Di Angeli [Nome], um ano atrás...
"Por que estão me olhando assim?" arquei uma sobrancelha para Aika que riu, desviando o olhar.
"Você é incrível, sabia?" sua fala me fez franzir o cenho.
"O que?"
"Mori-san não olhou para ninguém até hoje e agora pergunta de você para qualquer um que possa te conhecer minimamente." ela deu de ombros. "Sem mencionar que é a craque do time brasileiro, mesmo que não tenha ido jogar o amistoso que tiveram na semana passada."
Fiz uma careta. Eu havia sido convocada, porém neguei com a desculpa de que estava em semana de provas e ainda me adaptando ao país. Minha treinadora não gostou muito e me deixou sob aviso que na próxima, não poderia recusar. O time havia perdido por mais de dez pontos de diferença contra as norte-americanas.
Eu sabia que minhas amigas me culpavam, mesmo que não transparecessem. Havia sido como se uma orquestra tivesse perdido seu maestro.
E sobre Mori... bem, eu não tinha muita escolha e poder sobre o assunto.
"Isso é tudo porque ele me viu pulando por aí." grunhi e ela me olhou com certo deboche.
"Você deu um fora nele na frente de vários alunos. Ele com certeza não esperava aquilo."
"Então que não fizesse algo público e falasse comigo enquanto estivesse sozinha."
"Ele também tentou isso, mas você o desafiou para uma partida de basquete." Saya riu, surgindo ao meu lado.
Estávamos sentadas no gramado da frente da escola, aproveitando o intervalo de almoço para pegar um pouco de sol e comer alguns doces.
"Ele duvidou de mim. Vocês acreditam? Disse que sou uma gerente. Como se as gerentes não soubessem jogar!" revirei meus olhos.
As duas trocaram um olhar rápido, antes de voltar a olhar para mim.
"Na verdade, [Nome], nós realmente não sabemos jogar. Podemos entender a teoria a fundo, mas não temos habilidade para a quadra." Aika sorriu de forma envergonhada.
Suspirei, sabendo que aquilo era verdade, mas me deixava irritada que ele tivesse desdenhado de nossa função daquela forma.
"O que fez com que eu ficasse brava, foi por ele ter colocado alguém que está sempre presente no basquete, no mesmo saco que um craque do futebol." me rendi ao lençol fofinho e me deitei, olhando as nuvens que passeavam calmamente pelo céu azul. O dia estava agradável e aquilo melhorava meu humor completamente.
"Nós entendemos. As duas opiniões e agradecemos por você ficar irritada por nós, mas, talvez, não precise se armar tanto contra Mori-san." as palavra de Saya me fizeram olhar para ela, desistindo de tentar entender se a nuvem fofa era um coelho ou um elefante.
"O que quer dizer com isso?"
"Ele é um cara legal. Não se passa com as meninas, nem aceita seus flertes descarados, embora elas tentem. Teve apenas uma namorada no ensino fundamental e eles terminaram de forma amigável por entenderem que não eram feitos um para o outro." Saya começou a enumerar as qualidades do craque. "Além de ser alto, bonito, com uma boa voz, de família rica e inteligente." fiz uma careta.
"Esse é o problema." bufei. "Os certinhos nunca foram do meu tipo."
Minhas amigas arquearam as sobrancelhas, provavelmente surpresas com minha fala, porém logo concordaram.
"Talvez tenha razão. Você é selvagem demais para alguém como ele." ri com a constatação de Aika. Sua expressão séria e o dedo embaixo do queixo como se realmente pensasse a fundo sobre o assunto era algo que eu não esperava.
"Mas então, o que irá fazer se ele vencer?" a pergunta de Saya fez um sorriso ferino surgir em meus lábios.
"Ele não vai vencer." falei, ficando em pé e me alongando. Estava ansiosa pelo final daquele dia e o jogo contra Mori Kozuki não era o principal motivo.
O restante do dia correu de forma ensandecidamente lenta, fazendo com que eu ficasse ansiosa. Quando o último sinal das aulas soou, eu, Taiga e Tetsu saímos praticamente correndo de dentro da sala de aula e em direção ao nosso ginásio.
Ao cruzar as portas, porém, uma carranca cruzou minha face.
Caminhei a passos largos até onde Riko estava e, já sabendo o que eu queria, me entregou o item, provavelmente tão irritada quanto eu com a súbita invasão de nosso canto sagrado.
Ajustei o volume para o mais alto possível antes de abrir a boca. "ATENÇÃO, VAGABUNDAS! FAVOR SE RETIRAR DA QUADRA. ISSO NÃO É UM PEDIDO, MUITO MENOS UM TREINAMENTO! A DIREÇÃO SERÁ CHAMADA E VOCÊS SERÃO CORRIDAS. VAMOS, MANADA, ESTÁ NA HORA DE VAZAR!" repeti o mesmo roteiro dos dias de Teiko, no entanto, ali dentro da Seirin, as garotas rapidamente se dispersaram, sem se demorar.
Sorri, satisfeita, devolvendo o megafone para a treinadora. Quando voltei a olhar para a frente, vi que apenas o time feminino de basquete e suas gerentes e o time de futebol masculino restaram ali, da multidão.
"Desculpem, força do hábito dos tempos de Teiko." dei de ombros, apenas para ouvir uma risada conhecida de tantos anos.
Encarei Kise, que estava ao lado de Mori. "Como esperado da Criadora de Monstros." fiz uma careta diante do apelido antigo.
"Será que eu ainda consigo criá-los?" arquei uma sobrancelha para o loiro e ele riu, se aproximando e me abraçando em seguida.
"É claro que sim. É a única pessoa que conheço capaz disso." me soltou, encarando Tetsu e indo em sua direção. "KUROKOCCHI-" quando fez menção de se jogar sobre o azulado, foi parado por ele.
"O que está fazendo aqui, Kise-san?" meu melhor amigo perguntou e eu fiz uma careta, sabendo que tinha esquecido de contar que Ryō viria.
"[Nome]cchi disse que iria enfrentar alguém. Ela não joga comigo desde que chegou, queria saber se havia alguém tão incrível quanto nós da Geração para que ela aceitasse enfrentar."
Acabei gargalhando alto. "Vou enfrentar aquele garoto." apontei para Mori que acenou para o loiro.
"QUÊ?!" Kise bufou, cruzando os braços. "[Nome]cchi, está brincando comigo?"
Vi alguns meninos do clube de futebol fazerem menção de se aproximarem, mas o craque os parou com um olhar.
"Não, ela não está brincando. Fizemos um trato, se eu vencesse, ela aceitaria conversar comigo." sua fala fez meu amigo rir.
"Agora eu entendo." Ryō riu mais uma vez, antes de se afastar e sentar-se na lateral com os outros jogadores da Seirin. "Boa sorte." gritou.
Mori arqueou uma sobrancelha para mim. Dei de ombros. "Foi para você que ele disse isso."
"Por que eu tenho a impressão de que fui enganado com essa partida?" o jogador de futebol estreitou os olhos e eu sorri.
"Você quem disse que eu era apenas uma gerente." caminhei em direção a bola de basquete que estava na lateral e arremessei-a com força considerável para o acastanhado.
"Já estou arrependido."
Sorri e me posicionei para pará-lo.
Até que ele não era tão ruim quanto eu imaginava.
🏀🏀🏀
HELLOOOOU!!!
Como vocês estão?
E é isso por hoje.
Caso alguém aqui goste de Haikyuu, postei hoje a shortfica Perdidos em Vegas, com os gêmeos Miya, Kuroo, Kenma, Komori e Sakusa.
Não esqueçam de dizer o que acharam.
Amo vocês❤️❤️❤️
Beijos de luz e até a próxima!!!
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Meteor Jam (Kagami Taiga X Leitora) Longfic
Fanfiction[Nome] é a melhor amiga de Kuroko Tetsuya e foi a primeira gerente da Geração dos Milagres. Quando partiu, pediu que o azulado cuidasse dos amigos e os mantivesse unidos, porém o garoto não pode evitar que o time se separasse. Dois anos depois, a g...
