𝐻𝑜𝑝𝑒 - 𝑈𝑚𝑎 ℎ𝑖𝑠𝑡ó𝑟𝑖𝑎 𝐾𝑎𝑟𝑎𝑚𝑒𝑙 [Livro I]

Cap. 36 - De volta do futuro

Pov. J'onn

- E agora J'onn, o que vamos fazer? - a loira bufa frustrada.

Os últimos dias têm sido tensos, temos corrido uma maratona atrás de tótens, pedras mágicas que contém energia da quinta dimensão. Nixly e Lex, sim, Lex Luthor e uma poderosa criatura interdimensnal juntos causando mortes e destruição por onde passam. Todos temos trabalhado dobrado, em busca das pedras mágicas e na defesa da cidade, meus poderes telepáticos me permitem sentir a exaustão de cada um dos que estão lutando conosco, bem, quase todos porque kriptoniana são imunes a telepatia.

- Calma Supergirl, vamos voltar para a torre e reavaliar, ainda temos a maioria e só faltam duas, vamos conseguir. - coloco a mão sobre seu ombro e logo a loira sai voando em um borrão.

Realmente, não preciso ser telepata para saber que a loira está sobrecarregada e não consegue se abrir. Preciso voltar para a torre, antes que as coisas piorem.

- Perdemos o totem, - anuncio entrando pela sacada - precisamos recalcular a rota.

- Calma Nia, você vai conseguir, precisa descansar um pouco. - Brainy toca a mão da menina.
- O que você tem Sonhadora? - me aproximo e vejo seu rosto pálido.
- Ela está me bloqueando, - a garota se recosta - eu não sei, tenho sonhos confusos e tento me projetar astralmente e ela me repele de alguma forma.

O rosto da naltoriana mostra sinais claros de exaustão, com linhas de expressão visíveis e maçãs aprofundadas, a menina com os ombros baixos se levanta deixando a sala.

- Alguma notícia dos outros tótens Brainy? - sento em frente ao painel de controle.
- Nada J'onn. - o garoto respira fundo - O tempo tá acabando, e pelos meus cálculos só temos 35% de chance de encontrar essas malditas pedras antes da Nixly.
- Faça uma pausa garoto, vamos dar um jeito. - sorrio fraco observando o rapaz passar as mãos pelos cabelos.

A guerra em Marte me ensinou muitas coisas, me ensinou a sobreviver e nunca mais me acovardar, não abandonar aqueles que eu amo, mas acima de tudo, a guerra me ensinou que se temos uma chance, uma mínima chance pelo menos, nós temos uma chance, uma oportunidade para virar o jogo.