Camila, uma recém-chegada à pequena cidade de New Richland, sem opções, aceita o trabalho de assistente pessoal da mulher conhecida nacionalmente como a bailarina mais prestigiada da atualidade, e a única sobrevivente de um acidente que matou toda s...
Atualização dupla galeraaa :) Gente, acho que já deve ser a quarta vez que falo isso, mas as vezes eu jogo algumas informações maiores não só dessa fic como de outras histórias futuras no meu twitter, então se você ainda não tem ele, fique a vontade para me acompanhar no: outxthis
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Não sei o que está acontecendo comigo, mas sinto que meus joelhos vão ceder e que vou despencar escada abaixo. Lauren acabou de entrar no seu "quarto do sexo" com Renee. Elas vão transar.
Meu peito infla, e sinto vontade de abrir aquela porta e xingar Lauren, perguntar como ela deita comigo, e no outro dia está pronta para comer outra mulher. Mas "isso é apenas sexo" saindo de sua boca volta para minha cabeça. Eu ouvi isso, eu concordei com isso, eu disse que sabia, mas agora, na prática, estou com o coração disparado e o estômago embrulhando. Não consigo ficar aqui.
Eu corro até meu quarto, e nada além de toda aquela confusão se passa pela minha cabeça enquanto abro minha mala em cima da cama, e começo a jogar minhas roupas dentro dela, sem me importar em amassar, apenas espremo tudo, cada movimento mais raivoso que o outro. Não sei se estou com raiva dela, ou com raiva de mim, ou com raiva de Renee, tudo que sei é que vou sair dessa casa. Hoje é nove da noite da terça-feira, amanhã faria uma semana que estou aqui, e esse era o combinado com Gracie. Não vou desistir do meu emprego por causa disso, mas não vou dormir nessa casa mais e ver coisas como essa.
Eu me troco com a primeira roupa que encontro, guardando o pijama e o hobby dentro da mala, assim como meus outros utensílios que trouxe. Fecho o zíper, a coloco no chão, mas antes de a arrastar para baixo, desço correndo até a cozinha para deixar o maldito copo de leite que veio comigo. Mandarei uma mensagem para Gracie amanhã dizendo que adiantei minha ida por uma desculpa que vou inventar quando sair daqui, e...
Meu corpo colide em cheio com algo, me fazendo recuar no mesmo segundo. Vou de encontro à parede, e, se não fosse por ela, eu estava no chão agora, de tão forte que foi esse impacto. Olho para frente atordoada, sem ter noção de que estava correndo tão rápido assim, e percebo que era a própria Gracie, tentando se equilibrar do nosso choque.
— Ai, meu Deus, Gracie, me desculpe – peço, a ajudando a se manter de pé. Ela está de roupão, com uma touca de cetim na cabeça, tentando entrar na cozinha. Eu sequer vi ela no corredor se aproximando. – Você está bem?
— Estou – ela ri, levando a mão à cabeça para voltar a si. – Por que a pressa? E por que está com essa roupa? Pretende sair?
Porra, o que vou dizer agora?
Eu nego com a cabeça, entrando em uma guerra comigo mesma. Não quero inventar algo que me obrigara a continuar aqui, mas também não vou conseguir sair no meio da noite sem dar satisfações a ela.
— É que amanhã termina minha semana aqui na casa, e eu já queria ir – uso a alternativa mais fácil, mas sei que não soo convincente, porque Gracie me encara com preocupação.
