Êxtase

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Capitulo quatro: êxtase

Uma semana. Havia uma semana desde a última vez que vi o grande oficial Jeon Jeongguk. Eu não fazia ideia de onde aquele imbecil havia ido parar, tampouco me preocupei ao ponto de questionar Henry sobre. Que se foda Jeon. Aquele caso, o maldito caso 202, era o que me tiraria daquele lugar, e nada nessa vida iria atrapalhar meus planos.

A numeração dos casos eram crescentes, eram classificados de acordo com sua "chegada" ou, a partir do momento que passa a ser de cunho de investigação. Nas operações especiais era tudo tão... diferente, tão complexo e então eu chego em uma cidade qualquer no interior e me deparo com casos que são chamados por números tabelados.

Era ridículo.

— Bom dia, oficial — uma funcionária da mesma escola ao qual invadi há alguns dias, me cumprimenta com uma feição de desagrado. Forasteiros não eram bem-vindos, afinal — Em que posso ajudar? — era evidente que ela mantinha a educação a muito custo.

— Quero o registros dos ex alunos — deixo a cordialidade de lado.

— Não será possível — cruzou os braços, me fazendo franzir a testa.

— E por que não?

— Porque o oficial Jeon acabou de sair daqui com esse mesmo documento — trinquei o maxilar, irritada. Não apenas por aquele imbecil ter feito algo sem me consultar, atrapalhando meu trabalho e me fazendo perder tempo, mas também pelo inocente fato dos olhos da garota terem se tornado brandos ao falar do outro forasteiro.

Por que toda indiferença era direcionada apenas a mim quando Jeon Jeongguk era tão repugnante quanto eu?

Sai às pressas, deixando a escola, na pretensão e esperança de encontrar com o moreno ainda no estacionamento, mas, para minha surpresa, encontro o idiota encostado sobre minha viatura, com o documento ao qual eu queria debaixo do braço e dois copos de café:

— Bom dia, Kyle.

— Seu imbecil, idiota, prepotente! O que caralhos pensa que está fazendo? — o puxo pela gravata vermelha.

Hoje, diferente da última noite em que nos vimos, ele estava sem os piercings e trajado formalmente. Mesmo a formalidade em roupas, que não parecem condizer a seu real estilo, ainda continuava muito atraente.

— Eles nunca entregariam o documento a você, Forasteira — um sorriso de indignação cortou o canto de minha boca.

— E entregariam a você, detetive especial Jeon? É tão desprezado nessa cidade quanto eu, Jeongguk. Aqui não há glória para nós.

— Não quero gloria, Kyle. — puxei ainda mais o tecido, respondendo entredentes:

— Mas também não quer ser esquecido em uma cidade de merda onde tudo que você fez por uma sociedade é esquecido por conta de um erro. Você não quer estar aqui, Jeongguk. Não finja o contrário — o soltei, puxando a pasta escura onde tinha tudo sobre todos que um dia passaram por aquele colégio.

Abro a pasta sobre o capô da viatura, procurando por nossa primeira vítima: Kendall Swmit.

— Terminou os estudos em 2021. Tinha apenas dezenove anos quando foi morta e... — digo, notando algo de interessante em sua ficha escolar — Nossa segunda vítima foi Jessica Monthef — era como se minha mente estivesse se abrindo para o caso. Procuro por seu nome na mesma turma ao qual encontrei Kendall.

DANGER, 202 (Jeon Jeongguk) Where stories live. Discover now