Eyes in my dreams

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O salão da Fortaleza Vermelha estava repleto de nobres, todos usando máscaras elaboradas, dançando ao som de músicos talentosos, com baladas animadas, vez românticas, vez satíricas, mas não explícitas com atos sexuais ou deboches à Coroa, apenas contos engraçados de uma história falsa, recitadas por bardos de renome no reino.

Naerys Targaryen, de dezesseis anos, observava com desdém, os convidados girando pelo salão, em seu belo traje inspirado no dragão da rainha conquistadora Rhaenys, Meraxes. Seu irmão, Daemon Targaryen, de dezoito anos, ao seu lado, sempre combinando com ela, vinha de Balerion, o Terror Negro, e parecia entediado com a formalidade do evento, assim como a sua irmã.

Enquanto a música preenchia o salão, Naerys olhou para o irmão, que lhe roçava o polegar em sua mão, e sussurrou:

-Ainda podemos escapar para os jardins, Daemon?- Nys sorriu, roubando um bolinho de limão do prato de um Baelon distraído. A verdade era que Baelon havia notado, mas permitiu que sua ladrazinha agisse.

O irmão mais velho olhou para ela, um brilho travesso nos olhos por trás da máscara negra, com escamas talhadas e diamantes negros espalhados pelos chifres no topo da máscara, e assentiu.

Ele levantou-se de sua cadeira, desamarrotando suas vezes de cor escura e capa esvoaçante da mesma cor, enfeitada de escamas no tecido e capa costurada aos braços na forma de asas. Daemon lhe estendeu a mão, um convite óbvio, sem medo de estar na presença da família, convidados e até mesmo de sua 'amada' esposa.
Juntos, eles se esgueiraram pelas multidões, seguindo os corredores até alcançarem os belos jardins da Fortaleza Vermelha. Lá, a paz reinava e as flores exalavam um perfume doce, junto do brilho prateado da lua que, na humilde opinião de Daemon, serviu para deixar sua irmã, aquela que ele realmente queria como esposa, ainda mais bonita, naquele vestido branco, enfeitado por pérolas no corpete e cinto prateado.

-Ah, finalmente um pouco de ar fresco-, ofegou Naerys, enfiando o dedo indicador dentro do corpete apertado, entre a linha dos seios, tentando o afrouxar um pouco, sem sucesso.

Daemon observou sua irmã, sorrindo levemente, deixando o olhar desviar um pouco dos olhos dela para seu dedo.

-É muito melhor estar aqui do que naquele baile entediante. Além disso, você merece um pouco de diversão, irmãzinha.- ele lhe deu uma piscadela, se aproximando e tomando as mãos dela nas suas ao inclinar o rosto na direção dela, seus narizes roçando um no outro.

Naerys riu, juntando seus lábios rapidamente e segurando suas mãos.

- Da última vez em que você me disse isso, me levou à um bordel. - Ela riu quando ele retirou a própria máscara, comemorando o alívio da coceira que aquela máscara causava quando ele a jogou longe. Se vendo de mãos livres, Daemon agarrou a cintura de Naerys, não dando um único espaço para seus corpos, então desceu uma das mãos até a bunda dela e a apertou.

- E você se divertiu. - Ele sussurou no ouvido dela, antes descer os lábios até seu pescoço e passar a lamber a pele gélida da irmã, por conta do ar frio da noite.

- Bem, não foi divertido ser questionada pelo nosso avô e nem nosso pai. - Retrucou ela, gemendo baixinho com a sensação que lhe invadiu o corpo, que a fez se derreter nos braços fortes do irmão.

- Mas você mente bem, irmãzinha. Mesmo sendo uma demônia, ainda assim, acreditam nessa carinha inocente e esses olhinhos de cervo. - Daemon segurou o rosto dela em suas mãos, a beijando mais uma vez. Ele simplesmente não podia evitar. - Uma pena que não aceitou a oferta deles.

- Me casar com você? Ou virar uma septã?- Indagou a caçula, arqueando uma sobrancelha, fazendo o outro rir em meio a um novo beijo.

- Se casar comigo, é claro. Eu definitivamente estaria mais feliz casado com você, que é prometida à mim desde o seu nascimento do que com aquela vadia de bronze. - Daemon disse em um tom amargurado, se afastando, mas não tirando as mãos dela jamais. Nunca. - Você é a minha esposa, Naerys, já até tivemos a nossa noite de núpcias.

Antes Maegor do que Aenys Donde viven las historias. Descúbrelo ahora