Até nunca mais!

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"Meu primeiro amor tão cedo acabou,

só a dor deixou neste peito meu

Meu primeiro amor

Foi como uma flor que desabrochouE logo morreu"

Milionário e José Rico.

Capítulo 6

É difícil quando vemos a nossa palavra voltar contra nós mesmos, como a força do impacto de um trem em descarrilamento. Fechou os olhos, a cabeça pendendo no encosto do banco, lembrou-se da conversa com seu líder, anos atrás.

 Fechou os olhos, a cabeça pendendo no encosto do banco, lembrou-se da conversa com seu líder, anos atrás

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— Helena é sua Théo! — August afirmou, materializando-se ao seu lado.

— Não, ela não é! Ela é uma criança, que merece viver uma vida plena, sem o peso de saber que é companheira de uma criatura nefasta. — O escárnio na voz dele era latente.

— Não diga isso de si mesmo. Você é um homem Théo, com um coração maior que o da maioria de nós. Se você acha que Helena deve viver sem saber, a escolha é sua. Mas eu vou logo avisando que isso não é algo que nem você, nem ela poderá controlar. — sentenciou.

— Veremos! - respondeu carrancudo.

— "Veremos", onde diabos eu estava com a cabeça ao dizer isso para August, logo a ele! — Recriminava-se mentalmente pela milionésima vez naquela semana, o motivo tinha nome, endereço e media um metro e meio de altura. Sua vida nunca mais foi a mesma depois que ajudou no resgate de dois humanos, há sete anos atrás.

Um vampiro podia viver anos como se fossem dias, mas no seu caso sete anos pareciam séculos, os últimos seis meses para Théo tinham sido os mais longos de sua pós-vida. Ele sempre imaginou que ao encontrar sua escolhida, desfrutaria de dias de plenitude, que gozaria todas as manhãs e noites dentro da sua mulher, ledo engano. — Nunca um vampiro foi tão equivocado. Como uma boa cadela o destino não decepcionou e mandou uma menina para me atormentar.

A chegada de Helena em sua família transformou suas ações, fazendo com que ele recalculasse a rota do seu caminho, resultado: vivia por ela e só para ela, dedicando-se como um irmão mais velho a zelar dos pequenos passos que ela dava. No entanto, esse cenário mudou quando ela completou quinze anos e apareceu na sua festa de aniversário acompanhada de um namorado, que Théo lembrava-se nitidamente dela ter vocalizando que nutria uma paixão secreta. A partir dali, o companheiro até então adormecido despertou. — Minha! — Todas as células do seu corpo gritavam para que a reivindicasse ali mesmo. Naquela noite ao perceber que dava um passo em direção aos dois, com instintos dominadores e por que não assassinos extravasando por cada poro de sua pele, travou. Esteve a ponto de arrancar os braços que enlaçam a cintura dela. Não podia fazer aquilo, não causaria tamanha dor a ela. Se negava a condená-la a um mundo escuro como o seu.

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