• O TEMPO •

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Saudade sinto do mês de agosto
de setembro
de outubro
e também de novembro.
Só não sinto de tu dezembro, pois embora seja verão, fizeste frio o meu tolo coração.
O que outrora havia nascido no inverno,
abraçou a brava morte, transformando-se em apenas breves versos.
Saudade sinto de ti
do que vi
do que vivi,
porém não consigo discernir se o que sinto já passou, ou está porvir.
E porventura me enlaço no silêncio aceitando a ausência do querer, abraçando o triste saber de não mais encontrar o que só deseja se esconder.
E no encalço do amanhã vou prosseguindo, pois ainda que tudo tenha terminado, esta dor miserável não acabou comigo.

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