CAPÍTULO VINTE E QUATRO

209 21 2
                                    

Charlie Kitjaruwannakul

Eu comprei o almoço no drive-thru para todos nós, abri a porta que levava para a oficina e dirigi pelos fundos perto das escadas. Babe estava dormindo profundamente no banco do passageiro.

— Ei, Babe. Estamos em casa.

Ele se mexeu quando abri a porta e, quando me inclinei para abrir o cinto de segurança, ele abriu os olhos devagar e sorriu.

— Ei, você — ele sussurrou.

— Oi, lindo. — eu disse, dando-lhe um beijo rápido. — Temos que levá-lo até as escadas. Depois você pode dormir.

Ele gemeu e cuidadosamente levantou a perna direita para colocar os pés no chão. Alan saiu, sorrindo.

— Como está o homem do momento?

— O quê? — eu perguntei.

— O cara do jornal chegou aqui mais cedo. Quer uma entrevista — ele respondeu. — Disse que ele ligaria de volta amanhã.

— Uma entrevista? — perguntou Babe. — Comigo? Pelo que?

Alan encolheu os ombros.

— O acidente foi uma grande notícia. Ele queria um acompanhamento.

Eu resisti ao impulso de resmungar, mas Babe apenas bufou.

— Deveria ter sido uma difícil notícia. — ele murmurou enquanto se dirigia para as escadas. — Adoraria ficar e conversar, cara, mas estou cansado pra caralho.

Alan começou a rir e bateu no meu ombro.

— Você ouviu o homem. Leve-o para cima.

Eu segui Babe, um passo atrás dele, caso ele perdesse o equilíbrio, e sorri o tempo todo. Aquilo foi uma coisa tão Babe de dizer.

Ele caiu no sofá e apertou o botão para levantar e reclinar as pernas, e quando eu puxei o cobertor sobre ele e beijei sua testa, ele já estava dormindo.

Deixei o almoço à prova de Squish ao lado dele e carreguei o resto escada abaixo. Way e Alan ficaram gratos pelo frango e as batatas fritas, e conversamos sobre as motos em que estavam trabalhando, e inevitavelmente me perguntaram se resolvemos toda a papelada que eu havia mencionado a eles no dia anterior.

— Sim. Preciso decidir se substituiremos a van, ou talvez optar por outra coisa — falei. — Não sei como me sinto com alguém indo trabalhar fora de novo. — dei de ombros. — Só não sei se algum ganho financeiro vale o risco.

— Você falou com o Babe sobre isso? — Way perguntou.

Eu balancei minha cabeça.

— Ainda não. Ele já teve o bastante e não pode nem pensar em dirigir novamente por mais uns três meses e meio. E isso é só dirigir. Não inclui trabalhar por conta própria ou sair por conta própria. — dei de ombros. — Veremos.

— E se ele quiser? — Alan perguntou.

Suspirei.

— Então ele poderá fazer.

Way deu um sorriso irônico.

— Sim. E toda vez que ele sair, você vai ficar aqui com a cabeça entre os joelhos, desesperado, até que ele volte.

Eu concordei com a cabeça.

— Provavelmente. — joguei o meu lixo na lixeira. — É sério que o jornal enviou alguém aqui?

— Sim — respondeu Way. — Ele parecia ser um cara legal. Não pediu detalhes, nem nada. — ele sorriu. — Provavelmente ele não queria um nariz quebrado.

PIECES OF US || CHARLIE & BABE [PITBABE]Where stories live. Discover now