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Maya andava encarando lentamente as vitrines do shopping, seus olhos encaravam as roupas e quando olhava a quantidade dos zeros em suas etiquetas ela sentia que comprar aquilo seria quase que um crime.

Por mais que ela já tivesse pedido, basicamente implorado para os seguranças ficarem mais distantes, eles mantinham no máximo 5 passos de distância dela, de acordo com eles eram ordens diretas do Bill, e por nenhuma circunstância eles poderiam descumprir.

A atenção dela estava tão presa nos preços exorbitantes e na distância que os seguranças estavam que ela nem prestava atenção enquanto andava e isso fez ela ir de encontro com alguém, alguém alto, com um peitoral largo e nitidamente rígido e antes que ela pudesse cair as mãos que compunham o corpo junto do peitoral seguram as suas costas.

— Me descu... Klaus? — Ela o encara confusa enquanto se mantinha no mesmo lugar.

— Oras, só porque sou eu não mereço o seu pedido de desculpas? — O seu lábio se curva para um pequeno sorriso de lado.

— Quê? — Ela se ajeita. — Ah... me desculpa, eu estava... — Ela sente a presença dos seguranças em suas costas e suspira. — Distraída.

— E eu achei que você estava usando cenas de filmes clichês para fazer eu me apaixonar por você. — Ele sorri e coloca as mãos no bolso da calça. — Que bom, assim não vou precisar te dar um fora, seria doloroso para nós dois.

Maya revira os olhos enquanto sorria e vê a presença de outro homem se aproximar enquanto lia algum folheto, um homem um pouco mais baixo que o Klaus, com o cabelo bem cortado usando um sobretudo preto, que fez ela prender a sua atenção, o perfume amadeirado que caminhava lado a lado dele e invadia as suas narinas a fez o encarar sem parar.

— Niklaus. — O homem diz se aproximando. — Era esse que você... Oh Senhorita... — Ele encara os seguranças e depois a encara. — Meer, é um prazer lhe conhecer.

— O prazer é meu, mas você é...?

— Desculpa a minha falta de educação. — Ele diz ajeitando a roupa. — Sou Elijah, o irmão do Niklaus que obviamente não sabe usar a educação que a nossa mãe deu a ele.

— Vocês dois tem boca, vocês dois que se apresentem. — Klaus da de ombros. — É, mas por que você está com seguranças? E por que faz tanto tempo que não te vejo no seu bar?

Ela caminha entre os irmãos Mikaelson, enquanto buscava palavras e encarava os seguranças por cima do ombro de canto de olho.

— No dia do leilão... a minha casa foi invadida.

— Invadida?  — Klaus pergunta, mas sem parecer tão surpreso.

— Sim, eu cheguei e a porta estava estourada e tudo estava revirado, quando Bill foi olhar o banheiro um homem saiu do closet e apontou a arma na minha cabeça. Ele não falou nada que queria, nem o que estava procurando.

— Ele não levou nada? — Elijah pergunta a olhando.

Maya encara o chão e depois encara Elijah. — Na verdade, eu não sei, depois daquilo Bill insistiu que eu fosse para a casa dele pela minha segurança.

— Deixa eu adivinhar... — Klaus fala com sarcasmo. — Ele estava com você quando tudo isso aconteceu.

— Sim, por quê?

— Não achou coincidência? — Elijah pergunta.

— Por que coincidência?

— No dia que o Bill te leva para a casa, a sua casa é invadida e ele te defende. — Elijah fala caminhando.

— E depois ele te leva para a casa dele e proíbe o seu contato com o resto do mundo. — Klaus completa.

— Ele ficou preocupado.

— Isso me cheira a sequestro, dos bem sutis, mas sequestro. — Klaus para de frente para a Maya. — Vamos fazer o seguinte. — Ele diz tirando um cartão e uma caneta do seu bolso no qual ele começa a esconder. — Posso estar errado, e quero muito estar errado, mas esse é o meu endereço, guarde escondido no seu quarto e se por acaso você precisar algum dia, já sabe onde pode me encontrar. — Ele entrega o cartão branco com o endereço escrito em letras cursivas.

— Não sei se vou precisar, Klaus. Ele está me protegendo. — Ela diz olhando o cartão.

— Todos nós estamos torcendo para que isso seja verdade, Lauren.

Klaus sorri ao ver ela guardar o cartão dentro de sua bolsa, Elijah acena com a cabeça e continua caminhando lentamente até que Klaus volta a andar até encontrar o irmão que estava a alguns metros a frente.

***

Já tinha se passado quase duas semanas desde que Bill tivesse ido viajar, entre uma ligação e outra ela sabia por poucas informações se ele estava bem, precisando de alguma coisa, mas nenhuma informação de quando voltaria para a casa.

Quando deu o décimo dia que Bill tinha ido viajar, Tom precisou arrumar as suas malas e ir também, ou seja, eram quatro dias em completo tédio dentro da mansão. Os quartos dos gêmeos se mantinham trancados, o dia de Maya era resumido entre acordar, tomar café, passear pelo jardim de rosas, ler algum livro da coleção particular da mansão, almoçar e andar pelo shopping pensando três vezes se gastava o dinheiro do cartão do Bill ou não.

Era uma manhã de quinta-feira, já amanhecia com alta temperatura, a janela entreaberta fazia o ar quente entrar com a brisa e mesmo o relógio mal batendo sete horas da manhã, as primeiras gotas de suor já escorriam pela nuca de Maya a fazendo a despertar com o desconforto. Os seus olhos se abriam lentamente, quase que de forma involuntária, ela se espreguiça e quando olha para a ponta da cama se assusta ao ver Bill sentado a encarando dormir.

— Mas que merda. — Ela diz levando a mão ao peito. — Quando... Quando você voltou?

— Hoje de manhã. — Ele diz se encostando. — Pensei que a sua recepção seria "Nossa, Bill senti saudades." — Ele fala debochado.

— Eu senti saudades, só não esperava que você voltaria tão cedo. — Ela massageia as têmporas. — Digo em relação a horário.

— Quando a negociação acabou eu peguei o primeiro voo de volta, queria te ver. — Ele acaricia o pé da garota.

Maya sorri ao sentir o toque quente da mão do Bill em seu pé, ela se aproxima dele e o abraça apertado o pegando totalmente desprevenido, com certa relutância os braços dele vão se fechando em volta do corpo dela, enquanto ela ainda se pendura em seu pescoço.

— Arrume uma mala. — Ele diz quando ela se senta na cama ao seu lado. — Vamos viajar.

— Vamos para onde?

— Surpresa, querida. — Ele sorri de leve segurando o queixo da garota enquanto a encara.

— Roupa de calor ou de frio?

Ele se levanta indo até a porta e para ao escutar a pergunta da garota. — Tanto faz, você vai passar a maioria do tempo sem nada. — Ele sorri e sai do quarto, a deixando sentada na cama boquiaberta.

— ••• —

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N/A - Pessoal, sei que estou atrasada com as postagens, mas é que a autora voltou a trabalhar (aleluia, né) e conseguiu o tratamento pelo sus que eu estava precisando. Estou realmente tentando me adaptar aos horarios e trazer mais atualizações na semana. Não desistam de mim. :(

ACORRENTADOS  [+18]Where stories live. Discover now