Capítulo 06

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Mustafá e Bayezid estavam amarrados perto dos cavalos dos persas

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Mustafá e Bayezid estavam amarrados perto dos cavalos dos persas.

–Você consegue desfazer o nó, Mustafá?

–Não, os malditos fizeram um nó bem difícil, amarraram de um jeito complicado.

–Eles já devem ter pedido um resgate a essa altura.

–Sei que nosso pai vai pagar, Bayezid, mas ainda é uma grande humilhação.

A movimentação começa a ficar estranha ao seu redor.

Soldados persas pouco a pouco mudam de turno.

Mas estranhamente, os homens eram familiares aos dois príncipes.

Então um soldado com o rosto coberto se aproxima de ambos e, com um golpe de espada, corta as cordas que prendem os filhos de Süleyman.

–Mas o que...

Então eles percebem que o homem tem cabelo ruivo.

–Selim?

Selim empurra a ambos contra uma barraca e dá o sinal.

–Arqueiros! Atirem!

Uma enorme confusão começa e o acampamento persa está em polvorosa.

Então ele puxa a espada e começa a gritar ordens.

Em pouco tempo, o acampamento dos inimigos é tomado.

Selim mata dois persas em um único corte e joga as espadas para Mustafá e Bayezid entrarem na luta.

–Selim, isso foi ousado e perigoso demais, mas deu certo.

O príncipe ruivo sorri, orgulhoso.

–Mas... Mas como... -Bayezid nem consegue organizar seus pensamentos, de tão estupefato.

–Selim fez o plano, para matar alguns soldados do inimigo e vestir a armadura deles, entrando durante a troca de turnos. -explica um dos comandantes para os dois reféns resgatados.

–Demorou um tempo para calcular a troca de cada turno, mas foi bem útil. -complementa o homem que foi o responsável por se infiltrar primeiro e espionar o resto.

–Tudo foi calculado por Selim. Se ele errasse um segundo que seja, acho que ninguém aqui estaria vivo.

Todos os soldados otomanos erguem a espada em homenagem.

–Selim, O Ousado! -bradam.

Selim nunca se sentiu tão bem em um campo de batalha.

Era uma sensação inebriante ser o vitorioso que era homenageado.

Como o resgatador de seus irmãos, Selim recebeu o comando do batalhão otomano e liderou a batalha contra Elkas Mirza, o irmão do Xá da Pérsia.

Selim pessoalmente cortou a cabeça de Elkas, garantindo a vitória para o lado otomano.

Eles voltam para a capital em vitória.

Tanto Mustafá quanto Bayezid não conseguem acreditar que aquele é o seu irmão fraco e covarde.

Selim não diz nada, pois depois que se provou um príncipe forte e digno, não sentia mais que precisava da aprovação alheia.

Não havia ninguém que não ficasse surpreso com a mudança de Selim.

Süleyman estava muito orgulhoso dele.

–Esse é meu filho, aquele que escolhi como herdeiro! -ele diz, levantando uma taça de vinho, diante de toda a nobreza em um banquete de comemoração.

Alguém oferece vinho para Selim.

Por um segundo, a tentação dentro dele por apenas um gole se passa em sua cabeça...

–Não! -ele decide, não se permitindo fraquejar.

A luta contra o vício era diária, e nunca acabaria, Selim tinha certeza. O que ele podia fazer era se levantar dia após dia e dizer a si mesmo: "hoje eu vou resistir". E cada dia vencido era um prêmio em aumentar seu respeito próprio.

Embora sua vida fosse tumultuada, ele estava alcançando uma espécie de paz consigo mesmo.

E considerando as dores e problemas de uma vida no palácio do sultão, Selim não poderia desejar algo melhor que paz. Principalmente consigo mesmo.

 Principalmente consigo mesmo

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AYNUR MIHRISAH-Sehzade SelimWhere stories live. Discover now