Aᴅᴀʟɪᴀ sɪɢɴɪғɪᴄᴀ ɴᴏʙʀᴇᴢᴀ

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Sábado , 07:15 da manhã

Kelvin despertou de um sono tão gostoso e se sentiu o homem mais sortudo do mundo vendo Ramiro a sua frente, já de banho tomado, cabelo penteado, se vestindo tentando não acordar o namorado com o barulho, e falhando miseravelmente.

– Amor, você já tá indo?

– Ô Kevin, eu acordei ocê?

– Não amor.— tentou se levantar, sem sucesso, fazendo Ramiro rir por confirmar mais uma vez que fez um bom trabalho.

– Eu venho mais tarde viu. — deu um beijinho em seu rosto e se dirigiu até a porta.

– Rams, e a Adalia?

– Ah Kevin... — o semblante do peão se entristeceu na mesma hora. – Eu queria pedir outra folga pro patrão e leva ela pra passear sabe? Ver uns lugar bunito, mas ele já deu aquele dia, num vai dá de novo não.

– Turrão do jeito que ele é, imagino mesmo...

– Mai eu vou traze ela aqui de noite pra ver o show.

– Traz ela agora, eu tô livre o dia inteiro, posso fazer companhia, e as meninas vão amar conhecer minha cunhada.

– Tá baum. — Ramiro saiu com um sorriso no rosto.

Tentava não demonstrar tanto mas se sentia no céu vendo as pessoas que mais amava se dando bem.

Kelvin levantou devagar, tomou um banho e se vestiu, vasculhou o quarto procurando o lencinho rosa que quase sempre levava pendurado na cintura desde o "resgate kelmiro", que foi como ele nomeou o dia em que Ramiro provou pela primeira vez que realmente tinha medo de perdê-lo. Uma data marcante no relacionamento dos dois.

Foi só no dia que seu peão o resgatou dirigindo em uma rodovia perigosa com uma mão no volante e outra atirando pra fazer com que a van parasse, que ele recuperou seu lencinho, o lenço que tinha deixado com Ramiro quando foi para New York pela primeira vez.

Assim que achou, escutou batidas na porta e pode ouvir a voz de Ramiro.

– Tá entregue, agora eu tenho que ir. — abraçou Adalia e desceu escada abaixo correndo para não se atrasar.

Assim que a porta abriu Adalia foi recebida por um abraço quentinho e um sorriso.

– Bom dia cunha!

– Bom dia cunhadinha, tá preparada pro nosso passeio? Já comeu? Eu posso preparar alguma coisa.

– Não eu já comi, gradecida.

– Então vamos? — Kelvin deixou a bolsa de roupas da moça em cima da penteadeira, fechou o quarto e desceu a guiando até a porta do bar.

Já no centro da cidade, Kelvin levava Adalia como se fosse um guia turístico, a levou na sorveteira, na padaria, no salão de Cacá, passou na porta da escola a apresentando para Menah que estava no portão, foi na academia de Odilon, o famoso Krav-maga, falou sobre as poucas distrações daquela cidade, falou também sobre os perigos, mostrou tudo e todos que conhecia.

– E aquela ali é a Aline, tadinha... — terminava de apresentar a cidade, as pessoas e de quebra apresentava as fofocas também.  –...Foi se apaixonar justo pelo filho do homem que persegue ela, e não só ela... Antônio Lá Selva é um prego no sapato dessa cidade.

Adalia se arrepiou por dentro só de ouvir aquele nome.

– Eu já falei pro Rams sair desse emprego, que aquele patrão dele não presta, mas ele não me escuta...

– Ah.. meu irmão quaisque não fala desse home, mai eu não sinto coisa boa dele não... Ele sempre me dava medo quando quando ia lá ver nossa mãe, desde de quando eu lembro ate a última vez, agora antes d'eu vir pra cá. Num sei nem pra que que ele ia.

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