Narrador Point of View
O quarto extenso, agora iluminado pela luz do sol, se fazia silenciosos demais aquela manhã. Os cômodos da mansão Collins sempre foram exageradamente grandes e bem decorados com os itens mais caros da atualidade, em pura demonstração de poder e soberba. Sem a presença de Christopher, aquele lugar se tornava mais leve para Maria Luiza, mesmo que todo aquele cenário ainda representasse algo tenebroso. A morena caminhou pela área de seu closet devidamente pronta; trajava um vestido social vermelho, algo bem sofisticado, que lhe acarretava uma postura seria e superior, digna de sua personalidade. Ele não tinha um decote chamativo, mas complementar, em seus pés haviam um par de scarpin negros, revestidos de veludo, trazendo um toque a mais de elegância.
Ainda possuía um caimento em "v" que deixava o início do vale de seus seios, e suas clavículas bem delineadas amostra; suas mangas eram longas, justas, como todo o resto do vestido que marcava o corpo da mulher. Estava linda, e perfeitamente sexy sem ultrapassar o limite permitido para ocasião. Ela tomou postura, e caminhou até o espelho que revestia uma das paredes de seu closet. Observou alguns detalhes de sua maquiagem leve, e seus cabelos medios e ondulados. Maria Luiza carregava consigo um ar envolvente, elegante, e sensual, mesmo quando não queria ser. Era sua essência, ela lhe dava um diferencial que nenhuma outra conseguia ter.
-Licença. - Eliza murmurou antes de adentrar o quarto. - Vim avisar que seu motorista, Carlos, está pronto.
Maria Luiza terminou de colocar os brincos de diamante, e tão logo virou em direção a empregada que a fitava.
-Como estou?
A mulher a encarou por alguns segundos, e se forma contida respondeu:
-Está linda, senhora. Como sempre.
-Obrigada, Eliza. Tenho que ficar deslumbrante hoje. - Respondeu confiante e animada, enquanto se olhava no espelho.
-Para a volta do Sr. Collins? - Indagou a mulher curiosa.
Maria Luiza permaneceu com o olhar fixo ao seu reflexo no espelho, enquanto um sorriso diabólico nasceu em seus lábios. Não era exatamente para a volta de Christopher que tanto se arrumava, pelo contrário, Maria Luiza queria estar simplesmente magnífica para ver os últimos suspiros de esperança do rei.
-Claro, Eliza. Para volta de Christopher. - Mentiu.
-Espero que dê tudo certo, o senhor Collins não merece passar por isso. - Disse ela em um tom realmente preocupado.
Maria Luiza a fitou com certa atenção, analisando a postura preocupada da empregada para com seu patrão. Eliza realmente acreditava que Christopher possuía algo bom?
-Vejo que realmente se preocupa. - Maria Luiza disse, enquanto colocava seu sobretudo bege.
-Aposto que ele irá voltar. - Murmurou esperançosa.
-Sabe, Eliza. Eu não colocaria todas as minhas fichas nisso. Christopher está lá por um motivo, e se realmente foi provado que foi culpado, é melhor se acostumar com a ausência dele. - A morena falou antes de capturar sua bolsa sobre a cama.
-Não precisa ficar hoje, termine de fazer o que precisa, e depois vá para casa. Está liberada pelo resto do dia.
-Sim, senhora.
Maria Luiza sorriu de canto, e deixou o cômodo com certa pressa. Carlos, seu motorista, assim que a viu deixar a mansão Collins, se adiantou a abrir a porta do Rolls-royce prata, dando espaço para que ela adentrasse no carro de luxo. A morena se acomodou sobre o banco de couro que tinha um tom de caramelo, deixando sua bolsa no banco ao lado. O trajeto se escorria tranquilo, apesar do amontoado de informações que se cruzavam em sua cabeça. Maria Luiza a todo instante se forçava a acreditar que aquele finalmente seria o desfecho de sua história, mesmo quando sua intuição alertava que algo ainda estava por vir. O que de tão ruim poderia acontecer? Christopher não tinha chances de ser absolvido, tinha? Ela maneou com a cabeça em um sinal negativo, tentando afastar qualquer possibilidade de algo dar errado. Talvez aquilo nada mais fosse do que nervosismo e ansiedade por um dia tão importante.
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Xeque-Mate
FanfictionUm jogo perigoso, repleto de armadilhas. Uma disputa de poder, dinheiro e desejo. De um lado a delegada Daniela Soomin, do outro, a esposa de um magnata, Maria Luiza Camargo. Nesse jogo, apenas um cairá. Quem terá a melhor estratégia? Quem melhor sa...