Prólogo

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– Senhor?!

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– Senhor?!

O porteiro chamou, se aproximando do carro de Agustín, parado em frente à entrada da garagem do prédio.

– Pois não.

O jogador respondeu, sem muita paciência.

Não tinha nada contra o porteiro em si. Eles geralmente eram gentis com ele, e pareciam empolgados a cada vez que precisavam lhe entregar uma encomenda deixada na portaria, pelo simples fato de estarem falando com um jogador profissional.

Os vizinhos é que eram um problema. Chatos e reclamões. Acabava ficando sempre com os pobres porteiros a responsabilidade de comunicar o atleta de alguma reclamação vinda deles quanto a uma música alta ou qualquer outro tipo de barulho fora do horário adequado.

– É... Tem uma senhora aqui aguardando pelo senhor. Ela disse que é importante.

– Uma senhora? – Agustín perguntou, confuso. – Ela disse o nome dela?

– Ivone.

O porteiro repassou o recado.

– Eu não conheço nenhuma Ivone, amigo. Deve ser engano.

Rossi disse, movimentando-se para arrancar o carro em direção ao interior da garagem.

– Ei, tem certeza? – O senhor ainda tentou confirmar – Ela está aqui há bastante tempo esperando por você e tem uma criança... Me desculpe, eu não tenho nada a ver com isso, mas parece sério. Elas chegaram aqui há horas.

O porteiro reforçou, olhando na direção da senhora e da criança, paradas alguns metros distantes, em frente à entrada de pedestres do prédio. Agustín fez o mesmo, olhando pela janela.

– Eu... Não conheço. Mas diga a ela para vir até aqui, por favor. Vou ver do que se trata.

O goleiro sugeriu, confuso, mas curioso também para entender toda a situação. Se certificando antes, de apertar um botão no controle remoto e fechar o portão à frente de seu carro, impedindo que alguém invadisse o prédio, se fosse o caso.

Assim que ouviu o que o atleta disse, o porteiro fez um sinal para a senhora, que caminhou na direção deles, levando a menina pela mão.

– Estarei aqui, se precisar de algo é só buzinar.

O porteiro disse, gentil, e Rossi assentiu, agradecendo-o.

– Augustín?

A idosa disse, se aproximando da janela do motorista.

Tanto ela quanto a menina tinham vestes simples e uma face cansada, como se tivessem andado por muito tempo até chegarem ali.

– Pois não?!

– Eu preciso falar com você com urgência, é sobre a minha neta. Não é nada em definitivo, só por algum tempo. Eu preciso que você...

Ela disse, tentando buscar as palavras certas, mas parecendo muito nervosa.

IndefensávelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora