inesperado; patrick mahomes

; setimo ;

; victoria p.o.v. ;

@patrickmahomes
Insulto?
Seria insulto também, dizer que to no Rio de Janeiro, e que vim pra ver você?

Solto meu celular sobre a cama e enfio minha cabeça entre as almofadas do sofá da sala e solto gritinhos contra as mesmas, sentindo meu corpo congelar e meu coração acelerar a cada vez que tais palavras passavam por minha mente. Ele tinha vindo ao Rio pra me ver? O QUE?

"O que é isso menina?" escuto um Rodrigo Santoro rir enquanto se aproximava do sofá, com sua cueca samba canção do Mickey Mouse e seu iPad para se sentar em algum canto do grande sofá, e estudar enquanto me fazia companhia.

"Oi? Nada... nada papai" solto uma risada baixa e logo me ajeito no sofá, pegando meu celular novamente para checar se eu tinha lido o que eu tinha lido.

@patrickmahomes
Insulto?
Seria insulto também, dizer que to no Rio de Janeiro, e que vim pra ver você?

Deixo um grande e longo suspiro escapar por meus lábios, e toda resposta que eu pensava, parecia não ser boa o bastante para responder a essas simples palavras, e a essa tão simples pergunta.

Seria insulto também, dizer que to no Rio de Janeiro, e que vim pra ver você?

Isso ecoava por vezes em minha mente, enquanto eu tentava pensar em uma resposta plausível para o jovem quarterback do Kansas City Chiefs, informação que eu apenas sabia pois tinha na bio do instagram dele, e algumas de suas fotos era com o uniforme do time.

Respiro fundo, fecho meus olhos por alguns segundos e com o som de meu pai lendo baixinho a papelada que ele tinha salvo em seu iPad, começo a responder ao homem, sem perder meu tom de ironia e sarcasmo de sempre.

@vicvctrysantoro
Como assim tu vem pra o Rio de Janeiro e não me diz, querido?
Ta achando que a vida é brincadeira? 🤨

E em poucos minutos já tínhamos engatado em uma conversa bem engraçada do jeitinho que nossas conversas sempre eram, Patrick conseguia entender tão bem meu humor péssimo e quebrado, era incrível a conexão que a gente tinha criado de uma forma tão aleatória e tão inesperada, e de uma forma que eu nunca imaginei que iria nos trazer até aqui.

Patrick realmente tinha vindo para o Rio, após eu ter comentado apenas uma vez sobre a minha cidade natal, ele realmente tinha aceitado a minha louca ideia de me ter como tradutora e guia turístico, era uma ideia sem pé nem cabeça, que eu tinha tirado do fundo da minha mente, comentado sem muitas esperanças, na espera de que ele não acreditasse em minhas palavras e não visse nem as cores do Brasil, mas cá estamos nós.

Patrick no Brasil, e teríamos que nos encontrar novamente, pois eu sou uma mulher de palavra e irei manter a minha palavras de ser a tradutora e guia turístico dele nessa cidade maravilhosa, mesmo que isso significasse passar a noite toda surtando de ansiedade e nervosismo.

"Neném de pai?" rapidamente meu pai toda minha atenção, e logo deito a cabeça para o lado, esperando que ele continuasse com sua linha de pensamento "Se importa se o papai passar o dia fora amanhã? Tenho umas coisas para resolver com meus agentes, e um monte de reunião também. Tudo bem por você?"

Oportunidade perfeita para não dar muitas explicações sobre minha saída com o Patrick para o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar amanhã.

"Tudo bem por mim, papai!" deixo um sorrisinho escapar pelo canto dos meus lábios.

"Okay, neném de pai! Prometo que terça feira fico o tempo todo com você, tudo bem?"

"Tudo bem, papai" me sento ao lado do homem e deixo um beijo molhado em meio a barba do homem, que logo se levantou do sofá deixou um beijo em minha testa logo seguindo seu caminho ate o seu quarto.

Patrick a alguns minutos atrás teria parado de responder, provavelmente de cansaço de seu voo ele ja esteja dormindo esparramado em sua cama do hotel mais chique e mais caro do Brasil. Ele teria comentado que estava hospedado no Copacabana Palace, e mesmo que eu tenha me voluntariado para mostrar as ruas do Rio de Janeiro, ele teria insistido em dirigir o carro que ele alugou no aeroporto.

Segundo ele, era uma BMW de cor preta, o que eu achei meio sem pé nem cabeça, ate porque se ele não seguir bem as minhas instruções nos iriamos, muito provavelmente, acabar no jornal da noite e não de uma forma positiva, mas sim em uma forma negativa. Porém, prefiro não pensar nisso, não quero enlouquecer mais doque devo.

Já estou louca com o fato de ter que encara-lo novamente amanhã. Pois eu agia diferentemente da minha forma de falar nas mensagens, sempre ficava bem mais tímida quando chegava no pessoalmente, por mensagens eu sempre me soltava mais, sem medo de julgamentos nem nada.