Prólogo

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O RELÓGIO marcava quatro e meia da manhã quando os gritos de Daya Labonair preencheram todo o seu lar, seu marido observava com atenção os movimentos executados pela moça, mesmo que nenhum deles tinha a permissão da jovem para acontecer, conseguiam compor uma bela orquestra para a visão do rapaz que degustava um whisky enquanto seu corpo se apossava de uma bela poltrona confortável.

A casa ficava no fim de uma rua de terra, era quase impossível que alguém pudesse escutar os gritos da moça acompanhados pelo som indescritível de seus ossos se quebrando.

A mulher se contorcia, e sentia suas forças se perderem no vazio conforme seus olhos tomavam um tom amarelado e seus músculos se tornavam nada perante a dor insuportável que a preenchia.

— Daya, me diga. — sorriu o homem. — O coração ainda dói quando está perto de parar de bater? Me disseram que durante a transformação de uma loba, os batimentos ficam fracos, e a mulher quase morre, isso é verdade?

A resposta que escapou dos lábios de Daya fora um grito de dor, logo outro osso se quebrou e seu corpo ficou completamente exposto a um chão gélido, o rapaz negro sentia o brilho em seu olhar conforme a tortura permanente que acontecia com a jovem.

— O coração... — os suspiros se tornaram frequentes enquanto a mulher arranhava o chão de madeira da residência. — Bate cada vez mais forte... Parece que vai sair da boca.

— Eu posso arrancar ele por sua boca com uma faca de prata, sua vadia.

— Gostaria de ver você tentar. — ela sorriu. — Por que não me mata? Acaba comigo de uma vez!

— Não, ver você sofrendo é o que me traz entretenimento.

Gordon se surpreendeu quando um rugido exorbitante tomou conta da casa, e de repente, uma forma animal foi o que predominou a silhueta de Daya, a sua estatura de loba é cinza e marrom e tem olhos brilhantes dourado.

Naquele instante, o homem se surpreendeu, o medo estava estampado em sua feição, e a fera percebeu que ele se encontrava inteiramente assustado por descobrir quem a mulher era de verdade.

O homem alcançou a sua arma no coldre de sua coxa, e analisou a o pente da pistola repleta de bala de prata, quando o mesmo pensou em atirar, fora interrompido com a ação repentina do animal de saltar drasticamente pela janela deixando todos os estilhaços de vidro perdidos ao chão.

— Eu te encontro, vadia. — ele sorriu.

•••

— O que o Bobby disse? — o questionamento de Dean trouxe Sam a realidade.

— Ele disse que Daya Labonair é uma loba que precisamos encontrar. — respondeu, checando o celular. — Ele me pediu ajuda, parece que a mulher está perto de Red Lodge, Montana.

— Estamos a pouco quilômetros de lá, podemos dar uma passada e ver o que encontramos. — falou. — Parece distante, o que aconteceu?

— Aconteceu nada. — suspirou. — Ele te mostrou a foto dela?

— Qual é, Sam. Você se apaixonou por uma foto? — indaga o irmão.

— Claro que não.

— Como que ela é?

— Loira, tem olho claro, parece ter a nossa idade.

— E ela tem o que de especial?

— Ela tem tudo que eu tenho.

— Mediunidade?

— Exato. Tudo que aconteceu comigo, aconteceu com ela.

O freio do carro fora acionado com voracidade quando um animal passou correndo pela estrada e caiu mata a flora, Dean resmungou um palavrão enquanto Sammy parecia pensar no que havia acabado de acontecer, contudo, suas ações espontâneas tomaram conta do rapaz.

Rapidamente, ele saiu do carro e correu na direção do animal que parecia ser mais rápido do que qualquer coisa que os irmãos já haviam caçado em suas vidas, mas sem pestanejar, o Winchester mais novo deixava seus pés tocarem as folhas secas com voracidade enquanto mantinha seu olhar fixo no lobo que parou de correr de repente e virou-se para encarar o rapaz.

O uivo não intimou o homem que parecia ainda mais intrigado em saber quem realmente era aquele animal, ele tinha certeza de quem se tratava, mas precisava assegurar suas próprias conclusões.

— Daya? — sua voz tomou conta do ambiente.

A loba deixou sua pata rastejar pelas folhas secas, e rosnou brevemente quando percebeu a presença de Dean no local, o mais velho por sua vez, permaneceu em silêncio destinado em deixar o seu irmão tomar o controle da situação.

— Daya, se for você... Sabe que pode confiar em mim. — ele disse. — Pode confiar em nós.

— Você sabe o que está fazendo? — indagou Dean.

— Não. — respondeu. — Mas, estou tentando. — suspirou. — Daya, eu sou igual a você. Também houve um incêndio na minha casa quando eu era um bebê, e eu tenho visões, só não viro lobo, mas pode confiar em mim. Porque Bobby Singer confia.

Dean se surpreendeu quando percebeu que a loba se encolheu em seu eixo, e deixou um uivo preencher a flora, e em seguida, uma forma humana tomou conta do solo, ali ele teve a certeza que a conexão entre a desconhecida e o seu irmão era maior do que podia imaginar.

Os cabelos loiros caíam sobre os ombros e costas da mulher que estava completamente nua, os sentidos embaralhados eram perceptíveis pelos irmãos que se olharam e voltaram a atenção para a moça.

Sam retirou sua jaqueta e envolveu a mulher de forma cautelosa, e respirou fundo quando a jovem teve seu corpo esmorecido exposto aos braços do Winchester.

— Ela tá caidona na sua. — disse Dean. — Literalmente.

— Cala boca.

》Continua.

•••

Boa tarde!!

Essa  é minha primeira fanfic de supernatural, e eu espero de coração que vocês gostem, e como eu falei anteriomente, a história não vai seguir a mesma ordem que a série, algumas coisas serão alteradas para melhor desenvolvimento da escrita e entedimento de vocês! 

Entretanto, se tiverem qualquer dúvida, podem me mandar mensagem, ou comentar que eu responderei sempre que eu tiver um tempinho. 

Até o próximo capítulo!

𝗫𝗼𝘅𝗼,
𝗮𝘂𝘁𝗵𝗼𝗿 𝗸𝗮𝗿𝗶𝗻𝘆.

AMALDIÇOADOS; sam winchesterWhere stories live. Discover now