💌=38º

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ᖇIᑕᕼᗩᖇᗪ ᖇIOᔕ:

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Iᑕᕼᗩᖇᗪ IO:

Já se faziam algumas horas desde a saída da Lizzie do hospital, então consequentemente já estávamos em casa.

Alícia decidiu dormir esta noite por aqui, no mesmo quarto que a nossa filha para caso ela não se sentir bem de noite e estar lá com ela.

Falando nela, a mulher não falou mais nada desde o ocorrido lá no hospital, então não sei se ela aceitou minhas desculpas, ou fingiu que não ouviu e tentou não se importar.

Já se passavam das 23:30 da noite, Alícia tinha subido para colocar a Liz na cama, e por um acaso, eu queria muito que ela descesse agora e conversasse comigo.

Deixei o celular de lado e fui para a cozinha preparar alguma coisa para comer, já que faziam horas que não comia nada.

Decidi fazer uma pipoca de microondas mesmo, já que não estava com cabeça para preparar algo mais demorado.

Estava de costas para a bancada da cozinha, mas sei lá, me deu um pressentimento que alguém estava ali, atrás de mim.

Me viro e ela estava lá, mexendo mecha por mecha de seus cabelos morenos, que na luz ficavam mais claros que tudo.

A olho fixamente e fico olhando aqueles olhinhos castanhos sem brilho algum neles, o que doía meu coração inteiro.

——Ríos, eu não quero mais ver minha filha assim.—ela indaga com a voz meio embargada e eu chego mais perto da mesma.——Tem que ter alguma solução.

——A única solução que vai existir para isso que eu estou sentindo, vai ser ver minha mãe e meu pai juntos de novo, igual na adolescência.—Lizzie diz sem dó e sem piedade.

——Lizzie...—respiro fundo e ela chega mais perto da gente.

——Mãe, a senhora está a anos tentando admitir para si mesma que não ama mais o papai, que não sente mais a falta dele, mas sei que isso dói e a você não quer que isso aconteça, já que ambos ainda se amam e estão loucos para darem uma segunda chance para esse amor.—minha filha diz e eu encaro Alícia surpreso e ela já se encontrava com lágrimas nos olhos.

A garota apenas sai daquele cômodo e volta para o quarto em que ela estava provavelmente com lágrimas em seus olhos.

Que caos.

(...)

Já se passavam das 3:30 da manhã e eu não conseguia dormir de nenhum jeito. Virava de um lado para o outro na cama e nada adiantava.

Decidi me levantar e ir beber um copo de água, a casa se encontrava no maior silêncio possível, então tentaria não fazer barulho.

Fui em direção a geladeira já com o copo na mão, coloquei a água no copo e assim que me virei, vi a luz.

Não a do fim do túnel, é claro! Mas a minha luz, aquela que iluminava meus dias mais difíceis e faziam eles ficarem felizes.

Saudade dela,
dos seus beijos no meu.
Saudade do meu olhar,
e do dela se olhando e confinando o meu
a querer somente a amar.
Saudade daquele sorriso
enfeitando meu dia,
mostrando para mim a alegria
de viver e a desejar desejar.

E eu sei que não existe remédio algum que faça essa "saudade" ou "falta" que me cure da grande falta que eu sinto dela.

——Olha no fundo dos meus olhos e diz que não me ama mais.—digo e ela me olha chorosa. Oh céus, como me doía vê-la assim.

Eu não digo nada, apenas a encaro nervoso e sinto meu coração palpitando mais que o normal. A qualquer momento eu poderia levantar a mão e Deus puxar. Disso eu não tenho dúvidas.

Quis encontra-la em outro beijo,
Quis ver o brilho de seus olhos em outro olhar,
Cheguei mesmo a sentir o cheiro do perfume dela em outro corpo.

E acabei apaixonando-me por ela novamente
Amando-a em uma outra pessoa.

Tudo o que sonhamos jutos,
Todas as nossas promessas jogadas no chão...
Acredito que nada terminou.

Por que a cada dia que passa eu tenho mais absoluta certeza
De que eu ainda estou nela
Assim como ela está em mim.

——Olha, sei que estamos separados, distantes, longe um do outro. Já não somos namorados. Nossa relação terminou, mas continuo louca de sentimento por você, sabe?.—indaga e enxuga uma lágrima que caia.——Sinto que este amor que me mantém presa a você é eterno, incondicional. Sim, porque nada me deixaria mais feliz do que cair novamente nos seus braços!

——Por que não cai?.—digo e ela sorri.

——Ríos, se eu cair, nunca mais vou levantar.—chego mais perto dela e seguro seu rosto com minhas duas mãos.

Olha em seu pescoço e lá estava com um papel filme, mas coberto com uma gaze branca. Tiro minhas mãos de seu rosto e a olho fixamente.

Será que ela teria coragem de remover a nossa tatuagem?

——Calma, ela tá aqui.—diz e começa a tirar lentamente o papel filme, logo vi a frase retocada. ——Tive que retocar, já estava sumindo.

——Achei que você tinha removido.—coloquei a mão no coração e escuto sua risada ecoar por toda a cozinha.——Não removeu por que?

——Deixa de dar um de idiota, sabe que eu nunca removeria ela, mesmo se você tivesse matado alguém em vez de ter me deixado.—diz e eu a olho confiante.——Pera, o que eu que eu tô fazendo?.—ela se solta e ia correndo em direção a escada, mas segurei seu braço e puxei-a, colando em meu corpo.

——Não de uma de orgulhosa, vamos com calma, tudo no seu tempo.—ela sorri e me abraça totalmente.

——Não estou dando uma de orgulhosa, só estou nervosa com tudo isso.—diz nervosa e eu riu abafado.——Cachorro! Vaza vai, vou dormir.—sai e eu fico que nem abestado lá na escada.

——Eu te amo, tá?.—escuto sua risada e a porta sendo fechada.

Meu melhor amigo, richard ríosWhere stories live. Discover now