32 - A CASA DE PRAIA - 3

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Ás De Espadas

15 anos

eu sempre detestei aquelas festas de adolecentes sempre mesmo, a musica alta e muitas pessoas e por essa razão nunca ia, Ivar sempre foi o contrario ele ia em todas até mesmo sem conhecer ninguem, e eu nunca entendia o porque o que tinha de divertido ? jurei a mim mesmo nunca ir

está em uma casa de praia a noite com duas garotas jogando quiz das palavras mais difíceis do dicionario com tequila é considerado festa ?

- tudo bem - Copas disse já um pouco alterada pela bebida ela sempre perdia, ela olhou para o cartãozinho do jogo que achamos no porão essa tarde, ela franzi o rosto seus olhos só um pouco abertos

tive que pressionar os lábios para conter a risada quando peguei o cartão e o virei para cima, estava de cabeça para baixo, Ouros gargalhou quando Copas fez uma expressão surpresa

todos nós em algum momento aviamos bebido mas Copas não ganhou literalmente nenhuma rodada, o jogo era simples alguem fazia uma pergunta a você se respondesse corretamente pegava um cartão e fazia uma pergunta a outro mais se não acertasse bebia um copo de tequila

Copas piscou mais alguns vezes antes de se virar para mim

- o... o que... signifiqui

- significa - corrigiu Ouros sorrindo, eu me pergunto se a diversão era do jogo ou de Copas

Copas parou ela olhou para os lados e depois para nós

- tenho que beber ? - de nós três Copas foi a que mais riu e ela possivelmente nem mesmo sabia do que

Ouros tirou o cartão das mãos de Copas que demorou um bom tempo para notar

- o que significa ósculo ? - sorri Copas nunca conseguiria ler isso

- beijo - respondi Ouros revirou os olhos, me encostei no sofá em que estava sentado, aviamos vido para a sacada depois de anoitecer, estava um tempo agradável aviamos pegado o jogo e algumas garrafas de bebida junto a um lampião de luz amarelada

começamos a jogar a algumas horas Copas perdeu todas ela não conhecia nenhuma palavra e já estava muito bebada, eu tive o bom senso de ligar pra minha mãe antes de beber, e dizer que estava indo dormir o que é uma pequena mentira comparado as outras

Ouros embaralhou as cartas, sua pele estava corada pela bebida o coque bagunçado e pela primeira vez a vi suar um pouco, seus lábios rosados estavam levemente molhados pela ultima rodada, rubicunda essa foi a palavra que ela errou o irônico é que poderia atribuir a ela avermelhada eu nunca avia visto ela tão... tão diferente tão normal ela ficava bem assim parecia feliz. Ouros nunca esteve tão linda quanto agora, o cabelo bagunçado o vestido amarotado a pele corada isso a deixava natural e ainda sim ela parecia perfeita, e isso era perigoso minha atração por ela era perigosa considerando nossa situação atual eu deferia vê-la como amiga e nada mais

eu disse a mim mesmo que pararia de encara-la que não analisaria mais seu rosto corado e lábios rosados e que pararia de pensar o quão macia sua pele parecia ser, Ouros estava pensando ela passou a lingua sobre os lábios com um suspiro em um movimento rápido, senti meu corpo ficar mais quente a medida em que observava ela mordia o lábio inferior. Eu já via gostado de garotas antes porém nada além da aparência nada que não sumisse rapidamente agora isso era diferente acha-la bonita era uma coisa querer beija-la era outra

- Mori ? - olhei para cima ignorando meus pensamentos, ela franziu a testa - sua vez

me inclinei para pegar um cartão sobre a mesa, olhei para o lado, Copas avia deitado no sofá e estava em um sono pesado, sorri enquanto pegava um cartão da pilha

- acho que somos eu e você - comentei, ela sorriu levei os olhos ao cartão - o que significa pacóvio ? - ergui os olhos para observar sua reação a bebida não alterava muita coisa nela mais fazia sua expressão fria derreter um pouco o que as vezes a fazia ser expressiva

Ouros olhou para o chão seus lábios rosados se separam algumas vezes mas não disse nada, a pele brilhava com a luz amarelada da lanterna de lampião em cima da mesa, desviei os olhos de seus lábios pela terceira vez

- eu não sei - a ouvi dizer, olhei para ela que me encarava de um jeito diferente, seus lábios ainda estavam entreabertos e as pupilas dilatadas

ela se levantou do sofá onde estava e caminhou até mim senti meu corpo ficar mais tenso a cada passo com seus tênis brancos, eu ainda me lembrava de ficar chocado quando ela desceu as escadas usando tênis não botas com salto e não salto alto mais um tênis all star e foi somente naquele momento que percebi Ouros era pelo menos 20 centímetros mais baixa ela devia ter 1,65 eu tinha 1,85, o vestido branco era algo que me deixou desconcertado por muitos momentos e eu não conseguia entender o motivo e estava começando a achar que não gostaria de entender

ela se sentou ao meu lado, perto o suficiente para o seu perfume de lavanda ser sentido por mim perto o suficiente para que eu pudesse ver cada detalhe do seu rosto corado eu nunca avia pensado que Ouros era capaz de corar, nunca avia pensado que veria sua expressão tão vivida e relaxada quanto agora

ela sorriu para mim antes de se virar para a mesa de centro e pegar um dos pequenos copos de tequila, ela voltou os olhos para mim enquanto bebia o liquido transparente de um só vez, seu rosto fez uma leve carreta quando engoliu

- me ajuda a leva-la ? - fui puxado mais uma vez de meus pensamentos pela sua voz

- o que ? - Ouros apontou para Copas que dormia pesadamente do outro lado do sofá, concordei com a cabeça decidido a deixar Copas em sua cama e então afundar na minha

a certas coisas que pensamos em fazer coisas que teriamos vergonha de admitir que uma vez consideramos, mas esse não foi um dos casos e isso deixar tudo pior

continua...

As cartas -Madden Mori - Devil's NightWhere stories live. Discover now