sem esperanca

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saúde de belinha, no entanto, não estava muito bem. A pequenina estava fraca demais e, por muitas vezes, sem apetite, acabava por não comer; passava boa parte do dia e da noite dormindo e constantemente desmaiava.




Mas para a sorte de lua, agora ele não estava mais sozinho! Nas noites difíceis, lá estava arthur, passando toda madrugada abraçada à ele, apenas acalentando-o; nos dias de sessões de quimioterapia, lá estava , ao lado de belinha e arthur, tentando transmitir forças; nas vezes que o emocional de lua não o deixava nem ao menos mirar a menina, lá estava arthur para tomar o lugar dela e cuidar de belinha.

- Está doendo, belinha.. - A garotinha disse apontando para a agulha de soro, que estava em seu braço.







- Já, já eles tiram, ok?






Onde está o mamae?! Por que ele não está aqui? - Ela perguntava, chorosa.







- Está descansado, meu amor. - E mal sabia a garota, que no quarto dela, um pouco distante dali, ele estava aos prantos.



arthur abriu a porta do apartamento cuidadosamente, e entrou apenas com a cabeça para dentro. Silêncio. Absoluto e angustiante silêncio. Aos passos curtos, foi até o quarto de luar e, batendo delicadamente na porta, chamou-o.

- Amor, abra. Sou, eu... arthur!



- Está aberta. - ele disse, baixinho.

Ela abriu a porta com o mesmo cuidado com o qual abrira a porta da sala, e logo estava adentrando o quarto. Mirou a namorada em cima da cama, enrolado aos cobertores e os olhos inchados. Ele precisava dela, e parecia que naquele momento, precisava mais do que nunca.

- Meu amor! - ele disse, deitando-se ao lado dele, enquanto levava uma das mãos no rosto dele, acariciando-o.



- Você demorou hoje! - Ele disse, um sorriso sôfrego morando em sua face.



- belinha me pediu que ficasse com ela até que ela dormisse. - ela sorriu um pouquinho, evitando não falar muito. - Mas e você, como está? Conseguiu dormir um pouquinho?



- Você acha realmente que eu consigo dormir? - Ele a questionou, enquanto abaixava o olhar. - Eu não sei se irei agüentar tudo isso, thur!



- Hey, hey! Você não pode desistir! Não agora, entendeu?! Vocês estão indo tão bem... Por favor, meu amor, belinha precisa de você; vocês precisam uma da outra, e você sabe que tem que estar bem para poder ajudá-la.



- Eu não quero vê-la morrer... - Ele dizia, já sentindo as lágrimas invadirem seus olhos.



- Minha filha está morrendo na minha frente e eu não posso fazer nada!





Meu amor... Por favor, não pense assim. Você fez tudo o que você pôde; você está fazendo o que pode. Não pense assim, por favor... - Ela colocou sua esta na dele. - Você precisa ter fé; a fé move montanhas, sabia?



- Fé? Fé em que? Em Deus?! Fé no Deus que abandonou a mim e minha menina? É isso? Você quer que eu tenha fé em alguém que desistiu de mim?!

arthur o abraçou; o abraçou fortemente. Não o culpou pelas tolas palavras que dissera, por que sabia que naquele momento, ser julgado por aquilo que ele dizia sem pensar, era o que ele, definitivamente não precisava.



Durante um bom tempo eles ficaram ali, abraçados; lua estava atordoada, seu coração doía, sua mente e seu coração pareciam não mais funcionar e arthur, ao seu modo, entendia aquilo.

- Por favor, não desista... - ela dizia, enquanto ainda estavam abraçados. - Não desista!

lua desvencilhou-se do abraço dela, e novamente, miraram-se fixamente. Olhando-a nos olhos, lua procurava encontrar a esperança que agora, se via pouca em seu coração e arthur tentava, de todo coração, fazer com que a dor não o segasse e ele fosse capaz de encontrar o que queria.

- Só fique aqui comigo; não desista de mim... Não me deixe desistir, por favor


Luar historia de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora