Flipendo

1 0 0
                                    

-Senhorita Grindelwald? Vamos, irei avisar a professora McGonagall sobre a detenção.
-O senhor quer falar comigo? -saio da sala atrás de Dumbledore.
-Sim, não sei como acabou se envolvendo nisso, mas espero que seja a última vez, sem contar que Mattheo não é uma boa companhia para alguém como a senhorita.

Fico quieta e balanço a cabeça concordando.
-Bom, mas o que eu queria dizer é que descobriram o motivo do assassinato de seu pai.
-O quê? E qual foi? - fico intrigada.
-Aparentemente queriam algo que somente ele tinha acesso, o ministério ainda está tentando acessar arquivos para descobrir o que pode ser, a senhorita tem alguma ideia?
Poderia ser só a sensação do único objeto dele em minhas mãos, mas meu coração acelerou ao pensar no anel que carrego comigo.

-Não, sinto muito.
-Está tudo bem, por enquanto, se dirija a biblioteca senhorita.
Escuto Dumbledore batendo na porta da sala de McGonagall enquanto ando em direção a biblioteca, tiro o colar do meu pescoço e ali estava ele, o anel dourado com uma pedra preta reluzente, eu nunca havia colocado em meu dedo, estava tentada a colocá-lo, mas havia chegado na porta da biblioteca então resolvi deixá-lo onde estava e o coloquei novamente em meu pescoço, abro a porta, Draco e Mattheo estavam sentados em carteiras enquanto o professor Flitwick estava na escrivaninha.

-Com licença.
-Pode entrar senhorita Grindelwald, sente-se.
Sentei na única carteira que sobrou, estava entre Mattheo e Draco, queria falar com o moreno, perguntar como estava.
-Senhores, eu já volto, fiquem onde estão e não saiam daqui.
Então o duende com orelhas pontudas e uma baixa altura havia saído.
-Ei - o moreno levanta a cabeça e me encara.
-Sim?
-Obrigado, por mais cedo, como está a mão?
-Já esteve melhor - ele me lança um sorrisinho.
-Me dá sua mão.
Ele estende o braço e coloca a mão sobre a minha mesa, pego minha varinha e aponto para sua mão, fazendo o movimento circular do feitiço.
-Episkey.
E assim seus ferimentos desapareceram.
-Obrigado.
Retribuo com um sorriso, volto ao olhar para frente, na mesa havia livros, Draco estava folheando um, já Mattheo se escorava na cadeira com os braços cruzados e então as luzes se apagaram.

-O que está acontecendo? -Draco olha para cima e logo nos direciona seu olhar.
-Eu não sei.
-Lumos - o moreno fala iluminando nossa visão.
-Vamos, talvez tenha sido só aqui.
-E vamos para onde? Nem sabemos o que aconteceu. - o loiro retruca Mattheo.
E enquanto os dois debatiam o que iríamos fazer eu só pensava no que Dumbledore havia dito, estavam procurando algo que estaria com meu pai, mas por que ele? O que um detento poderia ter de tão precioso que custaria a sua vida e por que ele ele preferiu morrer ao entregar.

-Mestiça? Está bem?
-S-sim, estou.
-No que está pensando?
-Em como faria vocês dois calarem a boca.- dou um sorriso a Mattheo.
-Claro, porque você é a senhorita perfeitinha não?
-Do que está falando Draco?
-Você o beijou, mesmo depois de ontem a noite. - ele se aproxima, ficando ao lado de Mattheo.
-É sério? Eu não quero falar disso agora.
-Ótimo, depois eu sou o babaca.
-Já acabaram? - Mattheo me olha erguendo a sombrancelha.

-Vai se ferrar, você pensa que só porque chegou agora manda em algo. - Draco empurra Mattheo.
-Acho bom você tirar as mãos de mim se não a próxima coisa que você vai ver vai ser minha mão na sua cara, e dessa vez eu quebro seu nariz.
-Isso pelo quê? Por ela? E você acha que ela vai te amar? Só porque se beijaram?
-Cala a porra da boca. - Mattheo segura Draco pela blusa.
-Está apaixonado? Vou te dizendo que ela não vai liberar tão fácil pra você, mas se souber castrar ela rende, não é amor?. - ele solta um sorriso perverso a Mattheo.
-Flipendo!! - falo apontando minha varinha a Draco que a instantes foi azarado sendo lançado para uma das prateleiras.
-Dá próxima vez eu juro que faço você virar pó, me entendeu? - Olho para o loiro apontando minha varinha.
-Então parem de agir como crianças e vamos procurar algum professor.
Em instantes a luz se acende e logo o professor Flitwick abre a porta de madeira.
-O quê estão fazendo? Sente-se em seus lugares.

Sentamos e lá ficamos por mais alguns minutos até o professor falar para nós nos dirigirmos para a próxima aula.

Profecia Where stories live. Discover now