por enquanto, eu não via nenhuma alma viva no lugar.

Por enquanto...

Vou para a cozinha, e dessa vez, não acendo as luzes.

Pego a lanterna do meu celular e vou com a ela até o armário, e mesmo os quartos serem no andar de cima da mansão, eu ainda sentia que eles conseguiam ouvir alguma coisa do que eu fazia no andar de baixo.

Olho parte por parte do armário, e não encontrei nada que fosse prático para comer na hora...

Vou até a geladeira, e vi que milagrosamente havia um bolo ali.

Pensei se deveria ou não comer pelo menos um pedaço da guloseima... Até lembrar que também tinha sorvete no congelador.

Qual eu deveria comer?

Já decidida, pego o prato que estava o bolo e coloco ele encima do balcão.

Vou até o outro armário bem devagar, e pego um prato de vidro preto, um garfo e uma faca.

Corto o bolo e coloco no prato que eu havia pego.

Estava achando estranho que nenhum dos meninos haviam aparecido dessa vez...

Me sento no balcão da cozinha como faço todas as vezes e começo a comer o doce nas minhas mãos.

[...]

Eu já estava começando a ficar bem entediada, então resolvo subir de volta para o meu quarto.

Começo a subir as escadas novamente, e quando cheguei no topo, meu corpo se chocou com o de alguém, pela escuridão eu não conseguia ver quem era, e isso me prejudicou um pouco.