𝐈𝐧𝐟𝐢𝐧𝐢𝐭𝐲, 𝑮𝒐𝒋𝒐 𝑺𝒂𝒕𝒐𝒓𝒖

⇀ 𝑷𝒓𝒐́𝒍𝒐𝒈𝒐 ₊˚.

— 𝑰𝑵𝑭𝑰𝑵𝑰𝑻𝒀 —
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𝒀𝒐𝒖 𝒃𝒆𝒍𝒐𝒏𝒈 𝒕𝒐 𝒎𝒆

❝ 𝐷𝑒𝑠𝑑𝑒 𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑐̧𝑜 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑣𝑎𝑚 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑙𝑎𝑐̧𝑎𝑑𝑜𝑠, 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜, 𝑡𝑎𝑚𝑏𝑒́𝑚 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑣𝑎𝑚 𝑓𝑎𝑑𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑎 𝑟𝑢𝑖́𝑛𝑎 ❞

A casa está silenciosa enquanto o sangue dos seguranças mancham toda a escadaria principal após serem vítimas de Toji Fushiguru.

O assassino de aluguel caminha com a arma em mãos enquanto se aproxima de sua nova vítima, Amanai Riko.

E então, quando atira na garota, Suguru Geto, um de seus amigos, fica petrificado enquanto assiste a morte em sua mais pura forma se esbaldar diante de seus olhos.

- Vocês foram abençoados com riqueza e poder, mas ainda assim não podem fugir de um ignorante repulsivo como eu - girando a pistola nas mãos habilidosas, Toji fita o garoto congelado em choque - No final, ser especial não é mesmo uma dádiva incontestável, não é?

Não era o seu trabalho se livrar de Suguru, mais um dos herdeiros da elite do Japão, mas um segredo só pode ser guardado a dois se um estiver morto.

A ponta da pistola vai em sua direção e então o disparo ecoa.

E então, outro e outro, até que o corpo pesado caia à beira da morte contra o chão frio.

Geto arregala os olhos castanhos na direção do verdadeiro dono dos disparos.

Gojo Satoru, seu melhor amigo que acabara de atingir o assassino pelas costas.

O cabelo branco está bagunçado e a face em um deleite puro de insanidade e perdição enquanto se aproxima do homem afogado no próprio sangue.

Toji o fita com certa surpresa, chocado pelo herdeiro do Clã Gojo ter sobrevivido a seu ataque mais cedo.

Mas havia um certo sorriso divertido na rosto repleto de sangue.

- Últimas palavras? - Satoru aponta a arma contra sua cabeça e o mais velho abaixa o olhar, castigado de certa melancolia.

Sua vida havia sido vivida apenas para ele, que prometeu a si mesmo que viveria sem arrependimentos, apenas a favor do sopro do próprio egoísmo.

E agora, parecia não poder mais fugir da cobrança de seus pecados.

- Não tenho mais nada a dizer... - um suspiro cansado o escapa.

Mas de repente, a memória do pequeno garotinho de lindos olhos azulados e cabelo escuro lhe vem à cabeça.

Toji solta uma risada abafada, surpreso com o fato de se lembrar justo dele naquela circustância.

- Em dois ou três anos, meu garoto será vendido para a mesma facção de assassinos que eu - os olhos turvos fitam Satoru - Faça como quiser.

Não havia pudor em sua fala ou algum tipo de desejo de salvação e redenção.

Era só sua oferta final a alguém que abandonou.

E então, enquanto Satoru aponta a arma para o disparo final, Toji se lembra daquela que não abandonou.

Ao menos não completamente.

Ele apenas a havia sentenciado ao mesmo inferno que o dele, a fadando a uma realidade perversa e cruel.

Mas que era a única que os dois conheciam como pai e filha.

Filha. Ele nunca a chamou assim de verdade, não é?

Agora todas as oportunidades foram perdidas.

- Também tem a garota - Satoru trava o dedo sobre o gatilho - Ela sabe se virar, mas... - o assino tosse e é sufocado por seu próprio sangue enquanto o corpo pende para o lado, já quase morto - Acho que terá problemas por minha causa...

Toji morre sem que Satoru tenha que atirar mais uma vez.

Mas não sabe que acabou de sentenciar a filha a um destino ainda mais complexo ao revelá-la a Satoru.

Este que poderá ser sua salvação ou condenação definitiva.