Cura melódica

Bebericando a melodia do piano

É muito bom ter encontrado uma capista tão BOA lá no Spirit, ela quem fez a capa perfeita. @ryomeny lá no Spirit fanfic !!!!

@Fuyuka_Hideki beta.

E obrigado a todos os envolvidos que me ajudaram com a história.

Aproveite a leitura e na notas finais há algumas coisas necessárias para ler !!!

***

Não sabia qual a data de quando isso começou, mas, depois do expediente, passou a andar sem fronteira pelas ruas da cidade, esperando encontrar algo que pudesse deixar sua vida menos monótona e mais radiante.

Assim, Pac acabou esbarrando em um bar com aparência rústica, tudo lá dentro era feito de madeira escura e havia o cheiro característico do ambiente: álcool puro. O som agradável do jazz fez o canto da sua boca subir em um sorriso, logo, em pura curiosidade, sentou-se no banco e esperou ser atendido.

Impaciente, batendo os dedos contra o enorme balcão, observou os arredores, tudo era brilhante e um pouco escuro, ainda sim, era exuberante à sua maneira. No centro estava um palco e uma placa que dizia que o microfone era livre para quem quiser cantar, o que deixou Pac de olhos arregalados e o coração apertado em ansiedade.

— Olá, desculpe a demora, hoje tem muitos pedidos — explicou com um sorriso envergonhado, enquanto limpava um copo de vidro o mais veloz que conseguia.

A presença do homem misterioso o ajudou a mudar seus pensamentos e tornar seu pânico em espanto, afinal, aquele à sua frente, embolado em um terno preto que deixava seu peitoral farto visível, era extremamente atraente. O sorriso gigante que via não deixou seus olhos ali, apesar dos lábios serem graciosos à sua maneira, a falta de cabelo deixou suas sobrancelhas franzidas, era incomum encontrar um careca, ainda mais um tão bonito.

Mesmo com todos os belos traços, sem dúvida a coisa que mais chamava atenção era a sua voz, profunda e rouca, como um dublador de filme, extremamente charmoso.

O barman deixou o copo limpo à sua frente e perguntou o que gostaria de tomar naquela noite, mas Pac estava ocupado demais pensando sobre como o homem era seu tipo, era como se tudo o que precisava para deixar sua vida mais alegre estivesse bem à sua frente.

— Senhor? — tentou novamente, quando não obteve respostas.

Saindo do transe, Pac se tornou vermelho igual a um tomate e tossiu de modo exagerado, antes de alinhar sua coluna e tentar manter-se sério, o que era impossível, já que estava usando o seu rotineiro moletom azul do Pac-Man, algo não muito atrativo, infelizmente.

— Oh, desculpa, eu… — resmungou diante dos seus pensamentos excessivos, enquanto mordia os lábios em nervosismo. — Quais são os populares da noite? — Esforçou-se, com um sorriso aflito no rosto. Pac não bebia, não sabia nada sobre álcool, mas sentia que o barman atraente valia a pena o sacrifício.

— Sex on the Beach, Margarita e Bloody Mary — disse como se recitasse um poema, porque, caramba, a voz deixou seus ombros antes tensos, relaxados quase que imediatamente. — Se quiser, posso te explicar sobre os drinks detalhadamente para não ficar confuso para você.

O barman foi gentil, e Pac, obviamente, ficou confuso. As bebidas foram ditas como se Pac soubesse o que vinha em cada um deles, mas não sabia, claro que não sabia, detestava bebida alcoólica.