Capítulo Dois

380 59 8
                                    


Passaram-se o primeiro mês que estou no estágio.

E como eu estou feliz!
Acho que encontrei minha vocação.

Hoje é sábado, mas mesmo assim acordo cedo para dar uma "passadinha" na clínica de reabilitação.

Desço as escadas e vejo minha mãe distraída mexendo sua xícara de café com leite.

― Bom dia mãe.

Dou-lhe um beijo, "abraçando" seu pescoço.

― Bom dia filha.

Ela tenta sorrir. Mas é visível a falta que meu irmão faz para ela aqui em casa. Mesmo tentando disfarçar a mim ela não engana.

― Você sente falta do meu "mano" né?

― Muito.

E com a ausência do meu irmão essa casa se tornou "enoooorme"!

― No próximo final de semana ele vai estar conosco. - digo.

― Agora que percebi! Aonde vai tão cedo? Hoje é sábado menina! ― questiona Helena.

― Vou à clínica de reabilitação.

― Você está se envolvendo muito com este trabalho.

― É estágio mãe.

― Que seja! ― resmungou Helena. ― Daniela você tem que arrumar um namorado. Anda se ocupando muito com essa tal Clínica.

― Mamãe eu não penso em namorar!

― Mais deveria. Já está uma moça e é tão bonita.

― Vou indo. ― digo, encerrando a conversa.

Minha mãe respira fundo.

― Que Deus a acompanhe minha filha.

Pego uma maçã no cesto de fruta e vou em direção à porta.

― Filha!

Tomo um susto! Já estava com a mão na maçaneta da porta.
Viro-me e olho para minha mãe.

― Oi mãe...

― Eu te amo.

Sorrio em sua direção.

― Também te amo Dona Helena.

Chego a Clínica e o dia está lindo!

Encontro Dona Nara no jardim fazendo uma das atividades que ela mais gosta.

― Que flores lindas Dona Nara!

― Gostou minha filha?


A me ver ela retira as luvas sujas de terra e me oferta um abraço apertado de boas vindas.

Dona Nara está participando do nosso projeto e isso tem feito muito bem a ela.

― Adorei! A senhora está de parabéns.

― Obrigada. ― ela sorri satisfeita.

É visível o quanto Dona Nara está mais disposta e até voltou ao seu peso normal.

A notícia é boa e em breve ela receberá alta e poderá voltar para sua casa, ao encontro de sua família.

― O que está fazendo por aqui? Hoje é sábado não é? ― ela leva a mão a cabeça pensativa.

Sonhos Roubados (REVISANDO)Where stories live. Discover now