My little doll - GL

7.

Jeon Hae-won

°•°•°

Quando acordei, Jin-ah já não estava mais na cama, enrolei um pouco para levantar, e fiquei mexendo mó celular, até que Jin entrou na quarto com um sorriso meigo.

– Bom dia, docinho - ela se deitou ao meu lado, e me deu um beijo na testa.

— Bom dia - sorri manhosa me aconchegando em seu colo.

– Você tem que levantar, os rapazes que vão trazer a nova cama chegam já já.

— Você comprou mesmo outra cama? - gargalhei um pouco olhando pra ela.

– Óbvio, você manda e eu obedeço, docinho - ela colocou seu rosto entre meu pescoço - amo seu cheiro - ela começou a deixar beijos em lá, então percebi suas intenções.

— Ei ei, pode ir parando, tenho que me recuperar das noites passadas - afastei ela um pouco.

Levantei da cama com um pouco de dificuldade, e fui ao banheiro tomando um banho quente. Sai em direção ao closet do quarto, e peguei um vestido rosa soltinho, amarrei o cabelo num rabo de cavalo alto, e fui para a cozinha, me sentando no balcão vendo Jin-ah fazer o café da manhã.

[...]

O dia se passou rápido e calmo, e no final da tarde me despedir de Jin-ah, e segui meu caminho até minha casa, decidi ir a pé pois queria passar um tempo sozinha, o que estava sendo raro ultimamente.

Quando chego em casa, meu pai me esperava no sofá da sala, estranhei tal ato, meu pai nunca foi de se preocupar com a hora em que eu chegava, e muito menos percebia minha presença ou ausência.

– As cartas das faculdades chegaram - ele me olhou de forma séria.

— Isso é bom né? - pergunto me sentando.

– Seria, se você não tivesse se inscrito em outras faculdades, combinamos que você iria para a Universidade da Coreia para estudar finanças. Você vai herdar minha empresa, Hae-won.

— Você sabe que eu não quero assumir a empresa, quero estudar moda.

– Não vamos discutir sobre isso outra vez, descarte outras possibilidades, você vai assumir a Presidência da empresa em breve, você querendo, ou não. E enquanto você morar debaixo do meu teto, vai fazer o que em mandar.

— Pois bem, vou embora dessa casa.

– Se for sair desta casa, é melhor sair do país, pois vou encontrar onde você mora, afinal você ainda não tem estabilidade pra viver sozinha, se for realmente fazer isso, saiba que cortarei todos os seus gastos, e cartões de crédito.

— É só isso que você sabe fazer? Usar seu dinheiro é sua autoridade pra me chantagear? Eu não caio mais nessas chantagens, vou sair de casa e ponto final - comecei a me distanciar, indo em direção a escada.

– Isso, vai embora mesmo, assim você apaga um pouco da culpa de ter matado sua irmã da sua consciência - assim que escutei essas palavras desabei no último degrau da escada.

Como estava no chão, me rastejei até a porta mais próxima a fechando, e só então pude chorar tudo que estava guardado á anos.

Apesar de sempre ouvir da minha mãe que não foi culpa minha So-ri ter morrido, ainda sinto culpa por isso.