Amando sua arte.

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𝐀𝐦𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐮𝐚 𝐚𝐫𝐭𝐞, 𝐧𝐚̃𝐨 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐞𝐣𝐚.

𝐀𝐦𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐮𝐚 𝐚𝐫𝐭𝐞, 𝐧𝐚̃𝐨 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐞𝐣𝐚

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O sombreamento de uma arte é a parte mais delicada da pintura. A parte mais calma que tem que ser feita com paciência.
Pac tinha total paciência, fez pequenas manchas pra ser suas flores, cores rosas, verdes e algumas roxas quase lilás. O branco formando a silhueta de duas pessoas irreconhecíveis, dois garotos? Duas mulheres? Um homem e uma mulher? Simplesmente não importa.

E fit concordava, não era de hoje que o pintor misterioso de olhos azuis tão escuros quanto os negros sentava na mesa que ele gostava de passar com seu skate. Mas isso não incomodou no final, o garoto era simplesmente perfeito.
Ele tinha um cabelo wolf cut curto, batendo a maior parte em seus ombros e a menor acima de suas orelhas. A cor completamente escura com alguns pontos com azul ciano magnifico.
Sempre com um moletom azul con simbolo do pacman, mas as vezes, o mesmo estava amarrado em sua cintura e usava uma regata completamente preta.

Sua calça estava sempre por baixo da mesa, mas era perceptível o cargo preto com vários bolsos que ele usava.

Fit também julgou que pelo estilo o garoto daria um ótimo skatista, mas logo sentiu seu rosto esquentar de vergonha aos ver as muletas ao lado do garoto no banco, que bom que ele nunca disse isso.

— Por que você está me encarando? — O artista se virou em direção ao garoto com o skate.

Suas vestes eram comuns. Sua blusa era uma camiseta marrom com um estranho círculo branco no meio, sendo seguida por uma calça jeans meio larga com um cinto preto estiloso. Em um de seus braços musculosos, uma prótese escura que parecia do mesmo material da do artista.
Claro, algo reparável era que mesmo o garoto parecendo jovem, não havia nenhum fio de cabelo em sua cabeça.

— Desculpe, eu não percebi que estava te encarando tanto. — O skatista colocou a mão sob a nuca, sentindo seu rosto queimar um pouco.

O artista percebeu que o homem poderia pintar um ótimo quadro, mas logo sentiu seu rosto queimar de culpa, ao lembrar o quão difícil era controlar uma prótese.

— Não tem problemas, mas por que estava olhando afinal? — O artista ergueu uma de suas sobrancelha. — Estou atrapalhando?

— O que?! Não! Obviamente não! Bem, no início sim. Mas agora tudo bem, não precisa se preocupar, apenas estava curioso sobre seu quadro.. Você parece desenhar e pintar muito bem..

— Oh, bem.. — Pac sentiu um leve rubor em suas bochechas, suas artes sempre foram seu ponto fraco. — Obrigado senhor skatista.

— Skatista? Me chame apenas de Fit. — Ele sorriu, revelando covinhas adoráveis enquanto se sentava na borda da mesa.

Pac esboçou um sorriso de volta, apreciando a informalidade daquele encontro inesperado. Fit inclinou a cabeça para observar mais de perto o quadro em andamento, os olhos examinando cada pincelada com interesse genuíno.

— Então me chame de Pac, Fit o skatista.

Ambos riram, Pac logo voltou a dar curtas pinceladas no quadro, sendo observado mais uma vez pelo skatista.

— Sabe, acho incrível como você captura a essência das pessoas nesse quadro. Mesmo sem rostos definidos, há uma conexão ali.

— Obrigado, Fit. Sempre quis transmitir emoções mais do que traços físicos. — Pac explicou, seus olhos azuis refletindo a paixão pela arte.

Fit notou as mãos habilidosas de Pac, agora manuseando pincéis com graciosidade. Sentiu-se inspirado pela dedicação do artista, já Pac, sentia uma dúvida martelar em sua mente.

— Como você perdeu o cabelo? Se não se importa em contar. Te acho muito novo para não ter..

Fit hesitou por um momento, olhando para a prótese escura em seu braço. Pac percebeu que tocara em um assunto sensível, mas Fit sorriu suavemente antes de responder.

— Uma batalha contra o câncer, foi pesado, até mesmo meu braço se foi nesta batalha. — Mostrou a prótese, vendo o artista sorrir em respeito. — Mas e você Pac, como começou a pintar?

— Quando eu parei de ter os movimentos das pernas, eu gostava muito de jogar futebol, mas aconteceu um incidente entre eu e um amigo meu, depois disso eu perdi o movimento e a perna em si.

— Oh, nós dois temos histórias tristes então. — Fit saiu de cima da mesa, largando seu skate no chão e sentando-se do lado do artista.

O sol começava a se pôr, pintando o céu com tonalidades de laranja e rosa, enquanto Pac e Fit compartilhavam histórias de superação e desafios. Fit observava o pincel de Pac dançar na tela, encantado não apenas pela arte, mas também pelo artista.

— Sabe, Pac, acho que a arte é uma forma incrível de superação. Você consegue transmitir tantas emoções através das cores e formas.

Pac sorriu, apreciando o entendimento de Fit.

— E você, Fit, mesmo passando por tanto, continua a andar de skate com tanta paixão. É inspirador.

Fit coçou a cabeça, revelando seu sorriso cativante.

— O skate me ajuda a sentir liberdade, mesmo com as limitações. Mas hoje, estou mais interessado em descobrir o que te inspira na arte.

Pac sentiu o calor subir novamente em suas bochechas, pegando o pincel com um toque de nervosismo.

— Bem, eu diria que encontro inspiração nas pessoas, nas histórias de superação. Cada pincelada é uma forma de compartilhar a beleza que vejo, mesmo que muitas vezes seja imperceptível à primeira vista.

Fit se inclinou ligeiramente para frente, seus olhos fixos nos de Pac.

— Acho que você também é uma forma de beleza imperceptível. Sua determinação e talento são incríveis.

Pac sentiu um arrepio, surpreso e lisonjeado pela observação de Fit. O clima descontraído começava a carregar uma energia diferente, enquanto ambos se perdiam na conexão que se formava.

— E você, Fit, consegue encontrar beleza em tudo, mesmo nas adversidades. É admirável.

Fit sorriu de maneira mais íntima, suas mãos repousando levemente sobre o quadro inacabado.

— Talvez, Pac, a verdadeira beleza seja encontrada nas imperfeições e nas histórias que carregamos. E eu acho que estou descobrindo algo muito especial aqui.

Os olhares deles se encontraram, um silêncio carregado de significado pairando no ar. Fit se aproximou lentamente, seus rostos agora a centímetros de distância.

— Talvez, no meio de todas essas cores, possamos encontrar algo ainda mais bonito juntos.

Pac sentiu seu coração bater mais rápido, a tensão e a expectativa criando um vínculo único entre eles.

— Eu adoraria descobrir isso, Fit.

O momento se estendeu, e o sol completou seu espetáculo no horizonte, testemunhando o início de uma nova tela, onde as pinceladas da arte se entrelaçavam com os traços de uma história que estava apenas começando.

O momento se estendeu, e o sol completou seu espetáculo no horizonte, testemunhando o início de uma nova tela, onde as pinceladas da arte se entrelaçavam com os traços de uma história que estava apenas começando

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𝐇𝐢𝐝𝐞𝐝𝐮𝐨: Amando sua arte.Where stories live. Discover now