"My intuition"

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Atena estava em seu quarto tentando dormir.
Era uma noite chuvosa, portanto os dragões não atacaram a vila.
Atena estava sentindo uma sensação estranha desde quando os ataques começaram, como se algo a chamasse, ela conseguia ouvir uma voz a chamando.

E naquela noite essa voz não parava de ecoar em sua cabeça.
- Eu te escuto mais não vou! - Atena fala em voz alta para tentar afastar a voz.
- Não me chame! Já sei quem sou. - continua a garota.
- Tenho mil motivos para não te responder - a garota se revira na cama. - E seguir meu rumo, é assim que deve ser. - Por um momento a voz tinha parado de chamá-la.

Oque não durou muito tempo.
- Não vou te ouvir! Você não cansa de chamar? - Atena levanta de sua cama
- E se eu te ouvisse... Oque eu não vou! Você não pode me salvar. - Atena para na frente de sua mesinha que tinha um espelho.
- Tudo que eu tenho está nesse lugar, desculpa voz secreta, vou ter que te ignorar.

- Já fui muito longe, eu já me decidi. - Atena continua falando, olhando pela janela.
- Só existe um caminho e eu vou seguir. Minha intuição. - Atena pega seu machado e sai correndo de dentro de sua casa.

Atena vai correndo para a floresta, e a voz fica cada vez mais alta.
- Não sei dizer por que você me deixa assim! - Atena continua falando sozinha.
- E enquanto me chama eu me perco até de mim.
- Cada dia é mais difícil minha fama me faz subir. Sinto um impulso que me faz seguir... - Atena fala adentrando cada vez mais na floresta.
- Minha intuição! - Diz Atena olhando para uma caverna. Era isso, oque tanto a chamava estava lá dentro e ela estrava prestes a descobrir.

- Eu te faço um pedido... me revele o sentido - Diz Atena adentrando na caverna, e havia uma espécie de luz nas paredes rochosas, e estava a guiando.
- Não me esqueça nessa imensidão, em você encontrei.... - Atena fala quando chega ao final da caverna que dava para um clareira cheia de árvores.
- Minha intuição! - Atena fala quando avista uma criatura branca ferida.

- Por Thor, oque é isso? - a garota pergunta pra si mesma.

A criatura começa a se mexer revelando sua face.

- Ai meus deuses! - Atena fala em choque
Era um Fúria da Luz, bem ali na sua frente.

Logo o dragão sentiu sua presença ali e a atacou. Esse era o instinto dele, e o de Atena também.
Eles começaram uma luta, ainda bem que tinha dado tempo do Soluço concertar o machado.

O dragão mergulhou no riacho que havia ali com a garota em suas patas. A fera ia cada vez mais fundo e Atena estava começando a ficar sem ar.

Quando o dragão viu a silhueta da garota loira logo a trouxe para superfície novamente.

Atena cuspiu um pouco de água.
O dragão poderia ter a matado, mas não o fez. Aquilo comoveu a garota.
Um dos dragões mais ferozes de todos tinha acabado de mostrar compaixão pela garota.

Ali estava a sua maior chance de matar o dragão e orgulhar seu chefe Stoiko. A garota estava pronta para atacar o dragão que estava vulnerável, mas logo sentiu um aperto em seu coração que não a permitiu que o atacasse.

- Você está com dor, não está? - Atena fala, e é respondida por um rugido de dor.

- Posso te ajudar? - diz Atena se aproximando do dragão. A garota tinha sentido uma conexão muito grande com o animal.

A loira estende sua mão, para tentar tocar o dragão, e logo a fera junta sua cabeça á mão da garota.

Atena lembrou de uma receita de cura de feridas que Gothi á tinha ensinado. E então ela sai a procura de uma erva que pudesse usar para curar o ferimento do dragão. Quando a acha, corta um retalho de pano de sua roupa, pega um pouco de água limpa do riacho e lava o ferimento do dragão, e coloca a planta medicinal no local.
Ela percebeu que a dragão estava cansada, assim como ela, então decidiu cantar uma das canções de ninar que se lembrava que sua mãe cantava quando ela era pequena.
Ela sentou no chão, se encostando em uma pedra, e aconchegou a cabeça do dragão ao seu colo.

- Há memórias no lugar, onde o vento encontrar o mar, durma logo e verá, o rio te leva a se encontrar. - Atena canta com uma voz melódica. O dragão parece reconhecer a música, e levanta sua cabeça.

- Calma garota, tá tudo bem! - atena acalma a dragão e logo a mesma deita de novo em seu colo.

- Suas águas vão trazer, os segredos que você não vê. Siga a sua intuição, pra não perder a direção. - atena continua cantando os versos da música que conseguia se lembrar.

- A voz de longe irá soar e te alcançar onde estiver. Não deixe o medo atrapalhar, ao enfrentar o que o rio trouxer.

- Há memórias no lugar onde a mãe sempre vai lembrar. Lembre disso ao me chamar e ao se perder, vai se encontrar. - atena termina fazendo carinho na dragão que já havia adormecido.
Atena observa a beleza daquele animal, sua vida inteira foi treinada para mata-los. Mas com aquela criatura, tão dócil em seu colo, ela percebe que dali para frente, sua vida iria mudar.

Logo a garota adormece.

Como treinar seu dragão | Soluço Haddock Where stories live. Discover now