Capítulo 1

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O sonho de Seokjin sempre foi trilhar o caminho da advocacia, mas após Karina os abandonar, ele teve que abrir mão dos estudos, focando unicamente em seu trabalho. Como secretário em um escritório de advocacia, Jin se via lutando para sustentar sua filha sem a ajuda da mãe dela. A busca por um trabalho mais rentável tornou-se uma necessidade constante.

- "O que eu vou fazer agora? Sempre dediquei minha vida ao direito. Não sou bom em outra coisa", desabafou Jin com J-Hope, enquanto servia o almoço.

- "Acho que você é bom em uma coisa", disse J-Hope.

-"Em se apaixonar pelas pessoas erradas, eu sei.
A Karina me mostrou isso muito bem", respondeu Jin, virando-se para J-Hope enquanto servia.

- "Também", riu J-Hope, levantando o prato para Jin.
- "Era disso que eu me referia. Você cozinha muito bem. Eu só venho aqui por duas coisas: minha afilhada e sua comida."

- "Elogio de amigo não conta", brincou Jin.

- "Seus pais sempre disseram para você seguir carreira na gastronomia. Você que foi se aventurar no direito."

- "Opinião de pais também não conta. Eu amava cozinhar para a família, sempre sonhei em casar, ter uma família e cozinhar juntos aos sábados para nosso piquenique no fim de tarde. Mas depois que meus pais morreram e a Karina nos abandonou, nunca mais a vi dessa forma. Cozinhar virou algo só por necessidade."

- "Ei", grita J-Hope, "você tinha que estragar nosso almoço falando dessa forma."

- "Me desculpe, vamos comer", diz Jin rindo

Ao anoitecer, após a partida de J-Hope, Jin sentou-se em seu escritório no quarto, perdido em pensamentos sobre o que J-Hope havia mencionado: "Você cozinha muito bem."

"Caraca, será?" murmurou Jin consigo mesmo.

- "Caraca", repetiu a filha de Jin (4 anos).

Ao perceber sua presença na porta, Jin se virou para ela.

- "Ainda acordada, mocinha?"

-"O que significa 'caraca'?"
- "É uma palavra feia, apenas os adultos podem usá-la."

"Quando eu crescer, poderei usá-la?"

"Eu prefiro que você não use", disse, apontando o dedo para o nariz dela.

"Está bem... caraca." Os dois riram.

"Vamos, vou te levar para a cama."

Após colocar sua filha para dormir e apagar as luzes, Jin ouviu uma voz suave.

- "Papai?"
- "Sim, meu amor."
- "Eu te amo."
- "Eu também te amo", respondeu Jin com um sorriso radiante no rosto.

Enquanto isso, Carolina Dantas participava de um jantar de negócios em seu restaurante.

- "Precisamos fazer algo grandioso, algo único", insistiu Carolina durante a discussão com os investidores.
- "Poderíamos criar um menu especial", sugeriu um investidor.
- "Não, já fizemos isso há três anos."
- "E que tal lançarmos uma campanha de primavera?"
- "Isto é um restaurante, não uma loja de moda."
- "Que tal um concurso para encontrar o melhor chef?"
- "Me fale mais sobre isso."
- "Poderíamos criar um programa, exibi-lo na internet, onde as pessoas votam, interagem, envolvem o público. O vencedor não apenas receberia um prêmio, mas também teria a oportunidade de ter um prato próprio no nosso restaurante. Isso atrairia as pessoas para experimentar."
- "É exatamente isso que eu quero", declarou Carolina, levantando-se e aplaudindo.
- "Se você aprovar, acertamos os detalhes e lançaremos as inscrições na próxima semana."
- "Está aprovado."

Enquanto todos saíam para ajustar os últimos detalhes, Carolina comentou:
- "Esse concurso será inesquecível."

Sabor do amorTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon