Capítulo 8

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Capítulo 8

No dia seguinte, Carolina dirigiu-se ao seu restaurante como de costume. Porém, algo estava diferente naquela manhã; um brilho especial irradiava do rosto dela. Cumprimentou os porteiros com um sorriso caloroso, contagiando o ambiente com sua energia positiva.

— “Bom dia, Dona Carolina” — saudou Gilberto, um dos porteiros.

— “Será um dia maravilhoso, Gilberto. Um dia maravilhoso” — respondeu ela, transbordando otimismo.

O outro porteiro, ao lado, estranhou felicidade de Carolina, já que ela sempre estava de cara fechada  e foi rapidamente questionar Gilberto sobre o motivo.

— “O que houve? Por que ela está assim?” — perguntou, curioso.

— “Seja lá o que for, espero que ela continue assim. Não a vejo assim desde a morte dos pais dela” — respondeu Gilberto, com um brilho de esperança nos olhos.

— “Isso é verdade” — concordou o outro porteiro.

— “Ela merece ser feliz, meu rapaz” — afirmou Gilberto, dando tapinhas no ombro do colega antes de se afastar.

Carolina chegou à sua sala e encontrou uma caixa redonda,  com um laço vermelho, e um cartão sobre ela.

"Esse é meu agradecimento por ontem! Você não conseguiu provar o bolo, então estou te enviando um agora. Tenha um ótimo dia, Senhora Carolina", dizia o cartão, assinado por Jin.

Ao lado do cartão, havia um pequeno envelope contendo outra carta.

"Minha filha quis te dar um presente. Ela queria te dar uma bailarina, porque disse que você era linda como uma. Como ela não sabe desenhar, te deu a figurinha favorita do seu caderno", explicava a carta.

Carolina abriu o envelope e encontrou a figurinha de uma bailarina. Um sorriso se formou em seus lábios enquanto ela prendia a figurinha em sua luminária, perto do computador.

Sem perder tempo, Carolina pegou um pedaço do bolo e saboreou-o, encantada com o sabor preparado por Jin.

Enquanto isso, Jin seguia com sua vida corrida de pai solteiro, preparando o lanche da filha para a escola, com a ajuda de J-Hope, que veio buscá-la.

— “Ah, sua pequena! Bora pro banho que já está quase na hora” — brincou J-Hope, levando sua afilhada para o banho.

Enquanto a filha de Jin se banhava, Jin e J-Hope conversavam na cozinha.

— “Não vai me contar o que rolou ontem?” — perguntou J-Hope, curioso.

— “Não rolou nada” — respondeu Jin, tentando esquivar-se do assunto.

— “Como não? Você até a levou até o estacionamento” — insistiu J-Hope, rindo.

— “Como sabe disso?” — disse Jin, surpreso.

— “A tia contou” — revelou J-Hope, divertindo-se com a situação.

— “Mas não aconteceu nada. Eu só a levei porque estava muito tarde” — explicou Jin, tentando desviar o foco da conversa.

— “Você gosta dela, né?” — questionou J-Hope, observando a reação de Jin.

— “Você não está dando banho na minha filha?” — retrucou Jin, tentando mudar de assunto.

— “Não muda de assunto. Gosta ou não gosta?” — insistiu J-Hope.

Jin, sem opção, acabou admitindo:

— “Gosto. Desde o dia que a vi naquele mercado, pronto, está satisfeito.”

— “Ela sabe disso?” — perguntou J-Hope.

Sabor do amorWo Geschichten leben. Entdecke jetzt