𝙾 𝚁𝙴𝙸𝙽𝙰𝙳𝙾 𝙱𝚁𝚄𝚇𝙾||ˢʰᵒʳᵗ ᶠⁱᶜ

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__ 𝕁𝕠𝕤𝕙 𝔹𝕖𝕒𝕦𝕔𝕙𝕒𝕞𝕡 __
__ 𝕄𝕒𝕤𝕤𝕒𝕔𝕙𝕦𝕤𝕥𝕖𝕣: 𝔹𝕠𝕤𝕥𝕠𝕟 __
__ 𝕄𝕒𝕟𝕤𝕒̃𝕠 __

O silêncio reinava em minha sala, onde passava boa parte do tempo fazendo meus afazeres como Rei., depois de um longo tempo acompanhados de nossas filhas, finalmente ficamos a sós para podermos conversar.

– Any, eu preciso entender o que aconteceu para você ir embora por sete anos – Comecei a dizer querendo a explicação.

A mesma começa a andar pela a sala em passos lentos. Eu sabia que ela estava tensa e nervosa, conheço ela melhor que ninguém, aliás, por isso ela é minha esposa.

– Naquela noite, a sete anos atrás. Eu vi você e o conselho falar sobre as terras, falando de nós.

Continuo a escutar, e logo as memórias vem em minha mente e então tudo começa a se encaixar.

– Any, você...

– Eu ouvi tudo Joshua, eu... Eles queriam...

Rapidamente me aproximei da mesma segurando seus ombros, encarando seus olhos profundamente.

– Você acha mesmo que eu ia deixar aquilo acontecer? Eu ainda sou o Rei, a última palavra é minha, acha mesmo que eu faria isso? Sabendo que minha mulher também é uma bruxa?

Ela me olhava calada, com ainda incerteza.

– Any, eu jamais permitiria que eles encostasse um dedo em seu povo, em você. Naquela noite eu fui atrás de você para lhe contar o que eles queriam, eu iria lhe dizer para não de preocupar que jamais irão mexer com os seus.

Ela desviou o olhar de mim, e vi o arrependimento em sua face.

– Eu senti tanto medo, o medo me atingiu. Fazendo me lembrar de tudo o que aconteceu, aquela guerra onde matou toda a minha família, o meu povo. Eu senti medo que tudo aquilo se repetisse. Por isso fugi, por isso fui embora.

Ela voltou a olhar em meus olhos.

– Depois, descobri que estava grávida e o medo de algo acontecer foi maior. Passei esses anos todos escondida, sobrevivendo com a ajuda daqueles que eu mais confiava. Eu... Não poderia imaginar que...

– Amor, você é mais importante do que qualquer coisa, do que qualquer reino. O meu trono, o meu poder não é nada comparado a você. Se tivesse que escolher em deixar o trono e você. Seria mil vezes você Any, somente você.

Lágrimas caíam de seus lindos olhos, e então sinto novamente seu corpo pequeno em meu braços em um abraço firme e caloroso.

– Me desculpa, por favor me perdoa. Eu deveria ter esperado você, não podia ter te deixado assim.

Ela soluçava, tremendo fortemente em meus braços, a deixo apenas desabafar suas frustrações.

– Impedi de ver suas filhas crescerem, impedi delas conhecerem você.

– Shii tá tudo bem meu amor, tá tudo bem. Nada disso é culpa sua, você está aqui, elas estão aqui. Voltaram pra mim e isso é o mais importante, deixe o passado para trás. Nossa família está reunida agora.

Olho para a mesma limpando seu rosto molhado, sorrio para a mesma mostrando que estava tudo bem. Mais ainda tinha outra coisa a se questionar.

– Onde você estava, Jasmine chegou aqui falando de vento negro.

Sua expressão mudou rapidamente dando um olhar frio e furioso.

– Barnabé, ele que me sequestrou.

– Como é?

Franzi o cenho.

– Ele veio atrás de mim, conseguiu me encontrar. Ele quer a força vital.

A mesma se separou de mim, ainda fiquei meio êxtase, sem conseguir me expressar.

– Mais, você é a última da linhagem, certo?

Ela olhou para mim com um olhar preocupado.

– Era, até às gêmeas nascerem.

– O quê...

Segurei o ar soltando pesadamente.

– Então quer dizer que..

– Como a força vital é passado de pai pra filho, Jasmine e Gardênia tenham em suas veias, como um só elas se tornam mais forte e se Barnabé souber delas, ele virá atrás. E se pegar as meninas ele pode mata - las.

A última palavra me deixou enfurecido.

– Ninguém vai tocar nas minhas meninas, eu não vou deixar. Nem que eu tenha que ir até a escuridão das trevas pra isso. Não vou deixar!

– Temos que protege las, irei as esconder o quanto puder. Barnabé agora deve saber que eu realmente não tenho a força vital e ele irá fazer de tudo para nos encontrar.

– Não se preocupe, eu não....

Um estrondo me interrompe, com a força. Causa um tremor na terra, fazendo tudo balançar, corri até Any para lhe proteger enquanto tudo caia ao nosso redor.