Cores e Confusões

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Luffy Pov:

Corri de volta para casa após a faculdade, animado para começar o trabalho de arte que Corazon havia proposto. Aquele trabalho de natureza morta não seria um desafio para mim, afinal, eu sou bom em tirar algo morto e torná-lo incrivelmente vivo. Mal sabia eu que as coisas não seriam tão fáceis quanto imaginava.

Cheguei em casa, encontrando-a vazia e silenciosa. Perfeito. Com os irmãos fora e a casa só para mim, poderia mergulhar no meu mundo criativo sem distrações. Peguei papel, lápis e fui até a cozinha, onde decidi montar minha própria natureza morta. Uma maçã, uma banana e... uma salsicha. Sim, eu estava improvisando.

Espalhei o papel na mesa, posicionando as "frutas" cuidadosamente. Olhei para a composição por um momento, ponderando sobre as cores e linhas que dariam vida ao meu trabalho. Decidi começar com o lápis, desenhando contornos e experimentando com sombras. A cada traço, meu entusiasmo crescia, imaginando a reação dos meus colegas ao verem minha interpretação única de uma natureza morta.

Em meio ao meu momento artístico, o celular piscou, uma mensagem do Corazon.

Corazon- Como está o trabalho, Luffy? Precisa de alguma ajuda?

- Não se preocupe, Cora-san! Estou indo muito bem aqui. Essa natureza morta vai ser a coisa mais incrível que você já viu!

Corazon- Estou ansioso para ver. Tenha cuidado para não deixar a criatividade te levar longe demais.

- Relaxa, vai ficar incrível. Eu tenho uma salsicha no meio das frutas, vai ser um sucesso!

Corazon- Salsicha? Bem, só espero que seja "artístico".

Voltei para o meu trabalho, determinado a transformar aquele caos improvisado em algo verdadeiramente extraordinário. Misturei cores, dei forma às frutas - ou algo próximo disso - e deixei minha imaginação fluir livremente.

Ao concluir meu trabalho, dei um passo para trás, admirando minha obra-prima peculiar. Era uma natureza morta como nenhuma outra, com um toque de humor que só eu poderia trazer. Mal podia esperar para compartilhá-la na faculdade e ver as reações surpresas de todos.

No dia seguinte, levei minha obra de arte para a faculdade, ansioso para a exposição improvisada no mural da sala. Certamente, essa natureza morta seria lembrada por muito tempo, mesmo que não fosse da maneira tradicional que todos esperavam.

Law Pov:

Na manhã seguinte, lá estava eu, no meu consultório médico, pronto para mergulhar em mais um dia de atendimentos. A lembrança do meu último encontro com o energético e irritante Luffy na faculdade ainda rondava minha mente. A ideia de substituir a enfermeira naquela instituição de ensino ainda parecia absurda, mas eu não tinha muita escolha.

Enquanto realizava os atendimentos, recebi uma ligação do meu pai, Corazon.

Corazon- Como está sendo a experiência na faculdade, Law?

- Uma perda de tempo, como eu esperava. Mas vai passar.

Corazon- Pode até ser, mas lembre-se, essa é uma ótima oportunidade para interagir com os alunos. Quem sabe você não encontra um amigo por lá?

- Amigo na faculdade? Duvido muito.

Corazon- Bem, mantenha a mente aberta. Eu tenho que ir, qualquer coisa me avise.

Desliguei o telefone e suspirei. Enquanto o dia seguia sua rotina, uma parte de mim ainda pensava no tal trabalho de arte que meu pai mencionou. "Natureza morta", ele disse. A imagem de uma natureza morta se formou em minha mente, e eu não conseguia evitar de associá-la às peculiaridades do Luffy.

Ao final da tarde, decidi dar uma olhada na faculdade antes de voltar para casa. Ao chegar, vi alunos saindo das salas e notei uma movimentação estranha perto do mural da sala. Curioso, me aproximei.

Ao ver o trabalho de Luffy, não pude evitar uma expressão de surpresa. A natureza morta dele, com uma salsicha no meio das frutas, era diferente de qualquer coisa que eu poderia imaginar. Era uma mistura de caos e criatividade que capturou minha atenção.

Luffy, ao perceber minha presença, acenou animadamente.

Luffy- E aí, Tral! O que achou da minha obra de arte?

- Inusitada, para dizer o mínimo. A salsicha realmente acrescentou um toque especial.

Luffy- Valeu! Eu sabia que você ia gostar!

Aquele momento, estranhamente, trouxe um sorriso ao meu rosto. Talvez, no meio daquela confusão, eu estivesse começando a enxergar algo além da irritação no Luffy.

À medida que os dias na faculdade prosseguiam, a presença constante de Luffy começou a se tornar uma espécie de hábito, algo que eu não esperava. E, mesmo que de formas incomuns, nossas vidas começaram a se entrelaçar de maneiras que eu não podia ignorar.

Continua...

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Um Pequeno Artista 🎨 •Lawlu•Where stories live. Discover now