CAPÍTULO 2 ~LÁGRIMAS

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A sala fica em um silêncio sepulcral, a tensão tão densa que parece sufocar. 

Recuo instintivamente, sentindo um medo visceral diante da tempestade iminente que é Bakugou. Até que Midoriya, percebendo a iminência de um confronto perigoso, se levanta rapidamente e se coloca entre nós.

—Bakugou, por favor, se acalme! Isso não vai levar a lugar nenhum.- implora, sua voz firme, mas calma. —Lutar aqui não resolve nada.

Bakugou o encara, o ar ao seu redor parecendo vibrar com sua raiva. Por um momento aterrador, pensei que ele fosse me atacar, sua respiração é pesada e irregular, como se estivesse lutando para se controlar.

Mal consigo dizer qualquer coisa, mas sei que precisava dizer algo para acalmar a situação.

—Eu... eu sinto muito. -gaguejo, minha voz um sussurro trêmulo. —Não foi minha intenção... eu só...

—Chega!- professor Aizawa intervém, olhando diretamente para Bakugou. —Isso é inaceitável. Bakugou, controle-se imediatamente. E Mizu, volte para o seu lugar.

Aceno com a cabeça, minha gratidão por Aizawa e Midoriya transbordando, mesmo que não pudesse expressá-la. Volto ao meu lugar, cada passo pesado com o peso da situação.

-

A aula finalmente termina, mas a atmosfera na sala ainda estava carregada com a tensão do confronto anterior. Os alunos começaram a sair, aliviados pelo fim do período, mas eu permaneci sentada, meus pensamentos girando em torno do que acabara de acontecer.

Idiota Mizu, que bela primeira impressão você causou nele! Queria ser sua amiga? Acabou de virar sua inimiga, isso sim.

Sentada ali, senti um peso esmagador de emoções, e, antes que pudesse me controlar, lágrimas começam a brotar dos meus olhos.

Chorar sempre foi uma reação instintiva para mim, uma liberação de sentimentos que eu luto para controlar. Mas, na U.A., preciso mudar isso, especialmente considerando a natureza única da minha individualidade. Cada lágrima que derramo é uma pequena parte da água que eu podia manipular, um recurso precioso que eu estava desperdiçando. Elas escorrem livremente agora, cada uma delas uma lembrança da minha tentativa frustrada de manter a compostura. As enxugo rapidamente, ciente de que cada gota era um reflexo da minha vulnerabilidade.

Eu preciso ser mais forte. Não posso deixar que isso aconteça de novo.

Assim que o Professor Aizawa sai, me dirijo para a saída da sala de aula, enxugando as últimas lágrimas, até uma voz familiar e cortante me fez parar. Bakugou, que eu pensava ter saído, estava encostado perto da porta, um sorriso ameaçador em seus lábios.

—Ah, olha só, a novata está chorando- diz com desdém. —Não me diga que um pouquinho de pressão foi demais para você!

Me viro para encará-lo, sentindo uma mistura de vergonha e frustração.

Não é da sua conta, Bakugou-kun. -Tento manter a compostura, com a voz ainda trêmula,

Ele gargalha, um som que é mais provocação do que diversão.

—Se você vai ser uma heroína, é melhor começar a endurecer essa casca. O mundo lá fora não vai pegar leve só porque você chora feito um bebezinho! Acha que pode brincar comigo e sair ilesa, NOVATA? - A voz de Bakugou é um rosnado baixo, as explosões em seu punho refletindo a intensidade de suas palavras. —Isso aqui não é nenhum joguinho. Se você não levar isso a sério, vai acabar se queimando.

 Se você não levar isso a sério, vai acabar se queimando

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CHUVA DE FAÍSCAS |FANFIC BAKUGOU|Where stories live. Discover now