Capítulo 23

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— Não quero sair daqui.

Micael soltou enquanto recebia uma massagem especial em seus cabelos. Estávamos na banheira, depois de nos cansarmos muito na cama.

— Nem eu. — Dei um beijo rápido.

— Estava lembrando aqui. — Fechou os olhos, relaxando. — Eu não gostei de ver você conversando com aquele garoto novo.

— Ciúmes? — Ri pelo nariz.

— Não. Só estou te... Alertando! E eu não quero você conversando no corredor com ele, de novo.

— Falando sério agora. — Eu sabia que Micael estava falando sério, mas eu gostaria de irritá-lo. — Eu achei ele super simpático! A educação dele parece de outro mundo.

Micael virou a cabeça para me encarar, tinha feito uma careta nada agradável.

— O que há, Sophia?

— Você não precisa ficar com ciúmes. — Segurei o riso. — É que a educação dele me impressionou! Não é todo dia que vemos um garoto tão... Não sei. — Fiquei pensativa. — O oposto do irmão dele.

— O irmão dele te tratou mal?

— Super mal! — Revirei meus olhos. — Ele me xingou e eu fiquei morrendo de raiva. Deu vontade de chutar as bolas dele.

Foi a vez de Micael rir pelo nariz.

— Está vendo? Mais um motivo para você ficar longe dos dois.

Micael me roubou um beijo, antes de dar impulso e sair da banheira, que agora, havia ficado morna. Enrolou a toalha em sua cintura, bagunçou os cabelos úmidos e saiu da suíte.

Fiz o mesmo que ele, porém, dispensei a toalha.

— Vem cá. — O segui. Micael já estava de volta ao quarto. — Vai ser assim?

— Assim como, querida? — Achou graça de me ver nua, toda molhada.

— Eu quero dar para você! — Abri meus braços, incrédula por Micael estar arrumando sua roupa para ir embora. — E aí?

— E aí? — Micael gargalhou gostosamente.

Andou até mim, dedilhando o polegar sob minha pele um pouco vermelha. Eu havia ficado irritada, depois de ter transado quatro vezes antes de tomar banho. Eu ainda estava excitada, eu podia sentir.

— Não acredito que você não se cansou, depois de tudo que fizemos. — Sussurrou em meu ouvido.

— Eu sinto sua falta, Micael. — Foi quase um pedido, cheio de tesão.

O cheiro dele me excitava e o jeito como agia também. Eu podia sentir o quanto minha intimidade pulsava quando iniciei um beijo fervoroso, sexy, quente. Eu tinha várias palavras para descrever, mas minha cabeça só pensava em uma coisa:

— Deita aí. — Empurrei Micael na cama, com alguma força que não sabia distinguir de onde vinha.

Ele se impressionou por estar deitado, comigo em cima de seu corpo, retirando a toalha que estava em sua cintura. Suas mãos fortes passearam pelos meus seios firmes, inclinando-se para mordisca-los.
Fiquei gostosamente em paz com meu corpo, ao sentir os lábios carnudos de Micael detonarem os meus mamilos, apertando com força os meus seios.

Me arrastei sob sua pélvis, encaixando minha intimidade no membro ereto de Micael, sem perder sua atenção, que agora, descia as mãos até a entrada da minha fenda.

— O que está fazendo? — Soltei, com a voz vencida pelo tesão. Tentei decifrar o que Micael fazia lá embaixo, mas fui rendida por dois dedos em meu clítoris, massageando enquanto eu me movimentava, subindo e descendo.

Eu adorava transar! E descobri isso com Micael, naquele momento, deixando todos os meus músculos relaxarem.
Principalmente os lá de baixo.

Meus olhos estavam pequenos ao sentir os milímetros que Micael entrava, o tanto que conseguia. Me apoiei em seu corpo para ver se ele conseguia atingir mais que o meu fundo.
Isso era impossível!
Se ele conseguisse, iria me estourar por inteira.

Meu ápice estava quase chegando durante as cavalgadas, ainda lentas, em cima de Micael. Ele me encarou, sorrindo cúmplice, um olhar de quem havia aprontado.

E eu não sabia o por quê daquele olhar. Só fiquei sabendo segundos depois...

Ooooooh. — Meu gemido escapou. — C-omo? — Deixei minha cabeça cair para trás.

Revirei meus olhos com o que eu estava acabando de sentir! Micael havia gozado, na espreita, sem me avisar e não acabar o sexo de uma vez. Eu conseguia sentir o quente do esperma, se juntando com minha intimidade, ficando mais escorregadia ainda.

Foi como se minha vagina encolhesse para ele, recebendo seu membro grosso de uma vez por todas. Eu era apertada e Micael adorava isso.

Senti a palma da sua mão pousar em minhas costas, ao mesmo tempo em que eu arqueava para dizer ao mundo que: sim! Eu estava em orgasmo. Daqueles violentos de dar cãibra no dedinho do pé.

— OIOOOOOOOOH. — Gemi mais uma vez, como a putinha safada de qualquer pornô barato.

Me senti cansada, derrotada e destruída. Minha respiração falha fez com que Micael soltasse um riso, depois de me acolher quando meu corpo caiu, em seus braços.

— Tudo bem por aí? — Sorriu ao me ver derrotada por seu sexo magnífico.

— Acho que sim. — Assenti, o abraçando. — Preciso de outro banho? — Deitei minha cabeça em seu ombro.

— Se você não quiser chegar em casa com cheiro de sexo, sim! Você precisa de outro banho.

— Hmmmm. Droga! — Resmunguei. — Eu gosto de tomar banho mas eu estou cansada.

— Não seja por isso.

Micael saiu da cama comigo em seus braços, andou de volta à suíte, me colocando dentro da banheira e procurando pelo tampão do ralo. Abriu as torneiras novamente e se enfiou lá dentro, junto comigo.

Nos encaramos.

— Quanto tempo demora? — Perguntei, ainda besta pelo êxtase que passeava pelo meu corpo. Micael riu.

— Não sei! Só sei que esse foi do bom. — Sorriu.

— Não se gabe. — Cerrei meus olhos. — Não se gabe.

Fui me afundando aos poucos, até relaxar por completo.

— Seus anticoncepcionais estão em dia, Sophia?

Assenti, ainda de olhos fechados. Mas me assustei quando Micael ficou próximo à mim, bastante sério.

— Não estou brincando! Você está tomando algum anticoncepcional?

— S-sim. — E eu estava mesmo. Por eventos como esse! — Você não confia em mim?

— Confio! É por isso que quero ter certeza que você está tomando.

— Tá. Eu já te falei, eu estou tomando! — Fiquei séria, como ele.

Micael ficou em silêncio.

— Sophia, Sophia...

— Por que você coloca a culpa em mim? Foi você que gozou! Você que deveria usar camisinha! Não venha inverter os papéis, Micael. — Cruzei meus braços, agora, embaixo d'água.

Micael fechou as torneiras e voltou a se acomodar em seu lugar, com bastante silêncio.

— Eu estou totalmente errado, eu sei! Eu deveria ter usado camisinha. Mas não usei! Admito o meu erro. — Se justificou. — Isso não pode ficar acontecendo, Sophia.

— Então use camisinha!

— Eu não gosto de usar camisinha com você.

— Que piada! Aposto que você deve dizer a mesma coisa para Lorelai. — Blefei.

— Eu não transo com ela.

— Eu não quero saber. — Levantei meus ombros. — Mas pode ficar tranquilo, eu não vou arrumar um filho seu.

Micael ficou em silêncio, preferiu não seguir com a discussão. Ele já sabia do recado!

Meu Professor - Coast | 2ª Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora