Jantar part/2

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Confesso que fiquei paralisado, não de vergonha ou de medo, mas sim de espanto! Não imaginei que Amanda fosse tomar tal atitude

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Confesso que fiquei paralisado, não de vergonha ou de medo, mas sim de espanto! Não imaginei que Amanda fosse tomar tal atitude. Todos estão nos olhando, talvez até esperando alguma reação minha, os Meirelles não estão surpresos, pelo contrário! Senhor Emanuel sorriu e abaixou a cabeça ao ouvir as palavras de sua filha. Minha mãe também não teve uma reação diferente disso, mas ela ficou tão chocada quanto eu. Nesse momento fiz a única coisa que passou pela minha cabeça, levantei do meu lugar e fui até ela.

Por alguns minutos eu pensei que estivesse louca, pensei que Antônio não fosse reagir às minhas palavras de amor. Fiquei com medo de parecer uma idiota ou de ter mal interpretado todos esses dias, mas ele me surpreendeu também. Pareceu uma eternidade vê-lo vindo até mim, Thiago se levantou e me olhou de uma forma estranha e depois olhou para o Antônio. Pensei que ele fosse dizer ou fazer algo, mas ele apenas saiu dali. As pessoas à nossa volta acompanharam todos os nossos movimentos, até que ele chegou perto de mim e me beijou. Vários fogos de artifício explodiram dentro de mim, meu coração pareceu querer sair pra fora. Assim que abri os olhos pude olhar Antônio de pertinho, ver que realmente ele está ali.

-Então um brinde a esse amor que tudo suportou?! - Meu pai se levantou da cadeira junto com a taça.

-Um brinde! - Dona Wilma também se levantou para brindar e então Thiago e Juliana vieram com garrafas de champanhe para encher.

-VIVA! - Eu gritei e abracei meu homem.

Juliana parece ter visto um fantasma após ver toda aquela cena, não sei exatamente o que ela tem contra mim ou se é só seu amor platônico por Antônio que a faz ter esse tipo de atitude. Sei que precisamos conversar, esclarecer algumas coisas se ela quiser continuar trabalhando por aqui.

-Um brinde a essa mulher maravilhosa! Eu te amo também, Amanda! - Abracei ela por trás e nos viramos pra todo mundo. -Podemos sair daqui? - Falei baixinho no seu ouvido.

-Claro! Por favor! - Olhei pro meu pai e ele assentiu com a cabeça. Minha mãe sorriu, mas ela pareceu extasiada com tudo.

-Vou te levar a um lugar especial. - Falei enquanto saímos pela porta.

Antônio passou na frente e eu olhei para o lado da varanda e vi um par de havaianas, fui até lá e peguei. Descendo as escadas eu tirei as sandálias e larguei os saltos ali mesmo, coloquei o chinelo. Ele me olhou com os olhos brilhantes e eu me joguei em seus braços.

-Eu te amo, Antônio Carlos Figueiredo! - Fiz um carinho em seu rosto.

-Eu te amo, Amanda Alice Meirelles! - Beijei seus lábios.

-Fala de novo. - Pedi.

-Eu te amo, Amanda Alice Meirelles! Repito quantas vezes você quiser. - Ela sorriu e meu coração derreteu.

Entramos na caminhonete e antes de dar partida olhei para ela mais uma vez. Parecemos dois jovens amantes fugitivos prontos para explorar o mundo, na verdade ela está aqui do meu lado e todo mundo sabe! Pensei em levá-la no pequeno café estufa que vi na estrada, com certeza ela vai amar. Amanda colocou seu rosto para fora do vidro e sentiu a brisa gelada da noite, adoro seu espírito livre.

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