cap 6

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1994
22:40 PM (quinta-feira)
S/n on

Eu e o Samuca ficamos conversando, mais em nenhum momento ficamos com sono, até porque os infelizes do quarto próximo não nos deixavam dormir, então tivemos que ficar por bastante tempo com a música lá tocando, dançamos, cantamos, jogamos carta, escrevemos letras de música, fizemos qualquer coisa pra passar o tempo.

- sério, acho que vou avisar a galerinha lá que tem gente que não precisa saber oque eles tão fazendo - Samuel olhou rindo muito pra mim.

Samuel: real, não tô aguentando mais, essa música alta já tá me dando dor de cabeça - o mesmo põe a mão na cabeça rindo.

- pera - me levanto indo até a porta.

Samuel: pera, você tava falando de verdade, ce não tava zoando não? - o olho rindo para o mesmo e negando com a cabeça - boa sorte - bate continência pra mim e eu imito - você é uma verdadeira heroína! Farei um memorial em sua homenagem.

- qua drama Samu - continuo rindo.

Me direciono até o quarto ao lado e bato o mais forte que posso na porta, o barulho para e depois de alguns minutos uma fresta da porta é aberta, revelando Sérgio todo soado.

Sérgio: pois não pitchula - sorri sem graça.

- vocês podem continuar a festa, mais porfavor diminuam os barulhos kkk, ninguém aqui precisa saber do íntimo de vocês - Sérgio cora e ri sem graça.

Sérgio: ahh, foi mal ae, vamo manerar aqui - coça sua nuca - tá tão alto assim?

- sim, a Cláudia deve tá amando né, e você é outro. Agora, porfavor, menos barulho porque eu e o sam estamos querendo repousar nossas mentes.

Sérgio: foi mal, tchau - me dá um sorriso e tranca a porta novamente.

Saio dali rindo, entro no quarto novamente e abaixo o som. Agora não escutávamos nada.

Samuel: você é uma abençoada! - o mesmo vem até mim e me abraça, me surpreendendo.

Ficamos alguns minutos no abraço, aquele abraço estava tão bom. Então nós afastamos um pouco sem sair do abraço e olhamos um para o outro.

Samuel: seu abraço é muito bom, deveríamos nos abraçar mais, sabia? - o mesmo sorri, dando aquele sorriso que só ele tinha.

- pois então me abrace mais uai.

Samuel: tem que ser recíproco - aquela palavra "recíproco" , me fez lembrar da conversa com Valéria.

Talvez eu realmente estivesse gostando dele, só não queria admitir por medo de não ser recíproco. Mais e se eu arriscar? Não, não posso simplesmente meter as caras assim.

Samuel: s/n?? - me balança novamente - você tá bem? Você travou de novo kkk.

- ah, sim, desculpa, só tava pensando com meus neurônios aqui.

Samuel: e você tem? - bato em seu braço e rimos.

- faz carinho em mim? - o mesmo me olha indignado - pufavozinhuuu, amigos fazem isso.

Samuel: assim eu não resisto, vai logo, aonde? - nos afastamos.

Descido ser um pouco "ousada", mesmo com receio vou meter as caras sim, pelo menos aos poucos.

Deito ele na cama e deito em seu peitoral, ficando entre suas pernas. O mesmo mantinha um sorrisinho de canto e uma feição um tanto quanto curiosa.

- aqui *aponto para as costas*, nas costas, eu gosto daí - sorrio.

AQUELE SORRISOWhere stories live. Discover now