A Bruxa de Soul

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Nota da Autora:
Espero que gostem dessa nova história!
Essa obra se passa no mesmo universo que "Marca da Maldição", mas caso ainda não tinha lido essa história, não tem problema!
Mesmo se passando no mesmo universo, não é necessário seguir uma ordem cronológica, então se preferirem ler essa primeiro, sejam felizes!
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Não se acanhem em comentar, sempre gosto de separar um tempo para ter um pouco de noção referente a reação de vocês!
Recomendem, se puderem!
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Boa leitura!!

Dia 11/05

09:40

Hinata acordou em um susto depois te ter tido um pesadelo tão realista que foi capaz de lhe deixar suada em pleno inverno.
Depois de ter se sentado na cama e acalmado sua respiração, a mesma botou a mão na testa enquanto tentava entender o motivo de ter tido um pesadelo tão estranho.
No sonho, era como se estivesse na pele de outra pessoa, se refugiando de uma tempestade, machucada e com as roupas em retalhos.
O homem que lhe acompanhava no sonho estava preocupado com seu estado, e o mesmo também vestia os antigos trajes de um soldado imperial.

Hinata: Estranho...- balançou a cabeça para os lados antes de se levantar e seguir em direção ao calendário que estava pendurado na parede.

Seu corpo doía a cada passo que dava, afinal, no dia anterior, teve que se livrar das pragas que estavam insistindo em destruir a sua amada plantação de tomates.

No calendário, notou que estava atrasada para ir até a capital, já que aquele seria o dia do qual aconteceria a maior feira de especiarias do ano.
Ligeiramente, a perolada seguiu até o seu guarda-roupa e começou a procurar por algo que pudesse lhe cobrir bem, já que iria para um local movimentado.
Como sempre, escolheu um longo vestido, uma capa com gorro e uma venda levemente rendada para que pudesse saber por onde estava andando.
Mesmo tendo que se fingir de cega, ainda prezava por ter a visão das coisas que aconteciam ao seu redor para que não acabasse caindo em armadilhas.

Assim que se vestiu e parou em frente ao espelho, Hinata soltou um longo suspiro, se lamentando por ter que viver sua vida toda atrás das sombras, se escondendo pelo sua aparencia e por suas origens.
Quando era pequena, Gor, sua mãe, lhe mostrou uma pintura que havia ganhado, e no quadro estava a antiga imperatriz de Soul.
No momento em que viu aqueles olhos tão semelhantes aos seus, o cabelo, a pele e cada característica do seu rosto, entendeu o motivo de sempre ter que se esconder, e por ter recebido o mesmo nome que a imperatriz.

Hinata: Eu nunca vou conseguir entender...- era como se de alguma forma tivessem uma ligação, mas não sabia qual era o passado daquela mulher, nem se quer como havia morrido.

Assim que amarrou a venda em seus olhos, pegou sua bolsa a tiracolo e deixou a cabana para que pudesse seguir até a capital.
Odiava ter que andar na floresta com aquele tecido em volta dos seus olhos, mas se quisesse se manter viva, não podia deixar ninguém ver o seu rosto.
Na sua bolsa, estava levando algumas maçãs para que comesse no caminho, já que não teria tempo de preparar um bom café da manhã. Também estava levando uma adaga, e um pequeno chaveiro de ervas como proteção.

...

Momentos antes de chegar até a capital com a carona de um "gentil" carroceiro, Hinata ficou ciente que iria acontecer um grande evento nas ruas, afinal, Sasuke e os soldados imperiais finalmente retornariam depois de 3 meses após a caça às bruxas.

Mesmo sorrindo, e fingindo comemorar por aquela grande vitória, a Hyuuga se sentia completamente amargurada, e sentia como se não pudesse ficar parada enquanto via mulheres como ela serem condenadas pelo imperador e pela igreja.
Assim que desceu da carroça e caminhou por mais alguns instantes até chegar na rua principal, Hinata conseguia ver nas paredes cartazes anunciando o retorno da guarda imperial.
Todos estavam eufóricos, e ela nunca havia visto a capital tão cheia como aquele dia. E isso era perigoso para que conseguisse manter seu disfarce.
Apesar de tudo, não estava mais naquele local para fazer suas compras, havia deixado toda aquelas mercadorias de lado.
Já estava incomodada com tanta comemoração, e tudo o que queria era poder fazer algo para parar.

A Garota dos Olhos AmaldiçoadosOnde histórias criam vida. Descubra agora