[ROMANCE LGBT]
Nathan era agressivo - ou pelo menos era isso que diziam.
Sua impulsividade e seu tdah, que o tornavam um péssimo aluno, também o tornavam imbatível nas quadras- a ferocidade e a paixão quase obsessiva de Nathan era o que havia tornad...
(((Notas: Olá! Queria agradecer a quem ainda está aqui lendo essa história, sei que demorei um pouco, mas eu voltei! Espero que gostem do capítulo, mt obrigado pela paciencia e não se esqueçam de votar e comentar o que estão achando <3 )))
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Bernardo
A pior parte de ter passado a noite em claro no dia anterior ao primeiro jogo oficial do Legado não foi o cansaço e nem mesmo a desatenção durante o jogo. Não, a pior parte foi que eu dormi no ombro do Nathan, no meio do ônibus. Do Nathan, dentre todas as pessoas.
Quando percebi, levantei imediatamente, assustado e envergonhado.
— Bom dia, Bela Adormecida — Nat falou, rindo, e eu respirei fundo. Estava muito cedo para mandar ele ir à merda.
— Não acredito que eu dormi encostado logo em você — murmurei.
Ele riu.
— É, mas 5 minutos atrás você não estava reclamando.
— Porque eu estava dormindo.
— Que é provavelmente o único momento em que você para de reclamar — falou, em um tom bravo, mas com um sorriso bobo.
— Cala a boca — respondi, e então revirei os olhos. — Para de sorrir assim.
— Desculpa, baixinho, mas é muito divertido ver você com essa marra toda depois de dormir que nem um bebê no meu ombro.
Escondi o rosto com os braços, ainda morrendo de vergonha. Que pesadelo.
Virei para a janela, olhando a paisagem, ainda nervoso com o jogo. Era meu primeiro jogo oficial e, apesar de ter evoluído nos treinos, eu não era nem de perto tão bom quanto os outros jogadores. Não sabia como iria encarar o resto do time se estragasse tudo. Nat estava treinando comigo por semanas e, por mais que eu odiasse admitir, não queria desapontá-lo. A pior parte era que teriam pessoas me olhando. Eu sempre tinha a sensação de estar sendo observado, mas, dessa vez, eu realmente estaria. Respirei fundo, tentando controlar a ansiedade, mas os pensamentos não paravam de vir, deixando minha respiração rápida e meu coração acelerado.
Nat me cutucou de leve com o cotovelo.
— Ei — falou, baixinho, e eu virei o rosto, olhando para ele — Vai dar tudo certo no jogo. Só dá seu melhor, okay? A gente treinou pra isso.
Eu o encarei, as sobrancelhas franzidas, tentando não deixar a ansiedade tomar conta de mim.
— E se eu estragar tudo? — perguntei, baixo.
— Você não vai. É só um jogo. Se a gente for mal, vão ter outros.
Eu sabia que Nat estava mentindo, que aquilo não era "só um jogo" para ele. Conhecia o quanto ele era competitivo e levava isso a sério mais do que qualquer um, e que ele ficaria mal se perdêssemos. Mas o fato de ele estar disposto a dizer aquilo para me acalmar já ajudava.