𝘾apítulo 𝙌uatro

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Visão do Minas

Aviso! Apenas gays se comunicando 😨😨
























Após meus municípios chegarem, colocamos todo o papo em dia, desde toda a situação sobre a mineirinha até o que eu faria de almoço amanhã. No final não sei como as coisas evoluíram, mas as garotas fizeram uma espécie de desfile, juntamos todos ao redor da mesa bebendo e papeando, com direito a mineirinha quase dormindo em meus braços.


     Até que a criança some pra dentro de casa.

      


          — Minas, acho que tão ligando pra ti — a Betinense já bêbada fala ouvindo um fino toque de celular no quarto.

Eu suspiro, respiro bem fundo e:

— MARIA HELENA ME DÁ O CELULAR.

     Quase como se eu ouvisse o arrepio da menina, ela vem correndo quase dando de cara no chão.

  Ainda sem atender agradeço a menina que já avista as meninas na mesa.

        Que legal é o chaminé.

— Iai Sampa, quanto tempo né? — falo sem grandes preocupações e até em um tom de fino deboche —aconteceu alguma coisa? Cê tá calado.

Todos olham pra mim e eu já logo dou um sinal pra abaixarem a música.

— Você vai explicar isso — dessa vez vem mais vozes, quatro no total.

  Olhem só se não é o quarteto elegante, o Pato, a galinha, o viado e o elefante.



     — Uai tem mais gente? Tô com visita, ou cês vem também ou cês espera— Falo com um sorrisinho pra garota que esperava o celular.








       — Estamos indo — Dessa vez o Matin que fala, cheguei até a arrepiar.

Coisa que não passou despercebido pelos filhos da puta que eu chamo de companheiros de mesa, logo as vaias começaram.

        —Uai Matin, tá com saudade neguin? Podem vir — dou um sorrisinho cafajeste enquanto falo e logo ouço a ligação cair.


















     Quando chegam, são recebidos pela Contagem, já que eu mesmo estava com a mineirinha em meu pescoço, Belinho correndo atrás de mim e um cachorro aleatório que ouro preto abraçou e falou que era seu.

    
      —Sai cachorro vei— falo já sem fôlego de tanto correr em círculos.

      — Cachorro que cê adora né — belinho dá um sorrisinho cafajeste alcançadominha cintura.

    

        Só me desperto que os quatro chegaram quando Matin dá uma arranhada na garganta.

   Os quatro parados na porta agora caminham para o grande sofá da sala.

 
   — Pai — Mineirinha puxa minha calça— O que esse tanto de homem peitudo tá aqui?.

     Sem responder, Rio começa

 
   —Oi menininha, quantos anos você tem? — O de dreds pergunta.

      A menina me encara, encara os homens ao lado do rio, me encara novamente e vai pros braços do tio ouro preto.

— Fala logo o que vocês querem — finalmente na frente das 4 figuras eu pergunto sério  — até onde eu saiba a minha papelada já foi resolvida com você chefinho.

     Um sorrisinho de canto aparece na feição do sul-mato-grossense, uma troca de olhares quase como se falássemos "limpa o veneno" um para o outro. Acho que ele foi um dos únicos que eu continuei o contado enquanto estive fora, ele não sabia da situação em si, mas sabia ao menos a existência da mineirinha.

    — Olha Minas a gente ficou preocupado com o seu sumiço — Sampa começa— sei que foi errado não procurar antes, mas as antas deixaram uma vaca entrar no escritório e foi mais um trabalho atolado bem no nosso cu.

  — Porra boneca a vaca fugiu.

— CALA A BOCA ELA COMEU MEU MAÇO INTEIRO SEU PORRA!

          Devo perguntar? Não

   — Enfim Minas — Matin se levanta ficando na minha frente, peito com peito e o mesmo sorrisinho provocador de antes — a gente queria saber, que o que ocê arrumou ein mineiro? Cê não tem cara de quem some e aparece com uma criança.

   — Uai matin cê não tinha cara de quem fazia o que fez aquele dia também — sussurro em seu ouvido devolvendo a provocação— e o que? Tá com inveja? Eu te dou uma também.

   Nesse momento até a briga dos Pauneiro para.

   Te juro que se acendesse um fósforo perto da gente o cômodo, se não a casa toda, explode de tanta tensão.

     Diferente do Rio e do Sampa, eu e o matinho não pesamos o clima com as brigas que o tesão incubado trazia, a gente sempre trouxe a luxúria em todos os aspectos, seja no ar, no olhar ou até nas poucas palavras que trocamos e, agora com 3 meses sem aliviar a mesma, até nossa aproximação mais inocente pesava. Graças a isso me afasto e dou apenas um toque casual em sua mão, como brothers fariam, adoro o clima que trazemos, mas agora tenho uma filha e não quero traumatizar ela e metade da sala.

   Depois da queda de braços, nos tornamos bons amigos e de uma hora pra outra estávamos na cama, não chega a ser um relacionamento nomeado, ainda falta chão e muita conversa pra chegarmos nesse nível.



   — Bom galera, essa é Maria Helena minha filha não de sangue pois eu sou estéril, mas filha de sangue da minha ex e, enfim, longa história — me desvinculado do toque com o Matin apresento a todos minha filha — história essa que eu não vou explicar, perguntas?

       Um silêncio total

    — Ótimo! Minha filha, comprimenta os amigos do papai?

        A criança me olha bem no fundo dos olhos como se perguntasse "é sério?" e sem muita escapatória comprimenta os 4, que soltam pequenas reverências.

   — Bom Minas, a gente só queria saber se cê tá bem e bom ... saber se vossa senhoria iria na empresa pra dar ao menos um sinal de vida pro resto do povo — meu mano Luciano fala gesticulando e apontando, igual a quando ele apresenta as reuniões.

  — Bora uai, mas alguém vai ter que ficar com a mineirinha — mal falo e já ouço uma chuva de "deixa que a gente fica" dos tios e tias bobões que a mineirinha conquistou, entre eles o carioca e o Paulista, apenas olho pra criança que estava entretida em mexer nos dreds do loiro e concordo.

        Lá vamos nós





















Quem tá vivo sempre aparece né

Aceitei que eu não escrevo capítulos grandes pra cá

𝐌𝐢𝐧𝐞𝐢𝐫𝐢𝐧𝐡𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora